A VLI, companhia que opera soluções logísticas multimodais, concluiu obras de dragagem no Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita (Tiplam), localizado na Baixada Santista, com foco no aumento do calado dos berços atracadores. A intervenção elevou o calado máximo do terminal de 13,35 metros para 14,10 metros, permitindo a operação com embarcações de maior porte. A melhoria gerou impactos diretos na movimentação de cargas, com registro de novos recordes no volume de açúcar exportado (74 mil toneladas) e na importação de fertilizantes (72,6 mil toneladas) por navio.
As obras de dragagem foram realizadas no canal de Piaçaguera e nos berços 2, 3 e 4 do terminal. Com o aumento do calado, a capacidade de carga dos navios que operam no Tiplam foi ampliada em cerca de 10%, reduzindo o tempo de espera para saída de embarcações em função das variações de maré. A estimativa da companhia é que esse tempo seja reduzido em mais de 60%, aumentando a disponibilidade de berços para atracação.
Segundo a VLI, os resultados obtidos fazem parte da estratégia de otimização de seus ativos logísticos e refletem o foco em ganhos de produtividade e competitividade para os clientes. O diretor de operações do Corredor Sudeste da VLI, Marcelo Cardoso, destaca que a modernização do terminal amplia a atratividade do Tiplam para navios de maior porte, criando uma alternativa de distribuição de cargas dentro do Complexo Portuário de Santos.
A VLI é responsável por mais de 90% da importação ferroviária de matérias-primas para fertilizantes no Brasil, como enxofre, rocha fosfática e amônia. Parte desses insumos é transportada a partir do Tiplam via ferrovia para unidades industriais no Triângulo Mineiro, de onde seguem para produtores rurais da região. O terminal também responde por 25% do volume total de açúcar exportado pelo Porto de Santos.
O Tiplam é um dos pontos de conexão do Corredor Sudeste da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), sistema logístico que integra os estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e o Distrito Federal. Esse corredor concentra a movimentação de cargas como açúcar, grãos e fertilizantes, utilizando dois terminais integradores — Uberaba (MG) e Guará (SP) — para o transbordo ao modal ferroviário.
Além dos ganhos operacionais, a utilização exclusiva da ferrovia nos fluxos de exportação do Tiplam reduz impactos sobre o trânsito na Baixada Santista e contribui para a redução das emissões de dióxido de carbono. De acordo com a VLI, o modal ferroviário pode ser até nove vezes menos intensivo em emissões de CO² em comparação ao transporte rodoviário.