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Simpósio apresenta cenário para RFID

Por Redação em 18 de agosto de 2006 às 12h35 (atualizado em 28/04/2011 às 9h58)

Especialistas discutiram os desafios para implantação da nova tecnologia

O I Simpósio RFID, realizado nos dias 16 e 17 de agosto em São Paulo, foi uma oportunidade para os executivos brasileiros interagirem com especialistas nacionais e internacionais na área de identificação por radiofreqüência. O evento trouxe aos participantes informações de como a tecnologia pode ser aplicada em seus negócios de forma produtiva, com apresentações e uma visita ao RFID Center of Excellence da HP, patrocinadora do seminário, localizada no município de Sorocaba (SP).

Claus Gerbisch, head consumer products da DHL Solutions, enfatizou em sua apresentação que a identificação por radiofreqüência não pode hoje ser aplicada em todos os processos logísticos, pois ainda não está plenamente desenvolvida: “Há grandes questões para resolver ainda, como harmonização dos padrões, taxas de leitura e questões técnicas com líquidos e metais”. Segundo ele, as principais questões para a implementação da nova tecnologia no supply chain para o operador logístico são os altos investimentos na infra-estrutura de RFID (etiquetas, leitores, middleware e operações), a definição de ferramentas de TI apropriadas para os sistemas de controle e o fato da captura de dados estar limitada a quantidades limitadas.

Para este segmento, acrescenta Gerbisch, as vantagens são uma maior eficiência no gerenciamento dos armazéns, facilitando a fluxo dos itens e os inventários, a otimização do picking e a total visibilidade caso a caso. O executivo comentou ainda durante o evento os três projetos-piloto de RFID realizados pela DHL: o primeiro está em andamento na divisão Express em três continentes (Europa, Américas e Ásia) e cobre a etiquetagem de encomendas expressas e o carregamento e leitura em contêineres no transporte aéreo, entre outros.

Realizado na França, o segundo projeto está voltado para a logística da moda e apontou um quadro positivo: o processo de controle de peças do vestuário em cabides foi quatro vezes mais rápido em comparação com o uso da tecnologia de códigos de barras e um inventário de 20 mil peças foi processado em 30 segundos. Por outro lado, o terceiro projeto, realizado na chamada Loja do Futuro do grupo alemão Metro, indicou a necessidade de um aperfeiçoamento técnico nas taxas atuais de leitura e também que a etiquetagem dos paletes mostra praticamente nenhum potencial de melhoria na comparação com o código de barras, quando são considerados os lados do fabricante e do operador logístico.

O conflito de interesses na mudança do código de barras para a tecnologia do transpoder também foi citado por Gerbisch. Enquanto a indústria quer oferecer a nova tecnologia a todos os mercados disponibilizando-a somente em um grupo selecionado de mercadorias, o varejo prefere trabalhar com a gama integral de itens em alguns mercados.

Para Richard Swan, CTO e co-fundador da T3Ci, a utilização da tecnologia de RFID de maneira produtiva vai além de etiquetas e leitores: “A obtenção de benefícios no supply chain será atingida com uma linguagem comum para descrever a cadeia de suprimentos e as etapas pelas quais o produto passa”. Dentro da cadeia, completa ele, cada participante precisa gerar esta linguagem descritiva baseada em leituras de RFID. O executivo enfatizou que a tecnologia de RFID não é somente saber onde estão os produtos, mas para obter os benefícios totais é necessário ter o contexto integral do negócio, com dados como quais foram as etapas em sua negociação, quando ocorreram e quais os documentos relacionados a determinado produto.

“Estamos em uma fase precoce do RFID. Colocar etiquetas e leitores em uma loja não é suficiente”, acrescentou Swan. Para ele, a nova tecnologia não terá valor de negócio a não ser que a informação fornecida por ela seja utilizada para realizar mudanças na operação da supply chain. E, como o RFID fornece dados anteriormente não disponíveis, completa ele, as empresas devem estar preparadas para responder a estes insights. Esta questão também esteve presente na palestra de Sanjay Sarma, CTO da OAT Systems, empresa especializada no desenvolvimento de middleware RFID. Perguntado se não haveria um excesso de dados com o uso da nova tecnologia, Sarma afirmou: “O mais importante é gerenciar os novos dados de forma correta e jogá-los fora posteriormente para o plano acontecer de forma planejada, sem a sobrecarga de informações”.

Para mostrar os prós e contras do uso da nova tecnologia, Swan exemplificou com uma frase na qual foi modificada somente uma palavra: “A principal vantagem/desvantagem do RFID sobre o código de barras é que as etiquetas podem ser lidas sem estarem na linha do visor”, explicando que atualmente existe a possibilidade da leitura de itens que não interessariam em um determinado momento, dada a potência da captura de dados à distância. Outro erro possível, segundo ele, é a dupla leitura de uma mesma caixa caso o leitor de RFID esteja localizado em uma porta utilizada para a entrada e saída das mercadorias. “O RFID está em uma etapa inicial de um longo desenvolvimento”, completou ele. Para quem estiver interessado em ter mais informações do simpósio, a HP está disponibilizando o download das apresentações no site www.simposiorfid.com.br.


 

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