Pesquisa sobre e-procurement aponta uso reduzido da solução no Brasil
E-mail e fax são os principais canais de comunicação com os fornecedores
A Associação Brasileira de e-business, e-business Brasil, divulgou a segunda edição da pesquisa sobre o cenário do e-procurement no Brasil, respondida por 48 participantes. Os resultados apontam o e-mail (38,1%) e o fax (22,9%) como os principais canais de comunicação utilizados por estas empresas para realizar pedidos com os seus fornecedores, totalizando 61% das solicitações.
A maior parte das empresas está ingressando em projetos de e-procurement, o que explica o reduzido uso da ferramenta: grande parcela delas não faz mais do que 10% do total dos pedidos pelo meio on-line. Contudo, os números da pesquisa sugerem que, a partir do momento em que os resultados são comprovados, há uma migração direta para um percentual acima dos 50% dos pedidos da companhia. As compras de itens e serviços indiretos representam a maior parte das transações eletrônicas, com 58% da fatia, enquanto os 42% restantes são para as compras de materiais produtivos.
Foi apontado, ainda, que 16% das empresas fora do segmento de e-procurement pretendem iniciar projetos para utilizar esta solução no próximo ano. Entre aquelas que já o utilizam, 18,2% das participantes da pesquisa pretendem aumentar em 2006 o número de compras on-line em mais de 51% em relação ao total de pedidos deste ano.
Os questionários da pesquisa foram distribuídos durante seminário“Práticas de e-procurement”, realizado em agosto passado e destinado a profissionais do segmento de compras; os segmentos de atuação daqueles que responderam à pesquisa ficaram divididos em 68% da indústria, 28% de serviços e 4% do comércio.
O crescimento do uso dos pedidos eletrônicos em 2005 em relação ao ano passado foi de 14,9%, e a projeção é de um aumento de 22,9% em 2006 em relação a este ano. A associação prevê que metade das transações de compras será feita por este meio em 2009. “É interessante ressaltar que o e-procurement permite uma integração entre todos os segmentos da empresa, ao contrário do e-mail e do fax. Estes dois precisam ainda ser redigitados, o que envolve todo um trabalho operacional”, completa Richard Lowenthal, presidente-executivo da associação.
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