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Aurora Eadi denuncia entraves locais para início das operações em Anápolis e questiona tratamento desigual

Empresa vencedora de licitação federal aponta interferências políticas e favorecimento à concorrente Porto Seco Centro Oeste
Por Redação em 24 de abril de 2025 às 7h32
Aurora Eadi denuncia entraves locais para início das operações em Anápolis e questiona tratamento desigual
Foto: Divulgação/Aurora EADI
Foto: Divulgação/Aurora EADI

A empresa Aurora Eadi se pronunciou oficialmente sobre as dificuldades enfrentadas para iniciar suas operações no município de Anápolis (GO), mesmo após ter vencido uma licitação federal em 2018 para instalação e gestão de um porto seco na cidade. Ela falou com a imprensa durante uma conferência de imprensa realizada na última quarta-feira (16) em Anápolis (GO).

A Aurora foi declarada vencedora da licitação pública com uma proposta que, segundo a empresa, apresentou valores 40% inferiores aos praticados pela atual operadora, o Porto Seco Centro Oeste. Posteriormente, a Aurora venceu uma disputa judicial de cinco anos que questionava a lisura do processo licitatório. "Recebemos a outorga do TCU após uma longa batalha judicial", afirmou um porta-voz da empresa.

Aurora Eadi denuncia entraves locais para início das operações em Anápolis e questiona tratamento desigual

Durante a coletiva, representantes da Aurora alegaram que a empresa enfrenta resistência por parte de setores ligados ao poder político local. A atual operadora do porto seco, o Porto Seco Centro Oeste, pertence a grupos econômicos da região com vínculos com a administração pública. "Ao vencer a licitação, compramos uma briga sem saber com o poder econômico e político local", declarou a empresa em nota.

A empresa possui 30 anos de atuação no segmento logístico, administrando Portos Secos em Sorocaba (SP) e no Porto de Manaus e declara já ter investido R$ 100 milhões em sua estrutura na cidade e alega que tem potencial para gerar cerca de mil empregos diretos.  Ela construiu um moderno prédio apropriado para a atividade, com 13.000m2 de armazenagem, 500m2 de câmara fria, 50.000m2 de pátio e área reservada de mais 150.000m2 para futuras ampliações. 

Segundo a nota, apesar de já ter atendido todas as exigências técnicas e documentais solicitadas pela gestão municipal, o processo de emissão do alvará de funcionamento permanece parado. "Tudo o que nos foi solicitado foi cumprido e respondido. O processo chegou à Procuradoria-Geral do Município devidamente saneado", declarou a empresa.

A Aurora também questiona a atuação do prefeito ao afirmar que a administração municipal é leniente com a atual operadora, que, de acordo com documentos apresentados pela empresa, está com o alvará sanitário vencido desde dezembro de 2023 e opera sem certificado de conformidade do Corpo de Bombeiros. "Se há rigor com a Aurora, por que não há o mesmo com o Porto Seco Centro Oeste?", indagou a empresa.

Durante a coletiva, a Aurora mencionou a denúncia número 20240350, registrada na Vigilância Sanitária de Anápolis, que resultou no auto de infração 000.627, apontando irregularidades sanitárias no funcionamento da concorrente.

A empresa afirma não ter envolvimento político na cidade e diz que sua chegada representa apenas o cumprimento de uma decisão federal. "Nossa relação com a cidade está para começar. Não temos vínculos com campanhas eleitorais ou interesses locais. Queremos apenas operar conforme a outorga concedida", afirmaram os representantes da Aurora. Apesar de vencedora da licitação e dos grandes investimentos já feitos na cidade a empresa reclama que até hoje não conseguiu ser recebida pelo prefeito da cidade ou o governador para esclarecimentos. "Não sabemos o motivo da ausência de diálogo com o governador e o prefeito", disse a nota.

Na avaliação da empresa, a situação pode comprometer a imagem de Anápolis como destino para novos investimentos. "O recado que se passa ao investidor externo é de insegurança institucional e barreiras políticas à entrada de concorrentes em setores já estabelecidos", finalizou a empresa.

Até o momento, a Prefeitura de Anápolis não se pronunciou oficialmente sobre as declarações.

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