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Fretes recuam em junho, mas colheita do milho deve pressionar logística nos próximos meses

Movimentação nos portos brasileiros é liderada por exportações de soja e farelo; importação de fertilizantes atinge maior nível desde 2022
Por Redação em 7 de julho de 2025 às 7h26
Fretes recuam em junho, mas colheita do milho deve pressionar logística nos próximos meses
Foto: Reprodução/Freepik
Foto: Reprodução/Freepik

O setor de logística no Brasil registrou queda nos preços dos fretes ao longo de junho de 2025, impulsionada pela redução na demanda por transporte e pela retração no valor do diesel. No entanto, a previsão para os próximos meses indica uma possível reversão do cenário, com alta nos preços associada à intensificação da colheita da segunda safra de milho.

Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicam que as exportações de milho caíram em maio. Foram embarcadas 6,1 milhões de toneladas, abaixo das 7,5 milhões de toneladas registradas no mesmo mês de 2024. O Porto de Santos liderou o escoamento, respondendo por 28,8% do total. Em contrapartida, os portos do Arco Norte reduziram sua participação de 45,3% para 25,7%. Também tiveram destaque os portos de São Francisco do Sul (16,4%), Paranaguá (12,9%) e Rio Grande (12,8%).

No caso da soja, as exportações mantiveram crescimento. Em maio, 38% dos embarques partiram do Arco Norte, superando os 36,4% registrados em 2024. O Porto de Santos participou com 37,5%, seguido de Paranaguá (11,9%) e São Francisco do Sul (5,3%). Os principais estados de origem foram Mato Grosso, Goiás, Paraná e Minas Gerais.

As exportações de farelo de soja também apresentaram aumento. De janeiro a maio de 2025, foram exportadas 9,6 milhões de toneladas, ante 9,3 milhões no mesmo período de 2024. Os principais portos de saída foram Santos (42,3%), Paranaguá (30,8%), Rio Grande (15,1%) e Salvador (7,9%).

No setor de fertilizantes, as importações de maio alcançaram o maior volume desde 2022, superando os patamares registrados nos meses anteriores de 2025. Entre janeiro e maio, foram importadas 15,27 milhões de toneladas, frente a 13,6 milhões no mesmo intervalo de 2024. Os portos mais utilizados foram Paranaguá (4,09 milhões de toneladas), Arco Norte (2,99 milhões) e Santos (2,1 milhões).

Em relação ao mercado de fretes, os preços apresentaram queda em Bahia, Distrito Federal, Goiás, São Paulo e Piauí, reflexo da menor demanda logística e da redução do preço do diesel. No Paraná, houve variações regionais, mas Ponta Grossa registrou recuo nas cotações. Em Minas Gerais, o frete de grãos se manteve estável, mas o de café aumentou em razão do período de entressafra.

Por outro lado, alguns estados registraram elevação nos preços dos fretes. Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão e novamente Minas Gerais no transporte de café apresentaram alta nas cotações. A Conab atribui o movimento à aceleração da colheita da segunda safra de milho, que deve impactar diretamente o mercado logístico nas próximas semanas.

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