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Aliança renova frota de cabotagem

Companhia investiu R$ 250 milhões e adquire duas embarcações com capacidade para 4.800 contêineres
Por Redação em 29 de setembro de 2014 às 10h53 (atualizado às 13h29)

A Aliança Navegação e Logística finalizou, neste mês de setembro, a renovação completa de sua frota de navios que operam na cabotagem. A empresa investiu R$ 250 milhões na aquisição de dois porta-contêineres com capacidade, cada um, para 4.800 contêineres. As embarcações, batizadas de Bartolomeu Dias e Vicente Pinzón, já entraram em operação no serviço.

Cada navio conta com 650 tomadas, comprimento total de 255 metros e, entre as perpendiculares, de 242 m. Além disso, têm 37,30 m de largura, calado máximo de 12,50 m e opera a uma velocidade de 21,5 kn. Os navios se uniram aos outros nove da empresa que fazem o serviço, reforçando o atendimento em 14 portos, de Buenos Aires até Manaus, com um total de 124 escalas mensais.

Aliança renova frota de cabotagem

O diretor-superintendente da Aliança Navegação e Logística, Julian Thomas, afirma que a companhia acredita no Brasil e investe constantemente para dar suporte ao crescimento das cadeias logísticas nacionais com um modal mais sustentável e econômico. “As mudanças no serviço de cabotagem refletem um aumento de 35% na capacidade de transporte nas três rotas de cabotagem da empresa”, afirma.

Ainda de acordo com o executivo, com esse investimento a empresa demonstra o seu compromisso com a navegação brasileira e com o atendimento à demanda dos clientes. “Temos a perspectiva de encerrar 2014 com um aumento de 20% na movimentação de cabotagem”, divulga.

Meio ambiente

A sustentabilidade também faz parte da estratégia da companhia e é ratificada nos novos ativos. O Bartolomeu Dias e o Vicente consomem 60% menos combustível por contêiner carregado em comparação com outros navios, o que tem um impacto positivo no meio ambiente, bem como no custo operacional.

Thomas ressalta, ainda, que o custo logístico utilizando a cabotagem é, em média, de 10% a 15% menor do que o do transporte rodoviário e possui um índice muito baixo de sinistralidade e avaria da carga.

Para exemplificar o componente ambiental, a movimentação da Aliança na cabotagem de 1999 até 2013 foi próxima a 2 milhões de contêineres, o que equivale a 1,2 milhão de caminhões a menos nas estradas. Enquanto um caminhão é responsável pela emissão de 50 gramas de CO2 por tonelada por quilômetros, o navio libera na atmosfera 15 gramas por t/km. Esta diferença equivale à redução de 1,5 milhão de t de CO2 na atmosfera desde 2009.

De acordo com o executivo, em 2015 a companhia irá disponibilizar relatórios que informarão aos clientes sobre a emissão de CO2, auxiliando em seus programas de redução da liberação de gases de efeito estufa na atmosfera. Isso será feito por meio do projeto GLEM (GL-Emission Manager), que já está em fase de testes nos navios da cabotagem.

Indústria

A Aliança revela, também, que continua com o objetivo de construir navios porta-contêineres no Brasil em seu planejamento de capacidade de médio prazo. Porém, como resultado da alta utilização dos estaleiros nacionais pela indústria de petróleo e gás, foi necessário atender a demanda imediata do mercado com a importação.

Segundo Thomas, a companhia queria até o último momento construir no Brasil. “E esse é o único ponto negativo em todo o processo, já que não foi possível concretizar, devido à falta de capacidade dos estaleiros para atenderem à demanda em tempo. Porém, já estamos em fase de planejamento para a continuidade da renovação da frota com a construção de mais quatro navios no mercado nacional até 2018”, ressalta.

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