A Ultracargo, provedora de soluções logística integradas, finalizou a construção de um desvio ferroviário que conecta o terminal Opla, uma joint venture entre Ultracargo e BP em Paulínia (SP), ao terminal da companhia em Rondonópolis (MT). O projeto, que recebeu um investimento de aproximadamente R$ 200 milhões desde 2023, tornará possível escoar o etanol de milho produzido no Centro-Oeste e enviar derivados de petróleo para abastecer o maquinário do agronegócio da região, criando um corredor logístico mais eficiente e sustentável do Sudeste ao Centro-Oeste.
O desvio tem 4,4 km de linhas férreas, 14 posições de carga e 28 de descarga, e está conectado à malha ferroviária da Rumo. O transporte será realizado por composições de até 80 vagões, com trens carregados tanto na ida quanto na volta. A operação terá capacidade de tancagem estática de 180 mil m³, e poderá movimentar até 6 milhões de metros cúbicos de produtos por ano, sendo 3 milhões de m³ de etanol e 3 milhões de m³ de derivados. De acordo com a empresa, o Opla já é considerado o maior terminal independente de etanol do Brasil.
"Ao facilitar o escoamento da produção de etanol de milho e garantir o fornecimento de combustíveis para o Centro-Oeste, reforçamos nosso papel como provedores de soluções logísticas que impulsionam o desenvolvimento do agronegócio. Nosso compromisso é oferecer serviços cada vez mais integrados, com foco em eficiência, segurança e sustentabilidade", afirma o diretor executivo de Desenvolvimento de Negócios da companhia, Fernando Dihel.
O Brasil já é o segundo maior produtor mundial de etanol de milho, segundo o IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária). Na safra 2024/25, a produção nacional cresceu cerca de 30%, saltando de 6,3 para 8,2 milhões de m³. Somente o estado do Mato Grosso alcançou 6,70 bilhões de litros de etanol, sendo 5,62 bilhões provenientes do milho — crescimento de 17% em relação à safra anterior e acima da média nacional de crescimento (3,65%).
"Para sustentar esse crescimento, é fundamental investir em infraestrutura logística e de armazenagem, especialmente entre o Centro-Oeste e o Sudeste, onde a ferrovia se consolida como o modal mais eficiente e ambientalmente responsável. Além de reduzir a circulação de caminhões em longas distâncias e a poluição sonora, a substituição de carretas por trens em trajetos estratégicos permite uma redução de até 35% das emissões - o que equivale a cerca de 51 mil toneladas de CO₂ a menos por ano", destaca Fulvius Tomelin, presidente da Ultracargo.
Além do desvio em Paulínia, estão previstas para 2025 a entrega de um novo trecho de linhas férreas e a expansão da capacidade de armazenagem em Rondonópolis (MT); a expansão em Santos (SP); e a inauguração do terminal de Palmeirante (TO), que fortalecerá a logística de combustíveis no Arco Norte. "Nosso foco é integrar modais, otimizar rotas e destravar o potencial competitivo do Brasil. Corredores logísticos como o que liga São Paulo ao Mato Grosso e o que conecta Maranhão e Tocantins ajudam a reduzir gargalos, custos logísticos e impactos ambientais, beneficiando consumidores e indústrias em todo o país", finaliza o CEO da companhia.