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Indústria automobilística anseia por retomada

Por Redação em 10 de fevereiro de 2009 às 14h22 (atualizado em 15/04/2011 às 17h34)

Mesmo tímida já há uma pequena reação do mercado

A Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores divulgou ontem, 9 de fevereiro, o desempenho da indústria automobilística relativo a janeiro passado e o mesmo mês deste ano.

Embora os números de todos os segmentos – automóveis, caminhões, ônibus e máquinas agrícolas – comparados ao ano passado apontem queda, é importante ressaltar que 2008 foi, de fato, um período de crescimento surpreendente em vários segmentos da economia – o que torna todos os comparativos muito divergentes. Com muita propriedade, Jackson Schneider, presidente da entidade, continua firme em sua posição de não fazer prognósticos para o setor, nem de otimismo e nem de pessimismo. “O bom senso aconselha a esperar. Para fazer previsão é preciso ter dados consistentes, ainda não houve tempo para avaliar os resultados das ações para conter a crise”, comenta.

Contudo, o executivo, que representa a entidade que reúne principais montadoras do país, confirma uma pequena reação. “Em janeiro deste ano houve um acréscimo de 1,5% no volume de licenciamentos, em relação a dezembro de 2008. Porém, se comparamos janeiro deste ano com o do ano passado a queda é de 8,1 %”, analisa Schneider. Ou seja, isso representa que o mercado está retomando a confiança, até porque “houve um retardamento entre a decisão do governo de tomar a decisão de ajudar o setor e as medidas serem postas efetivamente em prática”, explica.

O que mais se destaca na pauta da reunião da Anfavea é a queda acentuada no segmento de caminhões, isso porque, muitos setores da economia que incrementaram a compra de grandes lotes no ano passado – como mineração e construção civil, por exemplo – recuaram em seus investimentos; sem contar a redução do crédito que, em curto prazo, alijou os compradores. As longas filas que provocaram a grita geral das transportadoras, de repente, reduziram. “Acredito que as filas estavam mais relacionadas com compras programadas que inflaram a agenda de pedidos. Como houve revisões de planejamento, os próximos números serão bem diferentes”, diz, sem confirmar o que está sendo negociado com o governo para estabilizar o setor de veículos comerciais.

Os resultados

Para se ter uma ideia, a produção de caminhões da indústria automobilística em janeiro passado, foi de 7.224 unidades, contra 10.391 do mesmo mês do ano passado – um decréscimo de 30,5%. Entre todas as faixas, a queda mais acentuada foi a de semileves, com 47,6%, seguida dos pesados, com 35,4%. Porém, a produção em CKD (veículos desmontados), neste janeiro último o volume foi maior, somando 342 unidades contra as 199 de 2008 – neste item, os leves fizeram uma diferença positiva com 275 exemplares.

As exportações, tanto de veículos montados como CKD, despencaram a uma margem de 60,2% – 777 unidades, em janeiro de 2009; e 1952, em janeiro de 2008. Porém, vale ressaltar que todas as fábricas entram em férias coletivas, repercutindo nos níveis de produção. A título de curiosidade, o volume em moeda de toda a produção nacional destinada ao mercado externo – somando autoveículos e máquinas agrícolas – é muito mais discrepante: US$ 428,3 milhões em janeiro deste ano, contra US$ 1,02 bilhão em janeiro de 2008. “Não fosse a queda tão acentuada das exportações, a nossa indústria já teria demonstrado um melhor resultado em janeiro”, comenta Schneider.

As vendas das montadoras, obviamente, também foram negativas devido aos dados comparativos relacionados à conjuntura econômica. O que mais se destacou em termos de baixa performance foi o segmento de pesados e extrapesados, que caiu 25,2%, comparando janeiro de 2008 com 2009 (pior); seguido dos leves com 25%, semileves com 22,3 % e médios com 16,2 % – todos negativos.

www.anfavea.com.br

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