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De olho na produtividade

Por Redação em 13 de junho de 2005 às 11h42 (atualizado em 12/05/2011 às 12h09)
Como parte de um plano diretor que desde o segundo semestre de 2003 orienta as áreas de Logística e Suprimentos, a Suzano Papel e Celulose decidiu terceirizar não só os equipamentos de movimentação de suas três plantas industriais, mas também a gestão dessa operação. No início deste ano, após um processo concorrencial que contou com a participação de dez empresas, a escolha recaiu sobre a Movicarga, uma das maiores e mais antigas empresas do ramo de movimentação interna. A transição entre a gestão Suzano e a da Movicarga foi feita no primeiro semestre deste ano, mas a expectativa é que a operação deslanche neste segundo semestre. O contrato, válido por três anos, tem custo anual em torno de R$ 13 milhões. João Mário Lourenço Filho, diretor de Logística e Suprimentos da Suzano, explica que a decisão de terceirizar a gestão dos processos de movimentação não visa apenas a redução de custos, mas sim a diminuição do esforço empregado na movimentação, com otimização de tempo, redução de desperdício e de riscos de acidentes. E justifica a escolha do fornecedor baseado em três pontos: experiência, capacidade de acompanhar o crescimento e as necessidades da indústria e relação custo-benefício. Além de fornecer todos os equipamentos e os funcionários para operá-los (cerca de 85 máquinas e 250 operadores), a Movicarga encara o desafio de assumir a gestão dos processos no chão de fábrica e nos estoques, do abastecimento da matéria-prima (insumos e embalagens) para abastecer as linhas de produção até a movimentação de produtos acabados (bobinas, papéis e folhas de celulose), passando pelos produtos intermediários. Por ano, as unidades da empresa em Suzano (SP) e Rio Verde (GO), e Mucuri (BA), produzem 890 mil toneladas de papel e 480 mil toneladas de celulose. Na gestão da movimentação, atividade já praticada pela Movicarga junto a outros clientes, o planejamento é a base de tudo. A ordem é racionalizar as operações. Para isso, a operação das empilhadeiras e o fluxo da produção passam a ser integrados. As máquinas são programadas para estar disponíveis no dia e na hora em que a demanda exigir, o que requer uma interação entre o operário das linhas e a Movicarga. Assim, as empilhadeiras deixam de ser "propriedade" de determinado setor da fábrica e podem ser deslocadas para onde houver necessidade, maximizando sua produtividade. "Atuamos de forma a buscar eficiência e rentabilidade para as duas partes: fornecedor e indústria", ressalta Maria Regina Yazbek, diretora-superintendente da Movicarga. Durante o processo de produção, os mesmos itens são movimentados várias vezes. "Vamos analisar essas interfaces e procurar reduzir os processos e os fluxos", explica Maria Regina. Para ter essas informações em mãos, uma equipe de analistas logísticos da Movicarga foi destacada para mapear os processos nas três fábricas e fazer simulações. Esse mapeamento pode apontar, inclusive, para a necessidade de diminuição do número de empilhadeiras utilizadas. Até mesmo a adequação de pneus das empilhadeiras está sendo avaliada. "Há uma linha de produção em que a temperatura do piso da fábrica chega a 110ºC. Como os pneus dos equipamentos começam a dar problemas a temperaturas superiores a 50º C, a Movicarga saiu à procura de soluções junto aos fabricantes. "Essa busca é contínua", diz a diretora-superintendente da empresa. A Movicarga também sugere, por exemplo, mudanças na forma de estocagem dos produtos. Foi o caso das bobinas de papel, que passaram a ser armazenadas em pé, em vez de deitadas. "Antes, o fornecedor de equipamentos não tinha autonomia para interferir nos processos da Suzano. Agora, pode propor mudanças no fluxo, no layout, no tipo de empilhadeira indicado para determinada tarefa, entre outras interferências", explica João Mário, dizendo que a base da relação entre as partes é a confiança. www.movicarga.com.br www.suzano.com.br
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