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ALL divulga balanço do terceiro trimestre

Por Redação em 16 de novembro de 2006 às 15h06 (atualizado em 06/05/2011 às 17h33)

Geração de caixa aumenta 25,5% e soma R$ 457,2 milhões no ano

A América Latina Logística – ALL obteve EBITDAR (geração de caixa antes das despesas financeiras) de R$ 457,2 milhões nos primeiros nove meses de 2006, um crescimento de 25,5% em comparação ao mesmo período do ano passado. No terceiro trimestre, a empresa obteve EBITDAR de R$ 182,9 milhões, 25,7% superior em relação a 2005, e uma receita bruta de R$ 421 milhões, um crescimento de 21% em relação ao ano passado.

O volume ferroviário consolidado cresceu 10% nos nove primeiros meses do ano, em comparação ao mesmo período de 2005, com um aumento na movimentação de 12,7% de commodities agrícolas, de 7,7% em produtos industriais e de 6,4% no volume transportado pela ALL Argentina. A receita bruta consolidada neste período (ALL Brasil e ALL Argentina) foi de R$ 1,1 bilhão, correspondendo a um crescimento de 15,9% em relação aos primeiros nove meses de 2005. O lucro líquido registrado foi de R$ 128,5 milhões, um aumento de 37,4% em relação ao ano passado.

“No segmento de commodities agrícolas, o volume subiu 16,8%, favorecido pelo aumento de 198% nas exportações pelo Porto do Rio Grande (RS), pelo crescimento da taxa de retorno de 31% no terceiro trimestre de 2005 para 45% no terceiro trimestre deste ano, e pelo aumento da produtividade do material rodante, em virtude de uma operação mais distribuída entre as partes norte e sul de nossa malha ferroviária”, explica Bernardo Hees, diretor-presidente da ALL.

“Registrou-se ainda um crescimento de 28% na movimentação para os portos de Paranaguá (PR), Rio Grande e São Francisco do Su (SC), mas nosso market share caiu de 72% para 65%, mesmo com a forte retomada do mercado”, afirma Eduardo Pelleissone, diretor de Commodities Agrícolas da ALL.

No terceiro trimestre, a ALL Argentina registrou um crescimento de 15,7% na receita bruta em comparação a 2005, passando para 61,6 milhões de pesos (R$ 43 milhões) este ano. O aumento no volume transportado foi de 7,1% e o resultado foi puxado por um crescimento de 34% no volume de commodities agrícolas, devido principalmente a ganhos de market share em soja e derivados, fertilizantes e arroz, e um melhor desempenho operacional, pois foram alocados vagões para áreas com margens mais elevadas.

“Este ano está sendo bastante bom para a ALL, após a queda da safra no Rio Grande do Sul no ano passado e a redução nas exportações pelo Porto do Rio Grande. Em 2005, houve pela primeira vez capacidade ociosa no estado e desviamos os ativos para o Paraná e Santa Catarina, aumentando o nosso market share nestas regiões”, explica Rodrigo Campos, gerente de Relações com Investidores da ALL. “Com o aumento da safra no estado este ano, voltamos a ter uma operação de forma mais distribuída nos três estados do Sul, ganhando uma maior produtividade. Desta forma, este ano foi bastante em linha com a nossa história, tanto no setor agrícola quanto no industrial”.

Negócios industriais e rodoviários

Na unidade de negócios industriais, os destaques foram o segmento de construção, com aumento de 15,6% em volume no terceiro trimestre em comparação com o ano anterior, e os fluxos intermodais, principalmente alimentos, com crescimento de 30,3%, cargas conteinerizadas (23,4%), produtos siderúrgicos (17,5%) e florestais (15,2%). Segundo a empresa, os volumes de fluxos intermodais continuam a crescer a taxas mais aceleradas do que os fluxos industriais ferroviários, e espera-se uma participação cada vez maior – na comparação entre os nove primeiros meses de 2005 e 2006, o aumento foi de 21,1%.

O EBITDA de serviços rodoviários cresceu 76,9%, passando de R$ 1,1 milhão no terceiro trimestre de 2005 para R$ 2 milhões no mesmo período deste ano. O aumento na geração de caixa está em linha com a estratégia iniciada pela empresa, de descontinuar operações pouco lucrativas e concentrar-se em operações dedicadas, como o segmento automotivo. “O volume de serviços rodoviários foi impactado negativamente pelo processo de transformar essa unidade estratégica em um negócio mais rentável. Em 2005, reduzimos algumas operações pouco rentáveis, à medida que estabelecemos metas mais elevadas de rentabilidade”, explica Hees. “A mudança da base de clientes resultou em um novo mix de fluxos com distância média menor e, conseqüentemente, menor volume total e maior yield médio, o que contribuiu para uma melhor rentabilidade”.

Brasil Ferrovias

Os resultados da Malha Norte (ex-Brasil Ferrovias) são apresentados à parte – este ano, a ALL decidiu realizar a avaliação das empresas separadamente. No terceiro trimestre do ano e primeiro inteiramente sob nova administração, a Malha Norte da companhia, que corresponde aos trechos privatizados de Novoeste, Ferroban e Ferronorte, obteve EBITDAR 29,6% superior, passando de R$ 74,2 no terceiro trimestre de 2005 para R$ 96,1 milhões no terceiro trimestre de 2006, “principalmente devido às reduções de custo, com volumes caindo 6,2% conforme previsto durante essa fase de ajuste”, explica Hees.

O custo total do processo de reestruturação será de quase R$ 400 milhões, dos quais R$ 240 milhões gastos com a adequação da estrutura de colaboradores e R$ 150 milhões com pagamentos de fornecedores em atraso. O CAPEX (investimento de capital) previsto para 2006 será de R$ 250 milhões, a ser aplicado em via permanente, tecnologia e locomotivas.
 
“A aquisição realizada em maio de 2006 foi um passo importante na nossa estratégia de negócio, porque permitiu à ALL acessar novos mercados, como os estados de São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, onde atualmente se concentram as fronteiras agrícolas do país”, afirma Paulo Basílio, diretor responsável pela Brasil Ferrovias. A empresa deverá estar totalmente integrada até o primeiro trimestre de 2007.

www.all-logistica.com

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