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Executivo da Ceva destaca Brasil como prioridade na América Latina

Por Redação em 16 de maio de 2011 às 12h23 (atualizado em 20/05/2011 às 12h02)

Companhia enxerga potencial de crescimento no país, alavancado principalmente pelos setores automotivo e de energia

O vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios para as Américas da Ceva Logistics, Joe Bento, esteve no Brasil e conversou, na última quinta-feira (12), com a Tecnologística a respeito das estratégias e expectativas da empresa para o país. O executivo, que acumula 22 anos de experiência nos setores de transporte e logística, define o Brasil como uma das grandes prioridades estratégicas da Ceva na América devido ao grande crescimento de mercado vivido pelo país nos últimos anos. Segundo ele, são evidentes as melhoras que elevaram o Brasil ao status de economia emergente desde que esteve no país pela última vez, em 1998. “Houve forte crescimento do poder aquisitivo, aumento significativo do número de famílias da classe média e, consequentemente, de consumidores no mercado. A isso, soma-se o fato de o país ter tudo o que é necessário: recursos naturais, agricultura, indústria petroquímica e energia. Por isso os grandes mercados estão investindo aqui”. Segundo o vice-presidente, o foco da estratégia da Ceva para crescer no mercado brasileiro está relacionado a negócios com os cem maiores clientes globais da companhia, o chamado Ceva Century. “Das cem empresas que formam o Ceva Century, 90 estão presentes em solo brasileiro”, revela o executivo, acrescentando que multinacionais gigantes dos mais variados segmentos, grande parte das parceiras globais da Ceva, estão investindo no Brasil ou procurando espaços no mercado nacional. “Vamos ajudá-los com o desenho da cadeia de distribuição, as licenças, a abrangência do mercado e o que mais eles necessitarem para fazer negócios no Brasil”, diz Bento. “É muito mais fácil trabalhar com empresas com quem já temos uma relação prévia do que começar do zero”, completa. Para Bento, que já ocupou o cargo de presidente e diretor de Marketing da Eagle Global Logistics e atuou como presidente para as Américas e Freight Management Global da Ceva durante a fusão das companhias, em 2007, os segmentos de automóveis, tecnologia, bens de consumo, industrial e de energia serão os mais importantes para a estratégia de crescimento da Ceva no Brasil. “Nosso crescimento será alavancado por estes setores”, indica o executivo, apontando o segmento automotivo como o mais promissor, mas dando destaque ao setor de energia, que pode ser impulsionado pela exploração do Pré-sal. “O potencial de crescimento da cadeia do petróleo é uma das principais razões pelas quais estamos fazendo do Brasil uma de nossas prioridades”, explica citando, ainda, a proximidade da Copa do Mundo de Futebol e dos Jogos Olímpicos como outros fatores determinantes. Segunda maior receita da Ceva nas Américas – atrás apenas dos EUA e seguido por México, Argentina, Chile e Canadá – o Brasil foi responsável por 75% do faturamento da companhia na América Latina no primeiro trimestre de 2011. Em 2010, a Ceva registrou um faturamento de R$ 848 milhões no país. “Esses números têm potencial para praticamente dobrar nos próximos três anos”, diz Bento, que projeta um faturamento de cerca de R$ 1,5 bilhão para o final de 2013. Para efeito de comparação, ele cita que as expectativas globais de crescimento no faturamento da companhia para o mesmo período são de cerca de 15% ao ano, porcentagem registrada no Brasil na comparação entre os anos de 2009 e 2010. “Enquanto os EUA, a China e o Norte da Europa registravam quedas, o Brasil estava em pleno crescimento”, conta o executivo ao lembrar da crise financeira que assolou a economia mundial há três anos. Desafios Questionado a respeito dos problemas de infraestrutura e de mão de obra especializada enfrentados pelo país, Joe Bento mostra uma visão otimista. “Existe o lado bom e o lado ruim. O lado bom é que, como empresa de logística, é nosso dever buscar soluções neste sentido e vencer estes desafios. Do ponto de vista da infraestrutura em si, temos problemas com, por exemplo, as condições das rodovias, o trânsito intenso, a malha ferroviária insuficiente, portos que não aceitam navios de grande porte, entre outras coisas. Mas como a economia está crescendo, o Brasil deve investir na resolução desses problemas”, acredita o executivo. “Com tantos potenciais investimentos, me parece lógico que o Brasil faça esforços para apresentar alternativas para que não precisemos depender tanto do transporte rodoviário, por exemplo.” Bento conta ainda que a Ceva possui claras intenções em investir na força de trabalho no país para colher frutos a longo prazo. “Todo mundo vai enfrentar problemas quanto à mão de obra qualificada. Portanto, investir em pessoas tornou-se mandatório. Temos que oferecer bons planos de carreira, incentivos e bons salários. Se desenvolvermos o talento das pessoas, elas vão continuar conosco. Vejo mais potencial na mão de obra brasileira até mesmo em comparação com os EUA”, revela. “Queremos atrair e recrutar novos talentos para formar os melhores profissionais do mercado”. Segundo o vice-presidente, o Brasil é o país com o maior número de funcionários da Ceva em todo o mundo – cerca de 9000 – , superando inclusive os EUA, maior mercado da companhia, com cerca de 5500. Presente em mais de 170 países, a Ceva possui aproximadamente 50 mil funcionários ao redor do mundo. Em 2010 a companhia registrou um faturamento global de 6,8 bilhões de euros – cerca de R$ 15,7 bilhões. www.br.cevalogistics.com
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