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Poli desenvolve simulador de manobras de navios

Sistema reproduz as condições de navegação pra prever como a embarcação vai se comportar durante as operações reais
Por Redação em 17 de janeiro de 2013 às 11h27

A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) divulgou a criação do Simulador Marítimo Hidroviário (SMH), em desenvolvimento a cerca de dois anos. Trata-se de um sistema 100% nacional que tem como objetivo simular manobras navais.

Desenvolvido por uma equipe coordenada pelo professor Eduardo Aoun Tannuri, do Tanque de Provas Numérico (TPN) – um laboratório especializado em hidrodinâmica aplicada – da Poli, o sistema reproduz no computador variáveis que condizem com os principais portos brasileiros, além de informações como as condições do mar, a situação das embarcações utilizadas (se está vazia ou carregada, por exemplo) e até mesmo o comportamento de equipamentos como rebocadores, leme, motores de propulsão, bússola e GPS.

O SMH começou a ser desenvolvido com base no Simulador Virtual Offshore, um sistema criado especificamente para o treinamento de operadores de navios petroleiros que atuam em atividades de transferência de óleo em plataformas offshore. “O novo simulador foi feito para reproduzir as condições de navegação e atracação no que chamamos de águas restritas, ou seja, canais, portos e rios”, explica Tannuri. “O sistema simula toda a manobra de aproximação e atracação do navio no cais. Isso é importante para que o comandante e o prático saibam como o navio vai se comportar durante a atracação real, evitando perda de tempo, acidentes e garantindo a segurança da navegação.”

A ferramenta é formada por dois equipamentos, que funcionam em salas diferentes. Em uma delas, existem dez telas. A segunda sala conta com uma tela com seis metros de largura por dois de altura e uma réplica de uma cabine de comando que se movimenta, simulando o balanço de um navio. Todas as telas estão conectadas a um computador que, por meio de modelos matemáticos, simula as condições e especificidades dos portos e embarcações. “O SMH simula ventos, ondas, correntezas e marés”, conta Tannuri. “Também é possível simular condições de visibilidade, como neblina, noite, chuva e sol contra o operador”, completa.

O SMH já foi utilizado para prever manobras nos portos de Tubarão (SC), Suape (PE), Pecém (CE), Itaqui (MA), Rio Grande (RS) e Rio de Janeiro. “No porto de Tubarão, por exemplo, simulamos a atracação do maior navio do mundo, o Vale Brasil, antes que ela ocorresse de fato”, lembra Tannuri.

O equipamento foi usado ainda para a avaliação da navegação de novos comboios fluviais da Petrobras que transportarão etanol na Hidrovia Tietê-Paraná. O SMH atende às demandas da empresa, que ajudou a financiar o projeto. Todos os softwares foram projetados e desenvolvidos no TPN e são resultados de uma colaboração entre a Poli e a Petrobras.

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