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Ramal Ferroviário entre MG e RJ deverá retirar mais de 5 mil carretas por dia da Rodovia Fernão Dias

Investimento de R$ 1,5 bilhão visa conectar região metropolitana de Belo Horizonte à malha da MRS Logística S.A. e reduzir dependência do modal rodoviário
Por Redação em 1 de agosto de 2025 às 7h58
Ramal Ferroviário entre MG e RJ deverá retirar mais de 5 mil carretas por dia da Rodovia Fernão Dias
Foto: Reprodução/Freepik
Foto: Reprodução/Freepik

A Cedro Participações, holding brasileira com atuação nos setores de mineração, agronegócio e logística, anunciou a construção do Ramal Ferroviário Serra Azul, uma shortline de 26,5 quilômetros que ligará a Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG) à rede da MRS Logística S.A., no estado do Rio de Janeiro.

O projeto tem investimento estimado em R$ 1,5 bilhão, com início das obras previsto para 2027 e operação planejada para 2030. O principal objetivo da iniciativa é ampliar a capacidade de escoamento mineral da região e reduzir a sobrecarga da Rodovia Fernão Dias, que liga São Paulo a Belo Horizonte e é uma das principais vias de transporte de cargas do país.

De acordo com projeções da Cedro Participações, o novo ramal poderá retirar mais de 5 mil carretas por dia da rodovia. A estimativa considera o volume de cargas que será transferido do transporte rodoviário para o ferroviário, principalmente no setor de mineração.

Dados da concessionária Arteris indicam que a Fernão Dias recebe aproximadamente 250 mil veículos por dia. Entre 2022 e 2025, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou mais de 7 mil acidentes no trecho, sendo 440 com vítimas fatais. A expectativa é que a redução do fluxo de veículos pesados contribua para a diminuição desses índices e melhore a fluidez do trânsito.

Além do impacto na segurança viária, a implantação do Ramal Ferroviário Serra Azul tem implicações ambientais. O modal ferroviário é reconhecido por apresentar menor emissão de gases de efeito estufa em comparação ao rodoviário. Segundo estimativas do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases (SEEG), as emissões podem ser até 88% menores por tonelada transportada.

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) aponta que cerca de 65% das cargas no Brasil são transportadas por rodovias, o que evidencia a concentração modal e a necessidade de diversificação da matriz logística. Nesse contexto, o novo ramal se insere como uma alternativa de escoamento mais eficiente para o minério de ferro, principal produto transportado na região.

A integração à malha da MRS Logística S.A. permitirá uma conexão direta com os portos do Sudeste, encurtando trajetos e reduzindo os custos logísticos. Isso pode aumentar a competitividade do minério brasileiro no mercado externo, principalmente em função da maior previsibilidade dos embarques e da menor exposição a riscos operacionais frequentes no transporte rodoviário.

Em nota, o presidente do Conselho da Cedro Participações, Lucas Kallas, afirmou que o projeto representa uma mudança na dinâmica da cadeia logística entre Minas Gerais e o litoral fluminense. Para Kallas, a iniciativa pode reconfigurar o uso da infraestrutura de transporte e atender à crescente demanda por soluções logísticas de maior escala e menor impacto ambiental.

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