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Especialistas discutem estratégias para transição energética na logística durante a Intermodal South America 2025

Painel com executivos da ABOL, FedEx, LOTS Group e LATAM Cargo Brasil aborda viabilidade de combustíveis alternativos e desafios da descarbonização do setor
Por Redação em 7 de maio de 2025 às 7h29
Especialistas discutem estratégias para transição energética na logística durante a Intermodal South America 2025
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

A Intermodal South America 2025 sediou o painel “Qual o combustível do futuro no Brasil?”, que reuniu representantes de empresas do setor logístico para discutir os caminhos possíveis para a descarbonização da cadeia logística no país. O debate foi mediado por Marcella Cunha, diretora executiva da ABOL (Associação Brasileira de Operadores Logísticos), e contou com a participação de Edson Guimarães (CEO LATAM da LOTS Group), Eduardo Araújo (presidente do Conselho da ABOL e Sales Managing Director da FedEx) e Otávio Meneguette (diretor da LATAM Cargo Brasil).

Durante o painel, os participantes abordaram alternativas energéticas como biometano, eletrificação de frotas e o uso de SAF (Sustainable Aviation Fuel), destacando a necessidade de ações coordenadas entre empresas, governo e demais atores do setor. Para os executivos, a transição energética exige investimentos, mudanças na estrutura operacional e adaptação a novos modelos de gestão.

Edson Guimarães afirmou que o Brasil apresenta condições favoráveis para a ampliação do uso de tecnologias com menor emissão de carbono e apontou a coexistência de múltiplas fontes energéticas como uma característica esperada para o futuro próximo.

Eduardo Araújo reforçou que a FedEx estabeleceu metas globais para atingir a neutralidade de carbono até 2040 e que a empresa já destinou mais de US$ 100 milhões para iniciativas relacionadas à descarbonização. Segundo o executivo, o SAF ainda enfrenta barreiras técnicas e econômicas que dificultam sua adoção em larga escala.

Otávio Meneguette destacou que os custos com combustíveis representam de 30% a 40% das operações no modal aéreo, o que torna ainda mais desafiadora a transição para fontes renováveis. Ele afirmou que a mudança no setor depende de ações integradas, eficiência operacional e cooperação entre os diferentes elos da cadeia logística.

Ao final do painel, Marcella Cunha observou que apenas uma minoria dos Operadores Logísticos consegue repassar os custos da descarbonização aos clientes. Ela defendeu o compartilhamento de responsabilidades entre os integrantes da cadeia, incluindo aspectos financeiros. A diretora também ressaltou a importância de ampliar iniciativas já existentes e fortalecer o ecossistema logístico frente aos desafios da transição energética.

Segundo dados do 1º Inventário de Emissões da ABOL, 94,5% das emissões de CO₂ do setor ainda estão associadas ao uso de diesel. No entanto, os operadores projetam uma redução média de 37% nessas emissões até 2032. A ABOL, por meio de sua Diretoria ESG, conduz há aproximadamente três anos ações voltadas ao apoio das associadas na transição para modelos de menor impacto ambiental.

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