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Porto de Santos autorizado a receber embarcações de 366 metros

Ao todo, foram investidos R$ 360 milhões e o objetivo é tornar o terminal concentrador de cargas na América do Sul
Por Redação em 2 de março de 2021 às 10h21

O Porto de Santos obteve na última nesta terça-feira, 23 de fevereiro, a homologação da Marinha do Brasil para receber navios de 366 metros, as maiores embarcações previstas para a Costa Leste da América do Sul. A entrega do termo ocorreu na sede da Santos Port Authority (SPA). O ministério da Infraestrutura (Minfra) investiu na dragagem do canal, possibilitando aumentar o calado, condição necessária para a chegada dos navios de maior porte.

O secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários do Minfra, Diogo Piloni, calcula que fortam investidos R$ 360 milhões por parte do Governo Federal, que, segundo ele, trarão ao Porto de Santos uma nova perspectiva. “Com a atração de navios de 366 m, e com as boas perspectivas trazidas pelo BR do Mar, se permite que Santos se torne de fato um porto concentrador, com grandes perspectivas de redução de custos para a carga”, diz.

A autorização para receber navios de 366 m amplia a vocação de Santos como hub port da América do Sul. Com quase 30% da corrente de comércio nacional, o complexo portuário santista já se prepara para maiores movimentações de contêineres, com as ampliações previstas dos terminais já existentes e o planejamento da destinação de outras duas áreas, no Saboó, margem direita, uma para terminal portuário e outra para retroportuário.

Análises e projeções

Hoje, Santos recebe embarcações de até 340 metros de extensão, com capacidade para cerca de 9 mil TEU. Com a homologação pela Marinha de novo tamanho máximo para navios, será possível aumentar a capacidade para 14 mil TEUs, considerando um navio porta contêiner com 366 m de comprimento e 52 m de boca (classe New Panamax). A SPA, em processo que envolveu também a Praticagem de São Paulo e a Universidade de São Paulo (USP), estudou e realizou simulações manobrabilidade, interação hidrodinâmica e planos de amarração, comprovando a viabilidade de tráfego dessas embarcações no canal de navegação.

Os pesquisadores utilizaram simulações matemáticas em que foram levados em conta o cenário atual do canal, com profundidade de 15 m, e um cenário futuro, com profundidade de 17 m, viável para navios de até 15 mil TEUs. A Brasil Terminal Portuário (BTP), a DP World e a Santos Brasil fizeram, cada uma, um estudo sobre a manobrabilidade e viabilidade de chegada de embarcações desse tamanho em seus terminais e os entregaram à SPA, que consolidou os trabalhos, submetendo à análise da Capitania dos Portos de São Paulo e à Diretoria de Portos e Costas (DPC) da Marinha do Brasil.

O acompanhamento que a SPA faz do mercado aponta que a movimentação de contêineres vem aumentando de forma constante ao longo dos anos. Houve um recuo pontual na primeira metade do ano passado, com recuperação a partir de julho que chegou ao recorde mensal em dezembro. O ano de 2021 já começa com recorde estabelecido em janeiro e a perspectiva é de que o crescimento seja ainda maior, com a autorização da chegada de navios 366 m.

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