A Allink Transportes Internacionais, empresa de consolidação de contêineres do Grupo Wilson, Sons, inaugura em outubro o primeiro serviço de consolidação marítima interligando o Porto de Hamburgo ao Porto Tecon Suape, em Pernambuco. Até agora, os importadores instalados em Recife (PE), Maceió (AL), João Pessoa (PB) e Natal (RN) tinham de incluir suas cargas em contêineres consolidados com destino aos Portos do Sul e Sudeste. Esse tipo de operação gerava perda de tempo no transporte dos produtos da região Sul/Sudeste para o Nordeste a custos elevados.
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O novo serviço atenderá ao importador cuja única opção é rodoviária e aérea. A principal vantagem será a redução do tempo de importação de matérias-primas, peças e componentes para a indústria ou mercado consumidor do Nordeste.
Hoje, o importador utiliza a opção acima ou embarca a carga pelo modal aéreo, além de ter de pagar por um contêiner cheio mesmo quando sua carga é menor, ou seja, fracionada. A rota terá um tempo de trânsito de aproximadamente 11 dias para que a carga saia do Porto de Hamburgo e chegue ao Porto de Suape.
A previsão é de que o serviço absorva parte da carga aérea hoje embarcada para o Nordeste, principalmente porque atualmente os vôos chegam via aeroporto de Guarulhos (SP) e Galeão (RJ) e são transferidos via aérea por rotas nacionais, o que demanda vários dias, em função dos trâmites nos aeroportos brasileiros.
A operação montada pela Allink visa diminuir o tempo de trânsito entre a Europa e o Nordeste brasileiro, assim como o custo do transporte. O desembaraço da carga será efetuado diretamente no Tecon de Suape, em que o contêiner será aberto para que os importadores e seus respectivos despachantes aduaneiros tenham acesso à carga.
Programação - Os navios já foram definidos e nomeados: Uranos, Aliança São Paulo e Aliança Bahia. As primeiras partidas já estão agendadas: Uranos 03/10, Aliança São Paulo 10/10 e Aliança Bahia 17/10. A cada 15 dias uma programação nova é feita, sempre de três em três.
Como antes não existia no nordeste um serviço regular de consolidação, o importador terá como se programar melhor. "Suape é um canal natural para receber cargas destinadas a esses quatro estados", informa Nelson Cajado, diretor geral da Allink (foto acima). Ele também diz que o Porto de Hamburgo é um hubby natural no norte da Europa, que recebe cargas de países como França e Bélgica, por exemplo.
A Allink esperar movimentar, num prazo de seis meses, dois contêineres de 40 pés por semana. "Vamos viabilizar também a carga que vêm da Ásia. Isso é perfeitamente viável", comenta Cajado, que vê na ligação Ásia-Hamburgo-Suape uma possibilidade de negócios bastante atrativos pois o importador poderá comprar mercadorias em lotes menores.
A Allink garante a saída dos navios, mesmo se os contêineres não estiverem cheios. É uma forma de controlar a pontualidade dos navios e a chegada da carga a seu destino, além de passar confiança ao mercado. "Queremos observar a exportação e verificar se em breve também poderemos consolidar carga para exportação de produtos fabricados na região Nordeste do país", define Cajado.
Segundo o diretor da Allink, quando a importação estiver consolidada o mercado vai solicitar o movimento inverso. Ou seja, o avanço da empresa não pára por aí. Já de olho também na exportação, a Allink espera conquistar o importador e, por tabela, também o exportador.
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