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Brasil e China assinam memorando para cooperação em logística e desenvolvimento regional

Documento integra estratégia bilateral para os próximos 50 anos e prioriza infraestrutura, inovação e comércio
Por Redação em 14 de agosto de 2025 às 7h09
Brasil e China assinam memorando para cooperação em logística e desenvolvimento regional
Foto: Alexandre Costa/MIDR
Foto: Alexandre Costa/MIDR

O governo federal assinou, em 11 de agosto de 2025, em Pequim, um Memorando de Entendimento com a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da República Popular da China, estabelecendo novas bases para a cooperação em políticas de desenvolvimento regional. O acordo prevê ações conjuntas em áreas estratégicas, com destaque para infraestrutura logística, inovação e comércio de produtos regionais, segundo o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR).

A iniciativa integra a Comunidade de Futuro Compartilhado Brasil-China, anunciada pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping, com planejamento para os próximos 50 anos de relações bilaterais. Na área logística, o objetivo é alinhar a iniciativa Cinturão e Rota, que conecta mercados por grandes corredores de transporte e comércio, com programas brasileiros como o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Programa Rotas da Integração Sul-Americana, o Nova Indústria Brasil (NIB) e o Plano de Transformação Ecológica.

O PAC prioriza obras de transporte, energia e saneamento com impacto no escoamento da produção agrícola e industrial. O Rotas da Integração Sul-Americana busca ampliar a conectividade entre regiões brasileiras e países vizinhos por meio de rodovias, ferrovias, hidrovias e portos. O NIB prevê modernização industrial e estímulo a cadeias produtivas dependentes de logística eficiente, enquanto o Plano de Transformação Ecológica incorpora infraestrutura sustentável e transporte de baixo carbono.

O memorando define como áreas prioritárias a cooperação entre governos locais, inovação regional, otimização da distribuição de atividades produtivas, governança ecológica de biomas e bacias hidrográficas, além da realização de seminários temáticos. Estão previstos estudos de caso, visitas técnicas e capacitações para gestores brasileiros e chineses.

Na ocasião, o ministro Waldez Góes afirmou que Brasil e China têm desafios e oportunidades semelhantes na redução das desigualdades territoriais e na promoção de crescimento equilibrado entre regiões. O vice-ministro chinês Wang Changlin destacou a importância de aprofundar o diálogo sobre infraestrutura, desenvolvimento verde e inovação tecnológica, e anunciou convite para que 24 representantes da Casa Civil e do Ministério do Planejamento e Orçamento participem, em 2026, de um seminário na China sobre desenvolvimento econômico, em parceria com o Programa Rotas da Integração Sul-Americana.

O acordo também contempla possibilidades de ampliar o comércio de produtos da bioeconomia brasileira, incluindo açaí, cupuaçu, cacau, azeite e coco, com foco em mercados do Nordeste e da Amazônia. Segundo o MIDR, a articulação entre programas nacionais e a iniciativa Cinturão e Rota pode facilitar investimentos e acelerar obras de integração física, fortalecendo corredores logísticos internos e internacionais estratégicos para o desenvolvimento regional e para a competitividade no comércio exterior.

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