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Implantação de pedágios na BR-364 pode elevar em 56% o custo do transporte de cargas para o Acre

Acréscimo de R$ 1,6 mil por viagem afeta fretes entre o estado e o Sudeste; cobrança será feita por quilômetro rodado
Por Redação em 28 de julho de 2025 às 7h27
Implantação de pedágios na BR-364 pode elevar em 56% o custo do transporte de cargas para o Acre
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O custo do transporte rodoviário entre o Acre e o Sudeste deve registrar aumento com a concessão do trecho da BR-364, entre Porto Velho e Vilhena, em Rondônia. A implantação de pedágios no segmento da rodovia, administrado pelo consórcio 4UM/Opportunity-BR-364/RO, pode gerar reajuste de até 56,73% nos custos de deslocamento de cargas, segundo estimativa do Sindicato das Empresas de Logística e Transportes de Cargas e Transportadores Autônomos de Cargas do Estado do Acre (Setacre).

Atualmente, o valor médio do frete de caminhões entre o Acre e São Paulo varia entre R$ 2.640 e R$ 3 mil. Com a nova estrutura tarifária, os custos podem subir em até R$ 1,6 mil por viagem, conforme projeção publicada pelo jornal A Tribuna do Acre.

A alta decorre da instalação de sete praças de pedágio ao longo da rodovia. O sistema adotado será o free flow, em que a cobrança é feita por quilômetro rodado. A tarifa básica será de R$ 0,19/km, com variação conforme o número de eixos dos veículos.

O contrato de concessão abrange 686,7 quilômetros da BR-364, entre o entroncamento com a BR-435 e a BR-319, incluindo acessos aos municípios de Ji-Paraná e Porto Velho. A tarifa inicial teve desconto de 0,05% no processo licitatório.

Ainda não há tabelas oficiais atualizadas para o frete por tonelada transportada, mas representantes do setor consideram o repasse inevitável. A presidente do Setacre, Nazaré Cunha, acompanha o tema com preocupação devido ao impacto esperado sobre a atividade transportadora e os custos logísticos da região.

A concessão, com validade de 30 anos, prevê intervenções estruturais na rodovia, entre elas a duplicação de 107 quilômetros, implantação de 190 quilômetros de faixas adicionais, construção de três Postos de Pesagem Dinâmica (PPD), 14 bases de serviços operacionais, 24 passagens de fauna e 24 passarelas para pedestres. Segundo estimativas da concessionária, as obras e operações associadas devem gerar mais de 92 mil empregos diretos e indiretos ao longo do contrato.

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