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Porto de Ubu testa projeto inédito para medição de calado

Sistema utiliza câmeras instaladas no quebra-mar e na parte inferior do píer
Por Redação em 8 de maio de 2012 às 15h13

O Porto de Ubu, localizado no município de Anchieta, no litoral Sul do Espírito Santo, anunciou, no último mês de abril, a utilização de um novo sistema destinado à leitura do calado dos navios.

Desenvolvido pela Samarco Mineração, proprietária do porto, em conjunto com uma empresa de tecnologia, a novidade utiliza câmeras instaladas no quebra-mar e na parte inferior do píer, para que as marcas do calado do navio em processo de carregamento sejam registradas e contabilizadas por um sistema informatizado. As imagens são transmitidas ao vivo para um software, que gera estatísticas da leitura da carga que está sendo embarcada.

O objetivo com a aplicação da novidade é oferecer um serviço mais seguro, econômico e eficiente em relação à leitura do calado realizada por inspetores que percorrem os lados dos navios com lanchas ou outras embarcações conferindo as marcações do calado no costado. Além de apresentar gastos com combustível e demandar muito tempo dos profissionais, esse sistema pode apresentar dificuldade na conferência quando o mar está revolto. “Trata-se de uma inovação na área portuária. No Brasil, ainda não há registro de aplicação desse tipo de tecnologia para medição dos calados nos portos”, afirma o engenheiro especialista da Samarco, Marco Antonio Gamaro.

Com a nova tecnologia aplicada no Porto de Ubu, que possui profundidades de até 18,7 metros, a Samarco espera obter redução nos custos e no tempo de leitura. “O intervalo entre o embarque de cada navio é reduzido, beneficiando também os clientes, que receberão o produto em menos tempo”, avalia Gamaro. “Com a ajuda do programa, o profissional responsável pelo monitoramento pode perceber a distribuição do carregamento nos navios e evitar que o mesmo receba carga além do previsto em um dos porões. Esta prática evita o surgimento de stress no casco, aumentando a segurança durante o embarque”, completa o engenheiro. De acordo com ele, em 2011, as interrupções das atividades de estocagem para realização da leitura tradicional do calado somaram 134 horas. Com a implantação da nova tecnologia, a meta é reduzir esse tempo em 85%.

A empresa de mineração Samarco é a quinta maior exportadora brasileira e a segunda maior companhia no mercado transoceânico de pelotas de minério de ferro. Com clientes em mais de 15 países, conta atualmente com uma capacidade instalada de produção de 22,250 milhões de toneladas anuais de pelotas. A Samarco, de controle acionário da Vale e da BHP Billiton Brasil, possui duas unidades industriais, localizadas em Minas Gerais e no Espírito Santo, que são interligadas por dois minerodutos com 400 quilômetros de extensão, além do Porto de Ubu e dois escritórios internacionais, localizados em Amsterdã, na Holanda, e em Hong Kong, na China.

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