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Uso da Inteligência Artificial e Tecnologia em Sintonia com Robôs e Colaboradores: Preparando-se para a Automação na Cadeia Logística

Por Eduardo Porto Tedesco em 4 de agosto de 2023 às 11h40
Eduardo Porto Tedesco

A interação entre robôs e empregados na cadeia logística é um bom exemplo de como a tecnologia está impactando a forma como os negócios operam. Enquanto a automação impulsionada pela Inteligência Artificial e a robótica têm sido vistas como uma ameaça à força de trabalho humana, na prática, essa parceria tem se mostrado altamente benéfica, resultando em uma cadeia logística mais eficiente, ágil e produtiva. Entender essa transformação e estar preparado para as mudanças que ela traz é essencial para as organizações e os empregados que desejam se manter competitivos no mercado atual.

A automação impulsionada pela IA inicia uma grande transformação de todos os setores da cadeia logística. Desde o armazenamento e manuseio de mercadorias até a gestão de estoques, assim como o transporte e a entrega, os processos logísticos podem ser otimizados por meio da tecnologia. 

Robôs colaborativos, também conhecidos como cobots, estão sendo empregados em tarefas repetitivas e de alto risco, liberando os colaboradores para atividades que requerem criatividade, habilidades cognitivas avançadas e interações sociais.
O uso de robôs na cadeia logística não significa a substituição completa de trabalhadores, mas sim uma integração inteligente e sinérgica entre máquinas e pessoas. Enquanto os robôs lidam com atividades que podem ser executadas de forma eficiente e precisa, os colaboradores são responsáveis por tarefas que exigem empatia, tomada de decisão complexa e solução de problemas criativos. 

No entanto, a adoção de tecnologias automatizadas na cadeia logística também traz consigo desafios e preocupações. Um dos principais receios é o possível impacto na força de trabalho, com o temor de que a automação resulte na perda de empregos. É crucial que as organizações estejam cientes dessas preocupações e adotem uma abordagem responsável na implementação de soluções de IA e robótica. Principalmente aquelas que acreditam de o retorno do investimento se dará apenas pela substituição dos recursos humanos envolvidos na operação, sem compreender que a adoção de tecnologias autônomas na operação logística visa atender principalmente a eficiência e acuracidade da operação, reduzindo assim inventários, retrabalho, acidentes e aprimorando a experiência de compra do cliente final.

A preparação para a automação na cadeia logística começa com uma mudança de mentalidade em todas as camadas organizacionais. As lideranças devem encarar a tecnologia como um aliado estratégico e não apenas como um meio de substituição de funcionários. Os colaboradores, por sua vez, devem estar dispostos a adquirir novas habilidades e competências, buscando atualização profissional e capacitação em áreas complementares àquelas que são automatizadas.
Investir em programas de treinamento e desenvolvimento é essencial para que os funcionários possam se adaptar às novas demandas do mercado de trabalho. A reskilling e upskilling permitem que as pessoas estejam aptas a trabalhar lado a lado com a tecnologia, desempenhando papéis-chave na gestão, monitoramento e supervisão dos processos logísticos automatizados.

Além disso, as organizações devem priorizar a transparência e a comunicação efetiva durante o processo de automação. Esclarecer os objetivos e os impactos das mudanças é fundamental para reduzir a resistência e o medo entre os colaboradores. A criação de um ambiente de trabalho inclusivo, onde a colaboração entre humanos e máquinas seja valorizada, contribui para a construção de uma cultura organizacional saudável e adaptável.

Hoje, a automação na cadeia logística não é uma opção, mas sim uma inevitável realidade. As organizações que compreenderem essa tendência e estiverem preparadas para abraçar a mudança e souberem promover uma cultura de colaboração e aprendizagem contínua, terão mais facilidade para enfrentar os desafios e colher os frutos de uma cadeia logística mais eficiente e inovadora e estarão em posição privilegiada para prosperar em um mundo cada vez mais tecnológico e interconectado.

*Eduardo Porto Tedesco. Mais de 25 anos de experiência profissional na liderança de equipes executivas multifuncionais, com responsabilidade pela elaboração, implantação e controle de Planos Estratégicos de Produção, Marketing e Vendas. Atualmente, faz parte da equipe de consultores da Connexxion Group, à frente da Unidade “Connexxion Technology”.

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