Grupo Torra adota tecnologia da Pitney Bowes e dobra capacidade de triagem logística

O Grupo Torra, rede varejista com mais de 80 lojas em operação no Brasil, ampliou sua capacidade logística com a implementação de dois sistemas de triagem automatizada (Sorters Duplos) desenvolvidos pela Pitney Bowes, empresa multinacional de tecnologia voltada a soluções de envio e automação de correspondências.

A parceria teve início em 2022 com a instalação do primeiro equipamento e foi ampliada em 2024 com a inclusão de uma segunda unidade. Os dois sistemas operam de forma coordenada e possuem capacidade conjunta para processar até 6 mil caixas por hora, totalizando 95 metros lineares de esteiras automatizadas. Quando ativadas em conjunto, as máquinas atendem a períodos com maior volume de vendas, como Dia das Mães, Black Friday e Natal.

Na operação logística, os equipamentos estão organizados em duas fases: 60% das atividades são voltadas ao armazenamento (estoque) e 40% ao modelo de distribuição direta (crossdocking). A estrutura foi implementada em um centro de distribuição com 20 mil metros quadrados. A triagem é realizada a partir da leitura automática de etiquetas, o que elimina etapas manuais, reduz erros e aumenta a precisão no direcionamento das encomendas.

Entre os recursos tecnológicos incorporados ao projeto, destaca-se uma câmera de foco dinâmico capaz de identificar e ajustar automaticamente o campo de leitura de etiquetas a 2 metros por segundo, mantendo a fluidez do processo. A operação também passou a incluir um sistema que realiza cubagem e separação dos produtos em movimento, o que permite alcançar a marca de 7 milhões de caixas processadas por ano.

Outro recurso presente na estrutura logística é o sistema de medição volumétrica (Volume Measurement System – VMS), tecnologia própria da Pitney Bowes. O VMS mede com precisão o volume de cada embalagem e fornece dados que auxiliam na definição dos tipos de veículos mais adequados para cada rota de entrega.

De acordo com a empresa fornecedora, os dois sorters operam de forma modular, possibilitando que um continue ativo enquanto o outro está em manutenção. Isso garante a continuidade do fluxo logístico e reduz riscos de interrupção nas operações.

A Pitney Bowes destacou ainda que a tecnologia utilizada no projeto é nacional, o que reduz os custos com importação, simplifica a manutenção e favorece a escalabilidade da solução.