Entre janeiro e junho de 2025, as exportações peruanas somaram US$ 40,098 bilhões, um aumento de 20,2% em relação aos US$ 33,350 bilhões registrados no mesmo período de 2024, segundo informações do Centro de Pesquisa de Economia e Negócios Globais da Associação de Exportadores (CIEN-ADEX).
Do total exportado, os embarques tradicionais alcançaram US$ 29,656 bilhões, com alta de 19,5% e participação de 74%. A mineração liderou com US$ 25,942 bilhões, crescimento de 21,1%, impulsionada por maiores vendas de cobre e ouro em bruto. Em seguida vieram a pesca tradicional (+30,7%), o agro primário (+12,6%) e os hidrocarbonetos (-2,1%).
No segmento mineral, o cobre e seus concentrados geraram US$ 11,404 bilhões, equivalentes a 28,4% do valor total exportado.
A oferta não tradicional registrou US$ 10,442 bilhões, aumento de 22,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior (US$ 8,540 bilhões), com participação de 26% no total exportado. Sete dos onze setores encerraram o semestre com crescimento: agroindústria (+23,5%), pesca e aquicultura (+78,2%), químico (+14,1%), siderometalurgia (+22,8%), confecções (+9,5%), metalmecânica (+12,8%) e têxtil (+12,2%). Em contrapartida, mineração não metálica (-3,8%), joalheria (-8,2%), madeiras (-20,1%) e outros (-3,8%) apresentaram retração.
Entre os produtos com maior valor FOB destacaram-se as paltas (US$ 876,6 milhões, +14,1%), seguidas por uvas frescas, lula congelada, cacau, mirtilos, fio de cobre refinado, mangas, fosfatos de cálcio naturais, zinco não ligado e produtos de cobre.
Quanto aos destinos, a China concentrou 36,9% das exportações, seguida pela União Europeia (10,9%), Estados Unidos (10,4%) e América Latina (2,9%). A UE ultrapassou os EUA, que historicamente ocupavam a segunda posição.
De acordo com o CIEN-ADEX, as exportações para os Estados Unidos continuam em crescimento, mas em ritmo inferior ao de anos anteriores, com setores como joalheria e indústria florestal apresentando menor dinamismo.