O processo foi relatado pelo diretor Wilson Pereira de Lima Filho, que considerou o terminal juridicamente adequado, tecnicamente viável, em conformidade com normas ambientais e sem conflitos concorrenciais ou operacionais. O parecer foi acompanhado pelos demais diretores da Antaq: Caio César Farias Leôncio, Alber Furtado de Vasconcelos Neto e Flavia Morais Lopes Takafashi.
O terminal foi enquadrado como TUP (Terminal de Uso Privado). A instalação terá capacidade para atender navios graneleiros do tipo Panamax, utilizados nas rotas de exportação que passam pelo Rio Amazonas.
O píer será fixado no leito do rio no mesmo ponto onde funcionou o porto provisório de contêineres durante a seca de 2024. Com 240 metros de extensão, 18 metros de largura e área de 4.320 m², contará com três guindastes, cada um com capacidade de até 2.100 toneladas por hora.
O investimento previsto é de R$ 150 milhões. A estimativa é de criação de 130 empregos diretos e 250 indiretos em Itacoatiara e municípios vizinhos. Além do impacto no mercado de trabalho, a operação deve consolidar a cidade como parte da estrutura logística do Arco Norte, rota estratégica para o escoamento da produção agrícola nacional.
A atividade será dedicada exclusivamente ao transbordo de cargas entre navios graneleiros e barcaças, sem armazenagem. Com o Porto Verde em operação, a capacidade de exportação de grãos da região será ampliada, fortalecendo a integração da produção brasileira com mercados da Europa e da Ásia.