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Elemar cria empresa para gerenciar logística reversa internacional

Elemar Técnica fará todo o gerenciamento de peças para reparo em nome do cliente
Por Redação em 8 de janeiro de 2013 às 10h55 (atualizado às 10h55)

A Elemar, que oferece em seu portfólio inúmeros serviços logísticos, incluindo a logística reversa para empresas de telecomunicações, criou uma nova empresa, a Elemar Técnica, para executar, em nome dos clientes, todo o gerenciamento dos trâmites de reparo técnico, comercial, de importação e exportação de placas de computador avariadas, enviadas para o exterior para reparadores terceirizados.

Embora já executasse esses serviços anteriormente, todos os trâmites eram feitos sob o nome dos clientes – grandes empresas de telefonia – o que era um complicador para eles devido ao grande número de documentos e licenças exigidos nos processos de importação e exportação. Com a nova empresa, tudo será feito pela própria Elemar.

“Os trânsitos aduaneiros são complexos e exigem muito conhecimento, o que é natural, uma vez que a aduana existe para proteger a sociedade e estimular o comércio lícito. Só que as empresas desconhecem estes procedimentos e acabam cometendo inúmeros erros, o que aumenta o tempo e o custo das operações. Ao longo de 33 anos de mercado, a Elemar desenvolveu grande expertise e uma série de projetos na área de gestão aduaneira, que levou à abertura da Elemar Técnica”, explica Adilson Vieira de Araújo, CEO da empresa.

Ele informa que foi criada uma célula dedicada à nova empresa no seu centro de distribuição em Jaguaré, na capital paulista, na qual trabalham oito colaboradores, que atendem exclusivamente aos quatro clientes da Elemar Técnica. “Investimos R$ 65 mil reais nesta célula e vamos contratar mais pessoas, pois a equipe atual já está no limite”.

O executivo conta que a ideia nasceu da constatação de que, para fazer frente aos concorrentes internacionais, a Elemar deveria oferecer mais um diferencial aos clientes. “Nossos serviços de logística reversa são muito focados na área internacional; trabalhamos com clientes multinacionais e sofremos, por consequência, a concorrência direta de grandes operadores logísticos internacionais. Percebemos que, para fazer frente a essa concorrência, a solução seria uma empresa dedicada única e exclusivamente à logística reversa internacional de peças para reparo. E foi o que fizemos com a Elemar Técnica”.

Araújo explica que o conhecimento aduaneiro é a chave de todo o processo e que, além da expertise técnica relativa à legislação, é preciso considerar a parte humana da aduana. “Cada processo envolvendo o envio e retorno dessas peças tem cerca de 90 páginas, sendo que nós fazemos entre 15 e 20 envios por mês. Então imagine a quantidade de páginas. Tudo o que você puder fazer para facilitar o dia a dia da aduana, ajuda. Por isso, procuramos saber qual a melhor forma de organizar estes processos e também os envios físicos da mercadoria. Com isso, temos um relacionamento harmonioso com a aduana”.

Além dos processos documentais, a Elemar organiza também os envios e retornos, de modo a formar lotes economicamente lucrativos. Ela opera com um centro de distribuição próprio em Miami (EUA), e com representantes na Hungria e em outras localidades para onde as placas são enviadas. Para formar os lotes, são criados pulmões de estoque no Brasil antes do envio, bem como nos reparadores e representantes no exterior, para o retorno dos itens. Dessa forma, o fiscal passa a analisar os envios por lotes maiores, facilitando o processo. Araújo ressalta que a quantidade de itens por lote deve ser bem pesada para que os custos de armazenagem não anulem as vantagens.

A empresa também conta com o conhecimento local dos parceiros internacionais para fazer os trâmites em cada país, aumentando a agilidade no fluxo das mercadorias. “O resultado de todo esse trabalho é a maior velocidade e rastreabilidade no processo, além da redução de custos. Enfim, temos todos os procedimentos alinhados com o cliente, aduana, parceiros internacionais e reparadores para agilizar ao máximo a operação”.

A empresa considera, no médio prazo, a possibilidade de fazer também o serviço de reparo, senão de todas as peças, ao menos daquelas que exijam procedimentos mais simples. “As placas são caras, podendo custar até 20 mil dólares, e reduziríamos muito o custo para o cliente se conseguíssemos fazer o trabalho aqui. Em todos esses anos, desenvolvemos expertise e temos até uma grade de detecção de defeitos, informando ao reparador qual é problema, agilizando o lado dele também”.

Outra novidade da Elemar é a criação do PGL – Programa de Gestão Logística, que tem foco na redução de custos e abrange duas ferramentas de análise, o PML e o Data Base SLL. O Program Management Losses, ou Programa de Gestão de Perdas, é específico para operações de importação e analisa ponto por ponto todos os custos logísticos, comparando os custos previstos com os efetivos. A partir disso, são apontados os motivos dos custos adicionais e sugeridas ao cliente ações para evitá-los. Já o LSS Data Base extrai os dados do Siscomex relativo aos últimos cinco anos de todas as operações de importação da empresa. Os dados são analisados pelos técnicos da Elemar, que verificam as inconsistências.

As duas ferramentas podem ser empregadas individualmente, sendo que o PML já está sendo aplicado automaticamente para todos os clientes, que recebem relatórios com as análises e sugestões. “Por desconhecimento, muitas empresas têm custos desnecessários tanto em seus trâmites de importação e exportação como nas demais operações logísticas, custos que essas ferramentas ajudam a reduzir. Para se ter uma ideia, com a aplicação do PGL utilizando o PML e o LSS, conseguimos reduzir em 4,24% os custos logísticos de um de nossos clientes”, finaliza Araújo.

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