A movimentação de cargas nos portos brasileiros atingiu 653,7 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2025, segundo levantamento da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). O resultado representa alta de 1% em relação ao mesmo período de 2024.
O porto público com maior movimentação foi o de Santos, com 67,9 milhões de toneladas. O levantamento apontou ainda crescimento de 1.494,58% no Porto de Itajaí (SC), que retomou as operações após interrupção significativa no final de 2022. Entre janeiro e junho deste ano, o porto movimentou 1,7 milhão de toneladas.
De acordo com o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), o desempenho está relacionado à expansão das atividades comerciais e a investimentos federais no setor, incluindo a reativação das operações de Itajaí. Em maio, o governo anunciou um pacote de R$ 844 milhões para modernização do porto até 2030. As ações previstas incluem dragagem do Rio Itajaí-Açu, readequação do molhe de Navegantes e construção de um píer para navios de cruzeiro.
O MPor também confirmou a criação da Autoridade Portuária do Porto de Itajaí, que terá autonomia administrativa. Em junho, foi instituído um Grupo Técnico de Trabalho para definir a estrutura da futura empresa pública federal, que substituirá a gestão transitória da Autoridade Portuária de Santos.
O semestre também registrou recordes no transporte em contêineres, com 78,1 milhões de toneladas, e em granéis sólidos, com 387,1 milhões de toneladas. O MPor informou que ainda este ano será realizado o leilão do terminal de contêineres de Santos (Tecon Santos 10), com previsão de aumentar em 50% a capacidade de movimentação desse tipo de carga.
Segundo dados da Antaq, os portos brasileiros respondem por 95% do comércio internacional do país. Na movimentação de carga de longo curso, houve crescimento de 2% no semestre. Entre os produtos mais transportados estiveram o minério de ferro (190,5 milhões de toneladas, alta de 2,5%), o óleo bruto de petróleo (104,1 milhões de toneladas, crescimento de 0,62%) e a soja (93 milhões de toneladas, aumento de 5,2%).