A Portonave, primeiro terminal privado de contêineres do Brasil, localizado em Navegantes (SC), anunciou um investimento de R$ 1,5 bilhão para fortalecer sua capacidade operacional, sustentabilidade e segurança. A iniciativa inclui a aquisição de equipamentos 100% elétricos, como guindastes, empilhadeiras e scanners, além da obra de adequação do cais para receber os maiores navios em operação no mundo.
Com investimento de R$ 439 milhões em novos equipamentos, a Portonave irá operar com dois guindastes Ship-to-Shore (STS), 14 Rubber Tyred Gantry (RTG), uma Reach Stacker elétrica e dois scanners para inspeção de cargas. Os novos guindastes STS, adquiridos da chinesa ZPMC, são os primeiros do tipo no Brasil e poderão movimentar cargas de até 100 toneladas a uma altura de 55 metros, alcançando até 25 fileiras de contêineres.
Os RTGs, da finlandesa Konecranes, são movidos por baterias e integrados ao sistema elétrico do pátio, oferecendo maior eficiência energética e segurança operacional. Já a nova Reach Stacker elétrica, também inédita no país, tem autonomia de oito horas e recursos avançados como radar de obstáculos, câmeras de pedestres e bafômetro integrado.
“Estamos preparando a Portonave para o futuro da logística portuária, com foco em inovação e sustentabilidade. Equipamentos modernos e mais seguros nos colocam na vanguarda da descarbonização e da eficiência operacional”, afirma a diretoria da companhia.
A aquisição dos equipamentos foi viabilizada pelo regime tributário Reporto, que isenta empresas portuárias e ferroviárias de tributos federais na compra de máquinas e tecnologias. Além disso, os dois novos scanners de carga, da brasileira VMI Security, estarão integrados ao sistema aduaneiro e utilizarão inteligência artificial para auxiliar nas inspeções feitas pela Receita Federal.
Paralelamente, a Portonave executa a obra de adequação do cais, iniciada em janeiro de 2024 e orçada em cerca de R$ 1 bilhão. O objetivo é permitir o recebimento de embarcações de até 400 metros de comprimento e 17 metros de calado, além de preparar o local para a futura instalação do sistema “shore power”, que permitirá o fornecimento de energia elétrica diretamente aos navios atracados. A conclusão da primeira fase está prevista para julho de 2025, e a entrega final para o primeiro semestre de 2026.