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Fila de caminhões na BR-163 dificulta escoamento de soja

Carga está parada há mais de 15 dias, afetando a distribuição. Governo federal anunciou medidas urgentes
Por Redação em 3 de março de 2017 às 12h35 (atualizado em 06/03/2017 às 10h37)

O Ministério dos Transportes anunciou atuação ostensiva até esta sexta-feira, dia 3 de março, para zerar a fila de caminhões que se formou na BR-163, no trecho do Pará, por conta das intensas chuvas na região. A carga parada é composta em grande parte por grãos de soja que seriam escoados do Centro-Oeste para o Porto de Miritituba (PA). A fila chegou a contar com 4 mil caminhões parados.

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, informou que o incidente calhou de acontecer em uma safra resultante de uma grande colheita, e que está multiplicando o prejuízo. Ele informou que 11 navios que estavam esperando carga de soja já foram desviados para portos do Sul do país. Os produtores tiveram prejuízo de US$ 6 milhões só com a taxa paga pela permanência das embarcações. A carga desviada, por sua vez, poderá sobrecarregar portos como Santos (SP) e Paranaguá (PR).

Segundo Maggi, o produtor que vende a soja precisa entregá-la no prazo, no local definido pelo comprador. Diante do atraso no escoamento da produção local, a alternativa é, muitas vezes, adquirir soja de outros países produtores, como Estados Unidos e Argentina, para honrar o contrato. Isso faz com que a carga brasileira encalhe. No total, o setor estima que o prejuízo nessa safra seja de R$ 350 milhões, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

Em uma reunião do governo para discutir o problema e evitar que ele se repita, os ministros Blairo Maggi e Maurício Quintella, do Ministério de Transportes, Portos e Aviação Civil, decidiram adotar medidas de curtíssimo prazo para manter a rodovia trafegável até o fim da safra de grãos. Foi criado um grupo de trabalho composto por representantes do governo federal e empresários do setor, além de um comitê gestor para atuar no local.

O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), Valter Cassimiro, informou que “o trecho da BR-163 onde há pontos críticos devido à combinação de chuvas com tráfego intenso será pavimentado neste ano”. Ele disse que a meta é asfaltar 60 quilômetros em 2017. No ano que vem, serão asfaltados mais 40 km.

Até a conclusão das obras serão adotadas medidas emergenciais, como o controle do tráfego e um trabalho de drenagem para escoar água da estrada, dando passagem aos veículos da via, especialmente os caminhões com cargas mais pesadas. As Forças Armadas estão distribuindo 3 mil cestas básicas e 9 mil galões de 5 litros de água para caminhoneiros e familiares sitiados na região.

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