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Kellanova testa transporte fluvial em Manaus como alternativa logística à distribuição rodoviária

Iniciativa substitui caminhões por navegação na região Norte e busca viabilidade operacional e ambiental
Por Redação em 16 de julho de 2025 às 7h31
Kellanova testa transporte fluvial em Manaus como alternativa logística à distribuição rodoviária
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

A Kellanova deu início a uma fase de testes com o uso de transporte fluvial para distribuição de produtos no perímetro de Manaus (AM). A operação piloto foi iniciada em março e concluiu sua primeira bateria oficial de testes em maio, com o objetivo de avaliar a viabilidade técnica, econômica e ambiental da adoção da cabotagem como alternativa ao modal rodoviário tradicional na região Norte.

A companhia, que atua no setor de alimentos e é responsável por marcas como Sucrilhos® e Pringles®, conduziu os testes em parceria com duas empresas locais especializadas em navegação. A média de embarques no período foi de oito cargas por mês. Durante esse intervalo, a Kellanova suspendeu temporariamente o uso de transporte rodoviário para atendimento à região.

A cabotagem é caracterizada pelo transporte de cargas entre portos fluviais ou marítimos dentro do território nacional. Embora a operação tenha sido iniciada no primeiro trimestre, os testes controlados e monitorados ocorreram no mês de maio, com foco em segurança, prazos de entrega e custos operacionais.

Segundo estimativas internas da Kellanova, a substituição parcial da malha rodoviária pelo transporte fluvial poderá gerar a economia de até 35 viagens de caminhão por dia, o que representaria uma redução de 364 quilos de dióxido de carbono diariamente. Em termos acumulados, essa redução equivale a 8.736 quilos por mês e 100.564 quilos por ano. Os dados estão sendo analisados por equipes técnicas da companhia, que avaliam as rotas mais adequadas a partir da relação entre distância, custo e complexidade logística.

Em nota, Daniel Augusto, diretor de logística da Kellanova no Brasil, destacou o potencial da navegação fluvial como alternativa logística: “No Brasil, apesar da existência de uma rede hidrográfica extensa, a cabotagem ainda é pouco utilizada. Nosso objetivo é identificar soluções que atendam à demanda de abastecimento e distribuição, com atenção aos custos operacionais e ao impacto ambiental.”

A companhia afirma que continuará investindo em estudos técnicos e operacionais para ampliar o uso de modais complementares à distribuição rodoviária. A iniciativa faz parte de um conjunto de ações voltadas à otimização da cadeia logística e à redução da emissão de poluentes, alinhadas às metas corporativas de sustentabilidade.

Principais fatores associados à cabotagem:

  • Redução de custos operacionais em rotas de longa distância e cargas de grande volume.

  • Descongestionamento das rodovias, com diminuição do desgaste da infraestrutura viária.

  • Menor emissão de poluentes, com ganhos ambientais em comparação ao transporte rodoviário.

  • Integração entre regiões do país, com estímulo ao comércio inter-regional.

  • Maior segurança logística, frente ao cenário de riscos em rotas terrestres.

  • Fomento à indústria naval, com incremento na demanda por embarcações e serviços portuários.

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