A Mercedes-Benz do Brasil elevou em 50% a produtividade de suas operações de pós-venda com o início das atividades do novo centro de distribuição e logística de peças localizado em Itupeva, interior de São Paulo. A unidade entrou em operação em julho de 2024 e ocupa uma área de 60 mil metros quadrados em um condomínio logístico da HGLG, situado próximo ao km 72 da Rodovia dos Bandeirantes.
O projeto foi desenvolvido em parceria com a Penske Logistics e conta com estrutura verticalizada composta por oito módulos de armazéns, 96 docas e quatro rampas de acesso para empilhadeiras. As docas possuem nivelamento eletro-hidráulico, o que permite ajuste da plataforma à altura da carroçaria dos veículos, facilitando as operações de carregamento e descarregamento.
O centro de distribuição abriga nove milhões de peças em estoque, com 45 mil itens diferentes, sendo 80% destinados a caminhões e 20% a ônibus, incluindo modelos antigos. A operação tem abrangência nacional e internacional, atendendo concessionárias no Brasil e em mais de 50 países. A média diária de pedidos é de oito mil, sendo 7.500 destinados ao mercado interno e 500 ao mercado externo.
De acordo com Matthias Kaeding, vice-presidente de compras e logística da Mercedes-Benz do Brasil e América Latina, a mudança para a nova estrutura e a parceria com a Penske foram projetadas para otimizar os processos logísticos e aumentar a eficiência operacional. A nova unidade também passou a utilizar o sistema Warehouse Management System (WMS), que permite a gestão integrada dos processos de recebimento, armazenagem e expedição.
A distribuição mensal soma 1,5 milhão de peças. Para o mercado interno, os serviços de transporte são realizados por empresas como Global e TNT. Já para o mercado externo, a operação é feita por transportadoras aéreas como Azul e Aerosoft. Cerca de 30% das exportações são destinadas à Argentina. O restante é distribuído entre países da América do Sul e a matriz da Daimler Truck na Alemanha. Os envios aos Estados Unidos representam parcela menor das exportações.
Atualmente, 400 funcionários trabalham na unidade de Itupeva, operando em dois turnos e meio. Os pedidos emergenciais são atendidos em até 24 horas, enquanto os pedidos de reposição de estoque são processados em até 72 horas. No caso de exportações, o tempo de resposta varia conforme o modal logístico utilizado: cerca de cinco dias para transportes marítimos ou rodoviários e dois dias para transportes aéreos.
As peças são organizadas em quatro formatos de armazenagem, conforme o volume e as características de manuseio:
Peças pequenas são acondicionadas no mezanino e operadas manualmente. São mais de 31 mil itens, com aproximadamente 4,9 milhões de peças em estoque, e geram mais de 2.500 pedidos expedidos por dia.
Peças médias são movimentadas por sistema de estocagem vertical, o Rail Pallet Rack. São cerca de 6.200 itens, com 2,3 milhões de peças em estoque e mais de 3.000 pedidos diários.
Peças grandes e pesadas são armazenadas em porta-paletes. Esse segmento inclui mais de 6.400 itens, com cerca de 2,9 milhões de peças, e atende mais de 800 pedidos por dia.
Peças volumosas e de alto giro são armazenadas em blocos, diretamente no chão (Storage Blocked). São mais de 200 itens, com cerca de 250 mil peças em estoque, e mais de 500 pedidos diários.
Segundo Gilson Silva, gerente sênior da operação de Itupeva, responsável também pelas áreas de compras, logística e qualidade de peças de cabine e suspensão na unidade de São Bernardo do Campo, a nova central tem contribuído para a agilidade no atendimento e melhoria dos processos logísticos. A estrutura foi desenhada para dar suporte à manutenção da frota de veículos da marca e assegurar a continuidade das operações dos clientes.