
O Aeroporto de Maringá retomou a movimentação internacional de cargas após concluir, na semana passada, as etapas regulamentares que sucederam o realfandegamento do Terminal Aeroportuário de Cargas (Teca), formalizado em junho de 2024. As primeiras mercadorias chegaram por via terrestre e seguiram para desembaraço junto à Receita Federal no próprio terminal.
A operação foi viabilizada a partir da regularização documental, estrutural e operacional exigida pelos órgãos federais. O processo incluiu adequações superiores a R$ 500 mil e tratativas permanentes com a Receita Federal e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Antes das adequações, o terminal acumulava mais de 60 pendências com a Anvisa.
As primeiras cargas foram importadas da Ásia e da América do Norte por empresas dos segmentos de eletrônicos, informática e metalmecânico. Os volumes chegaram ao país pelos aeroportos internacionais de Curitiba e Viracopos e foram transferidos para Maringá por Declaração de Trânsito Aduaneiro (DTA). As operações foram realizadas pelas empresas Oderço e Jadon.
A retomada integra o plano de ampliar a utilização do Teca por importadores e exportadores da Região Metropolitana de Maringá. A concessionária BHZLOG, responsável pela operação do terminal, afirma que o movimento tende a alterar a dinâmica regional de comércio exterior ao oferecer alternativas de nacionalização e regimes especiais, como entrepostagem aduaneira e Depósito Alfandegado Certificado (DAC). O terminal também disponibiliza rotas de trânsito rodoviário e aéreo com Guarulhos, Viracopos e Curitiba.
Para dezembro está previsto o início das operações de exportação de produtos odontológicos da empresa Maquira, que seguirá com cargas autorizadas pela Receita Federal no Teca antes do envio ao Aeroporto de Guarulhos por transporte terrestre. A companhia projeta ampliar suas entregas internacionais para além de 80 países com o apoio da nova configuração logística do terminal.
Empresas que participaram da etapa inicial afirmam que a reativação do fluxo internacional em Maringá amplia capacidade operacional, reduz prazos e cria novas alternativas de rotas. Os operadores avaliam que a regularização do Teca reforça a competitividade regional ao permitir o uso de espaços disponíveis em voos domésticos e ao contribuir para a consolidação de volumes que possam viabilizar rotas cargueiras no futuro.