A Amazon iniciou testes com robôs humanoides para otimizar as operações de última milha, etapa final da cadeia logística entre o veículo e o consumidor. Os experimentos, realizados em ambientes controlados, utilizam o Unitree G1 — robô capaz de carregar pacotes e navegar por terrenos irregulares, incluindo escadas e obstáculos comuns em áreas urbanas.
Tecnologia com IA e atuação complementar
Equipados com sistemas de inteligência artificial, os robôs são projetados para operar de forma autônoma, interagir com clientes e responder a comandos de voz. Segundo a Amazon, o objetivo da iniciativa é aumentar a produtividade e dar suporte aos entregadores humanos, e não substituí-los — pelo menos no curto e médio prazo.
A empresa reconhece que há desafios técnicos e regulatórios importantes a serem superados antes de qualquer implementação em larga escala. Entre os principais obstáculos estão a navegação em terrenos complexos e a capacidade de julgamento humano diante de imprevistos, aspectos ainda difíceis de replicar por máquinas.
Rede de entregas robusta e em expansão
A Amazon conta atualmente com mais de 275 mil motoristas atuando em sua rede global de entregas, por meio do programa Delivery Service Partners (DSPs), que reúne mais de 3 mil empresas gerenciando frotas locais.
O uso de robôs integra uma estratégia mais ampla da empresa para elevar o nível de automação logística, mantendo entregas rápidas e seguras, sobretudo em mercados com alta densidade populacional.
Resultados e expansão estratégica
No primeiro trimestre de 2025, a Amazon reportou US$ 155,7 bilhões em vendas líquidas, um crescimento de 9% em relação ao ano anterior. O desempenho foi impulsionado pelas vendas na América do Norte (+8%), além da receita com publicidade e da performance da divisão de computação em nuvem AWS.
Com os testes dos robôs humanoides, a Amazon dá mais um passo rumo ao futuro da logística urbana, equilibrando inovação tecnológica com atuação humana, em busca de maior eficiência, escalabilidade e experiência do cliente.