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Peru apresenta balanço de avanços logísticos e de infraestrutura no 1º semestre de 2025

Iniciativas envolvem obras viárias, planejamento de cabotagem, corredores multimodais e estruturas de apoio ao comércio exterior
Por Redação em 9 de julho de 2025 às 7h46
Peru apresenta balanço de avanços logísticos e de infraestrutura no 1º semestre de 2025
Foto: Reprodução/Freepik
Foto: Reprodução/Freepik

A entidade ComexPerú, que reúne empresas vinculadas ao comércio exterior, divulgou os principais avanços registrados no primeiro semestre de 2025 no setor logístico e de infraestrutura, conforme análise publicada na edição 1250 de seu semanário. O levantamento revisou o andamento de projetos previstos no Plano Nacional de Serviços e Infraestrutura Logística de Transporte até 2032 (PNSILT-2032), com foco na competitividade das exportações.

Conectividade no eixo Callao–Chancay
Segundo a entidade, um dos principais eixos estratégicos envolve a conexão entre a serra central e a costa, com destaque para a rodovia Oyón–Ambo, com 150 km de extensão e abrangência nos departamentos de Lima, Pasco e Huánuco. O trecho foi dividido em três fases: o Trecho 1 está com 57,6% de avanço físico, o Trecho 2 com 77,3%, enquanto o Trecho 3 está na etapa de atualização do Estudo Definitivo de Engenharia (EDI), cuja aprovação está prevista para o último trimestre de 2025.

Outro projeto em andamento é a rodovia Acos–Huayllay, de 86 km, cujo estudo definitivo deve ser concluído em novembro. A via facilitará o tráfego entre Pasco e a província de Huaral, fortalecendo a ligação centro-norte.

No trecho costeiro, o projeto do par vial Serpentín–Variante Pasamayo, com viabilidade reconhecida, aguarda o início da elaboração do EDI após aprovação técnica-econômica. Já o projeto de Evitamento Chancay–Chancayllo, com 15 km, três intercâmbios e nove passagens em desnível, visa desviar o tráfego de carga pesada da área urbana. No entanto, enfrenta controvérsias com a prefeitura local e o Ministério da Habitação, devido à sobreposição com o Plano de Desenvolvimento Urbano (PDU). O Ministério dos Transportes e Comunicações (MTC) realizou visita de campo em março para avaliar soluções.

Infraestrutura de apoio
O anteporto do Callao, previsto para 2026, busca aliviar o tráfego de caminhões na área portuária. Embora o projeto tenha sido paralisado, o Decreto de Urgência nº 004-2025 viabilizou o uso provisório de 3,6 hectares para investimentos logísticos. A APM Terminals, operadora do Muelle Norte, manifestou interesse e trabalha na elaboração do projeto técnico.

No norte, o anteporto de Paita está em fase de estudos de pré-investimento. Após a assinatura de contrato em fevereiro, a aprovação da segunda entrega está prevista para julho. O projeto prevê conexão com a Zona Econômica Especial (ZED) de Paita e suporte ao transporte de cargas.

Em Ancón, segue a formulação do truck center, com investimento estimado de S/ 145 milhões. O estudo de perfil está em curso, com previsão de início do projeto técnico em janeiro de 2026 e conclusão no segundo semestre de 2027.

Cabotagem marítima
O MTC, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), desenvolve uma estratégia nacional de cabotagem, com o objetivo de utilizar a costa para descentralizar o transporte e reduzir impactos ambientais. Uma consultoria contratada está elaborando diagnóstico sobre infraestrutura, oferta e demanda. O primeiro produto foi entregue, e o segundo — um relatório de diagnóstico — está em revisão.

No entanto, segundo a ComexPerú, a tributação atual permanece como um obstáculo à competitividade da cabotagem, elevando os custos para os operadores. A questão ainda aguarda revisão normativa.

Corredores multimodais
Além do eixo Callao–Chancay, o Peru tem promovido a articulação de mesas técnicas público-privadas para desenvolver corredores logísticos que liguem zonas produtivas a mercados internacionais.

Entre as prioridades estão o corredor Amazonas Norte, que conecta Paita, Yurimaguas e Manaus via infraestrutura fluvial; o corredor Centro, ligando Chancay e Callao a Pucallpa; e o corredor Sul, com saídas para o Brasil pelos portos de Ilo e Matarani.

A ComexPerú conclui que, apesar dos avanços no semestre — com obras viárias, estratégias em desenvolvimento e projetos em planejamento —, ainda há desafios em coordenação institucional, marcos normativos e execução. A superação dessas barreiras dependerá de gestão pública eficiente e maior articulação com o setor privado.

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