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Grupo MOVE3 firma parceria local para entregas em favelas

Parceiro estratégico fez insucessos caírem de 50% para 18%
Por Redação em 14 de julho de 2023 às 6h34
Grupo MOVE3 firma parceria local para entregas em favelas
Foto: Divulgação/Grupo MOVE3
Foto: Divulgação/Grupo MOVE3

Diante da alta taxa de insucessos nas entregas da Flash Courier, empresa do Grupo MOVE3, na Rocinha, no Rio de Janeiro (RJ), a companhia decidiu firmar uma parceria com o Grupo Carteiro Amigo, logtech da comunidade, para garantir as entregas das encomendas. Um mês após a parceria, os insucessos caíram de 50% para 18%, representando um avanço de 60%.

“A logística precisa de um beta contínuo nos muitos territórios sem CEP ou com CEP único do país”, diz  Guilherme Juliani, CEO do Grupo MOVE3. No caso da Rocinha, segunda maior favela do país, com 67.199 habitantes, segundo a prévia do Censo 2022, só há um CEP. Ao lado, na comunidade do Vidigal, também localizada na Zona Sul do Rio, os cerca de 12.800 moradores contam com dois CEPs.

“Fomos à Rocinha para entender porque as entregas tinham uma taxa de insucesso tão grande com nosso parceiro anterior, sediado no Centro do Rio”, diz Juliani, CEO do Grupo MOVE3. Durante a visita, a equipe conheceu e contratou a Carteiro Amigo, logtech que atende diversas comunidades no Rio de Janeiro (RJ) e em São Paulo (SP). De acordo com o Grupo MOVE3, no primeiro mês, a parceria incluiu apenas as entregas de cartões e outros itens bancários. Com dois entregadores exclusivos para a holding paulista, trabalhando com motos ou a pé para cumprirem, em média, 2 mil entregas em 30 dias. Cada encomenda demora, no máximo, dois dias para chegar ao destino.

Para mapear as comunidades, atribuindo um CEP para cada rua, a Carteiro Amigo começou usando os mapas do recenseamento do IBGE e os dos agentes de saúde do SUS. Atualmente, a logtech faz toda a roteirização usando a tecnologia do Google, o Plus Code, permitindo todas as residências das comunidades a terem um CEP.

"Hoje estamos juntos levando dignidade para milhares de brasileiros, que podem ter um CEP para chamar de seu”, diz Carlos Pedro da Silva Júnior, morador da Rocinha que criou o Grupo Carteiro Amigo há 23 anos, com os primos Silas da Silva e Elaine da Silva. Na época, eles eram recenseadores do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na Rocinha e perceberam a dificuldade para encontrar as casas que seriam visitadas. “Se era complicado para nós, que éramos moradores, imagina para quem não é daqui”, afirma Carlos.

Na parceria, o Grupo MOVE3 investiu aproximadamente R$ 6.800. “Esses valores devem crescer exponencialmente. Os primeiros resultados são muito animadores e nossa expectativa é de abrir esses CEPs para o e-commerce, o que vai dobrar ou mesmo triplicar o volume das encomendas. Além do ganho para a operação, a gente efetiva um braço ao qual dedicamos muita atenção que é o ESG, a inclusão social porque esse e outros parceiros vão gerar mais empregos e melhorar as condições de vida de centenas de brasileiros”, diz Juliani.

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