Durante o 9º Encontro Regional do Plano Nacional de Logística (PNL) 2050, realizado no dia 3 de junho em Campo Grande, o Governo do Mato Grosso do Sul destacou suas prioridades para transformar a logística estadual. O evento — promovido pelo Ministério dos Transportes — reuniu autoridades e representantes do setor produtivo para debater os gargalos e oportunidades da malha logística da Região Centro-Oeste.
De acordo com o secretário da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, o MS prioriza a reativação do transporte ferroviário, a modernização de rodovias, a ampliação do uso de hidrovias e a revitalização dos aeroportos como pilares para melhorar a competitividade logística. Ele pontuou que, com a reforma tributária, o custo e o tempo de transporte ganham ainda mais relevância para o desempenho do estado no cenário nacional e internacional.
“O ponto principal do gargalo hoje é a ferrovia. Já temos dois grandes projetos rodoviários em andamento, então é hora de avançar na matriz ferroviária”, afirmou Verruck.
Outro destaque foi a Rota Bioceânica, apontada como vetor estratégico que poderá integrar os modais e abrir novos caminhos para o escoamento da produção sul-mato-grossense rumo aos mercados asiáticos, via portos do Chile.
O secretário ressaltou que o modal rodoviário, predominante no estado, ainda encarece o frete e compromete prazos logísticos. A solução passa pela intermodalidade, que permitiria uma logística mais fluida e com menor custo operacional, crucial para manter o status do estado como um grande exportador de commodities.
O encontro também reforçou a importância do planejamento regionalizado para orientar os investimentos públicos. A subsecretária substituta do Ministério dos Transportes, Larissa Spínola, destacou o compromisso do governo federal com o diálogo local:
“Precisamos percorrer o Brasil para entender o Brasil. Estamos aqui para ouvi-los”, declarou.
A metodologia do PNL 2050 inclui análises técnicas como matrizes origem-destino, mapas de saturação e indicadores de acessibilidade, integração regional e sustentabilidade, com o objetivo de traçar metas e estratégias para o futuro da infraestrutura de transportes no Brasil.