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Explosão do e-commerce gera disputa por armazenagem urbana em São Paulo

Comércio eletrônico deve movimentar R$ 234 bilhões em 2025 e pressiona a infraestrutura das cidades
Por Redação em 30 de setembro de 2025 às 8h48
Explosão do e-commerce gera disputa por armazenagem urbana em São Paulo
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O aumento da demanda por espaço de armazenagem e entregas rápidas para o e-commerce está transformando a logística urbana de São Paulo. O comércio eletrônico, que movimentou R$ 200 bilhões em 2024 e deve alcançar R$ 234 bilhões em 2025, aumenta a circulação de veículos de entrega, exige estoques descentralizados e cria uma demanda crescente por espaços bem localizados dentro da cidade. Ao mesmo tempo, a taxa de vacância em galpões logísticos caiu para 9,3%, uma das mais baixas da história, elevando os aluguéis médios para R$ 24,95/m² e projetando valores acima de R$ 45/m² em 2025 nos ativos mais próximos dos grandes centros.
 

O aumento da demanda tem levado empresas a buscar alternativas conhecidas como infill logístico, imóveis de armazenagem dentro do perímetro urbano que funcionam como hubs de proximidade. O modelo permite reduzir deslocamentos, encurtar a chamada última milha e acelerar o giro de mercadorias, que já representa mais da metade do custo logístico total em São Paulo. De acordo com a empresa de espaços para armazenagem GoodStorage, estar próximo do consumidor significa não apenas ganhar tempo, mas também diminuir emissões e melhorar a eficiência operacional em setores diversos quanto varejo digital, farmacêutico, mobilidade e alimentos.
 

A empresa se consolidou como a maior rede de armazenagem urbana do Brasil, com 67 unidades na capital paulista. A empresa atende desde pequenas e médias empresas, até gigantes como Mercado Livre e Shopee, que utilizam seus espaços para garantir entregas no mesmo dia. A Petlove, que começou a parceria usando 30 m² em self storage, hoje, ocupa quase 2 mil m² em galpões urbanos. Os casos ilustram a transformação do uso da armazenagem urbana: de solução voltada a pequenos contratos, para infraestrutura capaz de sustentar operações complexas de e-commerce, logística reversa e apoio técnico regionalizado.
 

"O galpão periférico continua tendo um papel importante, mas não é mais suficiente para atender a dinâmica do mercado atual. O que vemos é uma mudança estrutural: a própria cidade passou a ser parte ativa da rede logística. Isso significa ter locais de armazenamento e distribuição inseridos pelos bairros, capazes de encurtar distâncias, reduzir custos e aumentar a previsibilidade das entregas", comenta Thiago Cordeiro, CEO e fundador da GoodStorage.
 

Para o executivo, a lógica do same day delivery só se sustenta quando o estoque está inserido dentro da malha urbana. A descentralização dos estoques tem se tornado um requisito básico para empresas que desejam manter a competitividade em um mercado cada vez mais orientado pela conveniência do consumidor.
 

"Quando uma empresa consegue sair da lógica de operar apenas em galpões distantes e passa a contar com estoques dentro da cidade, o impacto é imediato. O tempo de entrega cai de dias para horas, o custo logístico se torna mais previsível e o impacto ambiental diminui. Essa combinação gera eficiência econômica para as empresas e benefícios diretos para a população, que recebe com mais rapidez e confiabilidade", complementa Thiago.
 

De acordo com a GoodStorage, o avanço das smart cities, a pressão por sustentabilidade, a adoção de novas tecnologias como 5G e a automação devem ampliar ainda mais esse movimento nos próximos anos. As cidades passarão a ser vistas como parte ativa da rede logística, gerando maior rapidez e previsibilidade para os consumidores e ganhos de eficiência e competitividade para as empresas.
 

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