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Ainda há muito o que se fazer pela infra-estrutura logística

Por Redação em 9 de junho de 2004 às 11h19 (atualizado em 02/05/2011 às 15h17)

O "Fórum de Infra-estrutura Logística", realizado ontem, dia 7, durante a 8-ª Conferência Anual da ASLOG, em São Paulo, provou, mais uma vez, que o Brasil está longe de atender às reais necessidades tanto para o abastecimento de seu mercado interno quanto para o externo.

O evento reuniu representantes de empresas e entidades ligadas ao setor que expuseram as principais deficiências e gargalos logísticos e aproveitaram a ocasião para debateram propostas e idéias para o desenvolvimento de uma infra-estrutura logística eficiente para o país.

Mediado pelo presidente da ASLOG, Altamiro Borges, o debate contou com a participação de representantes das principais entidades de classe do setor logístico do Brasil, como Paulo Pennacchi, presidente da Associação Brasileira de Atacadistas Distribuidores (ABAD), Geraldo Aguiar de Brito Vianna, presidente da NTC (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística), Fabrizio Pierdomenico (Codesp – Porto de Santos), Ricardo Costa, da CNT (Confederação Nacional do Transporte), Oscar Spessoto, da Amcham (Câmara Americana de Comércio) e Massimo Bianchi, representante da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).

Estradas em péssimo estado, falta de uma política de incentivo ao transporte multimodal, capacidade inexplorada de portos, estatísticas desatualizadas, além da ausência de planos diretores foram os principais assuntos tratados pelos participantes do encontro, que chegaram a um ponto em comum: não é possível mais esperar por uma resposta por parte do governo.

"É preciso que a sociedade civil se mobilize para colocar em prática tudo aquilo que até hoje, só se propõe, desabafou Oscar Spessoto, representante da AMCHAM – Câmara Americana de Comércio e Indústria.

Para ele, um dos principais problemas que impedem a elaboração de projetos para melhorar a infra-estrutura logística do país é a falta de concordância entre as estatísticas apresentadas pelas entidades ligadas ao setor. "Cada uma apresenta um dado diferente sobre o mesmo assunto e não é possível avaliar o mercado dessa forma."

Spessoto propôs a conversa entre as entidades para se chegar a um denominador comum e aproveitou para sugerir a retomada do projeto "Brasil em Ação", que traz um plano diretor para o Brasil e que está, como ele definiu, "engavetado em Brasília."

Modelo saturado - Embora São Paulo possua uma malha ferroviária 20% maior que a dos Estados Unidos, as estradas de ferro paulistas são subutilizadas, enquanto as rodovias encontram-se à beira da saturação. "Leve-se em conta a falta de renovação da frota de caminhões, a maioria com mais de 15 anos de uso, para termos um problema sério, que se não for combatido pelo governo e pela iniciativa privada pode provocar um colapso nos transportes de carga no estado nos próximos anos", avaliou Massimo Bianchi, representante da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).

Para Fabrizio Pierdomenico, representante da Codesp, o Porto de Santos é capaz de promover a união entre todos os modais. Ele reconhece que é preciso modernizar a logística portuária local e enumerou algumas medidas indispensáveis para otimizar as operações no porto como a ampliação do estacionamento de caminhões, aumento do calado do porto para 15 metros, construção de novos terminais para granéis, além de oito novos berços de atracação.

"São obras fundamentais, porém esbarram na legislação e em função disso, estão em atraso", lamenta. Pierdomenico também lembra que, somente para a obra da avenida Perimetral, fundamental para a otimização do trânsito de trens e caminhões, será preciso aplicar investimentos da ordem de R$ 800 milhões.








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