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Cabotagem pode ser até 90% mais limpa que o transporte rodoviário, afirma estudo da Norcoast

No ano passado, a cabotagem evitou a emissão de 12 mil toneladas de CO₂, o equivalente à retirada de 2.600 veículos das ruas durante um ano
Por Redação em 5 de novembro de 2025 às 8h00
Cabotagem pode ser até 90% mais limpa que o transporte rodoviário, afirma estudo da Norcoast
Foto: Divulgação / TCP
Foto: Divulgação / TCP

cabotagem pode reduzir em até 90% as emissões de gases de efeito estufa em comparação ao transporte rodoviário, segundo estudo da Norcoast. A empresa brasileira de navegação costeira analisou as operações de papel e celulose da Klabin a partir do TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá. Do terminal, as cargas seguiram pela costa com a Norcoast, apresentando reduções expressivas nas emissões de poluentes.

A análise considerou dois períodos de embarque: de fevereiro a dezembro de 2024 e de janeiro a agosto de 2025. Os resultados mostram que, somente no ano passado, a cabotagem evitou a emissão de 12 mil toneladas de CO₂ — o equivalente ao plantio de 86 mil árvores ou à retirada de 2.600 veículos das ruas durante um ano. No acumulado de 2025 até agosto, já foram 7,7 mil toneladas de CO₂ evitadas. 

De acordo com Stephano Galvão, Diretor de Operações da Norcoast, o estudo reforça o propósito da companhia, criada para ampliar a oferta de transporte marítimo em contêineres ao longo da costa brasileira e da bacia amazônica. "Acreditamos que a navegação costeira vai além de uma decisão logística, se trata de uma escolha consciente por uma alternativa mais eficiente, que conecta, integra e transforma. Para além de otimizar a logística, buscamos diariamente repensar a integração dos diferentes meios, criando entregas mais eficientes para o cliente e um futuro mais limpo", completa. 

Atualmente, a empresa opera com quatro navios de até 3.500 TEUs de capacidade cada. Todos passam pelo Terminal de Contêineres de Paranaguá desde fevereiro de 2024.

Para Carolina Merkle Brown, gerente comercial de armadores e de inteligência de mercado da TCP, "a cabotagem é uma solução logística sustentável, confiável e com custos competitivos. Desde o retorno destes serviços na TCP, em fevereiro de 2024, observamos que mais clientes estão buscando esse serviço e aumentando os volumes movimentados, o que demonstra a eficiência desse modal e uma maior integração à cadeia logística de importadores e exportadores que operam pelo Terminal". 

 

Cabotagem reforça papel estratégico de Paranaguá 

A navegação costeira vem ganhando espaço na matriz logística brasileira e vem ocupando posição estratégica no TCP. No primeiro semestre de 2025, o Terminal registrou uma movimentação de 44.714 TEUs nos serviços de cabotagem, alta de 71% em comparação ao mesmo período do ano anterior. 

O TCP conta com o maior pátio para armazenagem de contêineres refrigerados (reefer) da América do Sul, com 5.268 tomadas, que atrai especialmente clientes do agronegócio, como produtores de carnes de frango do Paraná – maior produtor do país. Além disso, o parque de máquinas do TCP é o maior do Brasil, com 40 guindastes pórticos sobre pneus (RTG) e 69 Terminal Tractors (TT). A partir do terminal, as cargas podem seguir para outras regiões do Brasil pela cabotagem, agregando competitividade e reforçando a sustentabilidade da cadeia logística. 

"Nossa estrutura permite que o Terminal atenda diferentes setores produtivos, de cargas refrigeradas até papel e celulose, como no caso da Klabin. Ao fortalecer a cabotagem, oferecemos um modal que alia sustentabilidade a vantagens como redução de custos em longas distâncias, maior previsibilidade das entregas, alívio do tráfego rodoviário e diminuição do risco de acidentes", afirma Carolina. 

 

Klabin e a cabotagem

A Klabin ocupa a 4ª colocação no Brasil em movimentação de contêineres secos via cabotagem, com mais de 20 mil TEUs movimentados em 2024. Apenas no Porto de Paranaguá, foram movimentados mais de 3.500 TEUs por meio deste modal logístico.

"Adotamos a cabotagem como parte da nossa estratégia logística por unir duas características que são essenciais para a Klabin: eficiência operacional e sustentabilidade. Utilizamos este modal logístico para abastecer nossas unidades industriais no Norte e Nordeste, bem como no atendimento a clientes dessas regiões, com a matéria-prima produzida no Sul do Brasil. Nossa expectativa é que a estrutura de transporte de cargas por cabotagem em nossa matriz de transporte aumente nos próximos anos, acompanhando a expansão da demanda", afirma Roberto Bisogni, Diretor de Planejamento Operacional e Logística na Klabin.

 

Operação multimodal

Além da cabotagem, o modal ferroviário também é um aliado na cadeia logística da Klabin no Terminal de Contêineres de Paranaguá. O terminal é o único da Região Sul a possuir conexão direta entre zona alfandegada e ferrovia. 

Desde setembro de 2021, os 380km entre a Unidade Ortigueira da Klabin – que possui capacidade produtiva de 2,5 milhões de toneladas de papel e celulose por ano – e o Terminal de Contêineres de Paranaguá passaram a ser percorridos por trem pelo KBT. A iniciativa é um dos maiores projetos logísticos intermodal do Brasil, criado a partir de uma colaboração estratégica entre Klabin, Brado Logística e TCP. O novo terminal de contêineres, operado pelo TCP e localizado ao lado da fábrica da Klabin, está conectado à ferrovia operada pela Brado Logística, garantindo integração direta com o porto e mais eficiência ao transporte de papel e celulose. 

O corredor intermodal reduziu a dependência exclusiva do transporte rodoviário. Com isso, a ferrovia passou a ter um papel central na logística da produtora de papel e celulose, contribuindo significativamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa ao longo da cadeia.

 

 

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