O Porto do Rio de Janeiro apresentou alta de 24,9% na movimentação de cargas nos primeiros seis meses de 2025, atingindo 8,4 milhões de toneladas e se tornando o porto público com maior crescimento no período, segundo dados do Estatístico Aquaviário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
No total, o setor aquaviário brasileiro movimentou 653,7 milhões de toneladas no semestre, impulsionado principalmente por cargas conteinerizadas e granéis sólidos. O mês de junho registrou 120,4 milhões de toneladas, o maior volume para o período desde o início da série histórica em 2010.
As cargas conteinerizadas somaram 78,1 milhões de toneladas, crescimento de 6,17% frente ao mesmo período de 2024. Deste total, 53,7 milhões de toneladas corresponderam ao longo curso; 23,7 milhões à cabotagem e 0,7 milhão à navegação interior e apoio portuário. Em TEUs, a movimentação de contêineres chegou a 7,3 milhões.
Os granéis sólidos, responsáveis por 59,2% de toda a movimentação portuária, totalizaram 387,1 milhões de toneladas, alta de 0,7%. As cargas gerais somaram 31,7 milhões de toneladas, aumento de 5,21%, enquanto os granéis líquidos registraram queda de 1,4%, atingindo 156,8 milhões de toneladas.
Entre os portos públicos, além do desempenho do Rio de Janeiro, o Porto de Itajaí movimentou 1,7 milhão de toneladas desde a retomada das operações em maio de 2025. O Porto de Santos manteve a liderança em volume, com 67,9 milhões de toneladas, embora tenha registrado retração de 1,09%, representando 10,4% da movimentação nacional.
Os Terminais de Uso Privado (TUPs) movimentaram 422,3 milhões de toneladas, crescimento de 1,88%. O Terminal Marítimo Ponta Ubu, no Espírito Santo, registrou a maior variação percentual, com alta de 50,66% e 7 milhões de toneladas. Já o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, no Maranhão, liderou em volume, com 75,2 milhões de toneladas.
No ranking dos produtos com maior crescimento percentual no semestre, destacaram-se os fertilizantes (13,65% e 20,9 milhões de toneladas), o enxofre (10,76% e 1,2 milhão de toneladas) e a pasta de celulose (9,12% e 12,5 milhões de toneladas). Em volume total, o minério de ferro permaneceu na liderança, com 190,5 milhões de toneladas (+2,5%), seguido pelo óleo bruto de petróleo (104,1 milhões de toneladas, +0,62%) e pela soja (93 milhões de toneladas, +5,2%).
No segmento de navegação, a navegação interior cresceu 2,37%, totalizando 44,3 milhões de toneladas. O longo curso movimentou 463,6 milhões de toneladas (+2,01%), enquanto a cabotagem apresentou queda de 1,95%, com 144,8 milhões de toneladas.