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Demanda por logística e roteirização no Brasil aumentou durante pandemia

Por Antonio Wrobleski em 21 de julho de 2021 às 15h33 (atualizado às 15h34)
Antonio Wrobleski

Especialistas apontam que a transformação digital nas empresas, considerada uma antecipação do processo de digitalização, avançou a passos largos durante a pandemia. Segundo relatório de abril de 2020 do Waze, aplicativo de solução em mobilidade, houve diminuição de 69% no número de quilômetros rodados no app por usuário no Brasil. Em paralelo, também segundo o mesmo relatório, ocorreu um aumento significativo na demanda por logística, resultado da expansão dos e-commerces e das compras on-line no período.

Não há como pensar em um futuro cada vez mais avançado sem esse tipo de tecnologia. A logística também precisou se reinventar e investir em softwares que atendessem o crescimento constante dos e-commerces no período. O Big Data, sistema de armazenamento de quantidades massivas de dados processados em alta velocidade, já é uma dessas realidades na área.

Mais do que vender, portanto, agora o desafio do comércio eletrônico é entregar nas condições combinadas com custos viáveis. E as melhores empresas também já perceberam que a logística será um diferencial competitivo para alavancar ainda mais o negócio. O que acontece hoje, de verdade, é que faltam ferramentas que ajudem na responsabilidade com a entrega, essencial para o cálculo do giro mensal nos estoques. Melhora Roic, Ebitda e, principalmente, lucro líquido da operação.

Acreditamos muito nessa solução, pois o empresário saberá onde está o seu equipamento, onde está a sua entrega e vai melhorar a empatia e a relação entre produtor e consumidor. Mais do que vender, agora o desafio do comércio eletrônico é entregar nas condições combinadas com custos viáveis. E as melhores empresas também já perceberam que a logística será um diferencial competitivo para alavancar ainda mais o negócio.

Distribuir na cidade sempre foi complexo e caro. Com o aumento de volume observado desde março — que é uma tendência —, as dificuldades aumentaram e ainda tornaram a questão urgente. A solução demanda mais inteligência do que tamanho, com a incorporação de tecnologia e estratégias de centros de distribuição menores e mais próximos dos clientes.

O objetivo inicial é multiplicar a utilização da capacidade instalada. Maximizar a ocupação dos veículos, eliminar turnovers e diminuir o tempo de cada procedimento. Fazer mais com menos, enfim, e operar com 100% do potencial antes de pensar em aumentar a estrutura.

Atualmente, uma combinação de muitos algoritmos preparados para trabalhar de forma coordenada ou isolada, dependendo da situação, com um sistema autônomo baseado em machine learning pode criar a plataforma capaz de gerar essa inteligência. Essa mistura de micro service e aprendizado contínuo vai funcionar como um centro de controle automatizado e autônomo que acompanha todos os indicadores estratégicos, identifica exceções e os impactos na operação e toma decisões para manter o nível de eficiência programado.

Agregar inteligência ao processo é o mais inteligente no momento. É um investimento relativamente baixo e que oferece resultados significativos em pouco tempo. E que cria a base tecnológica para uma operação em que independentemente do tamanho da frota, todos os equipamentos entregam 100% do potencial. Este deve ser o principal objetivo agora. É importante lembrar que a pandemia apenas adiantou a transformação digital pela qual já estávamos passando. O futuro é do comércio eletrônico e das empresas que estiverem preparadas para ele.

As informações adquiridas em toda cadeia logística, desde a realização do pedido por parte do consumidor até a entrega em si, são armazenadas de forma otimizada pelos sistemas de automação. Esses registros passam a ser considerados elementos estratégicos, a fim de trazer respostas relevantes e contribuir com a tomada de decisão da empresa.

Porém, é preciso que as transportadoras logísticas entendam a importância desse tipo de tecnologia, enxergando os benefícios em toda a operação com base no melhor processamento e controle dos dados obtidos. Resumindo, cada vez mais a Inteligência Artificial e a Internet das Coisas farão parte das estratégias dos negócios, então quanto antes iniciar esse processo, melhor.

Esses softwares de gestão promovem a tradução dos dados recebidos, transformando-os em redução de custos operacionais, otimização de colaboradores e recursos, assertividade, diminuição de prazo de entrega etc. Com o acúmulo das informações em decorrência do machine learning, existe a possibilidade de colocar esses dados à disposição do mercado, ampliando as estratégias e o próprio negócio.

A grande frota brasileira, a grande maioria, tem mais de 18 anos. A maior mudança é que antigamente se embarcava a tecnologia no caminhão, agora entra com a tecnologia dentro do caminhão, que é um app próprio, um celular. Essa é uma grande mudança que vai estar literalmente se afirmando e reafirmando cada vez mais. Isso é tecnologia de caminhão. E também o acesso ao dinheiro é um fator chave de sucesso para que as startups brasileiras continuem crescendo.

Vale ressaltar a necessidade de se adequar às diretrizes da nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), mas ao mesmo tempo aproveitar as vantagens de investir em Big Data, que traz indicadores fundamentais sobre o desempenho em logística. Afinal, processar de forma eficiente esses dados faz com que o comportamento do consumidor e novas tendências de mercado sejam identificados mais rapidamente, trazendo um diferencial competitivo.

Demanda por logística e roteirização no Brasil aumentou durante pandemia
Antonio Wrobleski, presidente do Conselho de Administração da Pathfind
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