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Fórum debate o desenvolvimento da logística reversa

Por Redação em 13 de maio de 2009 às 16h39 (atualizado em 15/04/2011 às 15h08)

No primeiro encontro internacional do setor no país, operadores, clientes e governo trocam conhecimento sobre a área

Acontece hoje, em São Paulo, o I Fórum Internacional de Logística Reversa, organizado pelo CLRB – Conselho de Logística Reversa Brasileiro e pela Publicare Eventos. O encontro reúne operadores logísticos, clientes do varejo e até representantes do governo, para discutir as possibilidades, os desafios e o desenvolvimento do segmento no Brasil. Referência principal do debate, o evento contou com a abertura do Prof. Paulo Roberto Leite, presidente do CRLB, descrito por Ricardo Fógos, gerente Corporativo de Encomendas dos Correios como “um bandeirante”, no sentido do pioneirismo de seu trabalho em logística reversa, uma área ainda pouco explorada, principalmente no Brasil. 

Durante o fórum, várias empresas apresentam seus cases de implantação de logística reversa, geralmente impulsionada pelo advento do e-commerce, que precisa assegurar ao consumidor uma maneira de trocar a mercadoria com defeito adquirida via internet, ou simplesmente devolvê-la. Este é o caso dos Correios, que precisaram desenvolver os processos, criar soluções de coleta e garantir rastreabilidade através da tecnologia da informação para estabelecer-se como um operador de logística reversa. Conta a favor da ECT, além das medidas já mencionadas, a vastíssima capilaridade, já que a empresa está presente em 100% dos mais de cinco mil municípios brasileiros.

Segundo Fógos, atualmente cerca de 4% dos clientes que compram pela internet acabam precisando trocar ou devolver a encomenda, e não basta que eles consigam fazer isso, mas que façam da maneira mais cômoda possível. “As empresas de varejo eletrônico querem oferecer a logística reversa como instrumento de marketing, de fidelização dos clientes”, resume o executivo.

Meio-Ambiente
Além do imperativo mercadológico, existe ainda o ambiental, já que diversos produtos como pilhas, baterias de aparelhos celulares e geladeiras, têm necessidades de descarte específico, já que podem ser tóxicos ao meio-ambiente. Este é o caso da Oxil, que faz manufatura reversa de refrigeradores, e teve de superar desafios como atender ponto-a-ponto em um país de extensão continental e estabelecer estrutura capaz de operar com pouca ou muita demanda, para alcançar a marca de 30.000 geladeiras recicladas.

É o caso também do programa de substituição de refrigeradores proposto pelo Ministério de Minas e Energia, apresentado no fórum por Danilo Furtado, assessor do ministro Edison Lobão. O projeto visa não só a destinação correta dos metais e do CFC contidos em geladeiras com mais de dez anos de uso, presentes ainda hoje em cerca de 12 milhões de lares brasileiros, como ainda a economia de energia proporcionada pela substituição desses equipamentos por versões modernas que consomem menos. Assim, neste caso, a logística reversa representa também o benefício social de desonerar essas famílias, a maioria de baixa-renda, uma vez que o refrigerador é responsável por cerca de 23% do consumo de energia em uma casa.

O fórum conta ainda com a apresentação de Gailen Vick, presidente e fundador da RLA – Reverse Logistics Association – dos EUA, e de Luis Veiga Martins, diretor-geral da Sociedade Ponto Verde, de Portugal – entidade que promove a coleta seletiva, o retorno e a reciclagem de resíduos de embalagens. Maurício Pastorello, diretor-Geral da Exata Logística, elogiou o alto nível dos palestrantes e o conteúdo trazido para o debate. “Agradeço a iniciativa do CLRB e à toda equipe organizadora, porque um evento como esse é um marco e vem dar novo impulso à logística reversa no Brasil”, acredita.

Os executivos de modo geral estão muito satisfeitos com o nível de informação e com a qualidade do debate proposto pelo evento. Para Marcelo Matos, gerente de Vendas Corporativas dos Correios, que levou alguns de seus clientes e parceiros potenciais para acompanhar o evento, como a Avon, a Redecard e o WalMart, “a ocasião está sendo fundamental para a difusão dos conceitos de logística reversa no Brasil”. “Um evento para discutir a logística reversa é muito importante porque tem duas conotações principais. Uma é a questão ambiental, absolutamente urgente nos dias de hoje. A outra é a questão mercadológica, que conjuga os direitos do consumidor e o benefício social que pode ser gerado”, resume José Magalhães Rocha, diretor Executivo da Metropolitan Logística.

www.clrb.com.br

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