O Ministério dos Transportes identificou erros nos diagnósticos de logística feitos em gestões anteriores e, como resposta, está desenvolvendo um novo plano para aprimorar a infraestrutura e o transporte de mercadorias no Brasil. A iniciativa faz parte da Agenda 2050, um projeto de longo prazo que visa melhorar a eficiência logística do país nas próximas décadas. As informações foram divulgadas pelo Painel SA do jornal Folha de S. Paulo.
Segundo George Santoro, secretário-executivo do Ministério, os planejamentos anteriores utilizavam a nota fiscal eletrônica como base, o que gerou avaliações imprecisas. "Origem e destino na nota fiscal não é algo preciso. Agora, conseguiremos ter mais precisão com o uso do Conhecimento de Transporte Eletrônico, que detalha o trajeto das mercadorias", afirmou Santoro.
Com essa nova metodologia, o governo pretende mapear de maneira mais eficiente as necessidades de investimento no setor, considerando modais rodoviários, ferroviários e aéreos. O objetivo é otimizar o uso dos ativos logísticos já existentes, evitando erros como o do Plano Nacional de Logística, que previa a construção de 20 mil quilômetros de ferrovias — algo considerado impraticável, mesmo com recursos disponíveis.
O novo estudo será conduzido em parceria com a Fundação Dom Cabral e fornecerá diretrizes para a Agenda 2050, documento que está sendo formulado com a participação do Ministério do Planejamento e que funcionará como um projeto estratégico de longo prazo para o país.
Com essa mudança, o governo busca promover um desenvolvimento mais eficiente e sustentável do setor logístico, alinhando os investimentos às reais necessidades do mercado brasileiro.