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X Fórum do CEL/Coppead começa com casa cheia

Por Redação em 16 de agosto de 2004 às 13h12 (atualizado em 02/05/2011 às 12h03)

Casa Cheia

Aberta hoje no Hotel Intercontinental, no Rio de Janeiro, a X edição do Fórum Nacional e Seminário Internacional de Logística promovido pelo Centro de Estudos em Logística (CEL) do Coppead/UFRJ, um dos principais do País. Com o plenário lotado, o Fórum foi aberto pelo diretor do CEL, professor Paulo Fernando Fleury, e pelo diretor de Operações da Petróleo Ipiranga, José Luiz Orlandi.

Um dos responsáveis pela abertura da Cátedra Ipiranga de Logística, que deu origem ao CEL, Orlandi falou da importância da discussão e do estudo da logística neste momento que o Brasil atravessa, em que o crescimento está sendo ameaçado pela falta de uma infra-estrutura adequada que o sustente. Orlandi destacou a urgência de se resolver os gargalos logísticos sob pena de se estrangular o crescimento do País. "Todo os indicadores apontam para uma retomada do crescimento econômico. Só que, sem uma estrutura logística que o sustente, ele corre o risco de não acontecer. Sem isso, o Brasil é uma máquina emperrada", destacou o diretor. Para ele, a hora é de parar de reclamar e agir.

Por outro lado, o diretor destacou a importância cada vez maior do Fórum neste cenário, levantando questões, ajudando a desenhar soluções e a preparar as pessoas para enfrentar os problemas. "Acho que, mais do que nunca, este é um momento muito oportuno de se estudar e discutir logística em nosso País".

O "apagão logístico", como está sendo chamado o conjunto de problemas estruturais do Brasil, promete ser mesmo um dos temas centrais das discussões. Dentro dele, destaca-se a pesquisa exclusiva desenvolvida pelo CEL, que será apresentada esta tarde pelo professor Fleury, especificamente sobre este tema, com levantamento dos principais gargalos e apresentação de números inéditos.

Além do "apagão", outro tema que promete aglutinar as atenções no Fórum é a RFID, tecnologia de identificação e coleta de dados por radiofreqüência por meio das chamadas "etiquetas inteligentes", que promete revolucionar o gerenciamento da cadeia de suprimentos.

Falando sobre o tema na palestra de abertura, Walter Zinn, professor de Marketing e Logística da Ohio State University (EUA), chamou a atenção para a iminência da aplicação das novas etiquetas, por pressão dos grandes varejistas, como Wal Mart – que deu prazo até 2005 para que seus 130 principais fornecedores passem a utilizar a etiqueta em seus produtos – e dos órgãos governamentais americanos, como a FDA (Food and Drug Administration) e do Departamento de Defesa.

Apesar das inegáveis vantagens da aplicação da tecnologia, Zinn jogou luz no que chamou de "exageros", que são normais quando surge uma grande novidade como esta. "Assim como aconteceu com a internet, tivemos a fase em que ninguém usava porque não acreditava; depois, passou-se a esperar que alguém experimentasse e, uma vez que alguns grandes já testaram e aprovaram, todos vão correr atrás. É preciso tomar cuidado para que a tecnologia não seja utilizada de maneira errada e nos produtos errados. Ela não é a panacéia para todos os males", destacou Zinn. Ele frisou que uma das principais vantagens das EPCs (Electronic Product Code, como vêm sendo chamadas as etiquetas inteligentes com chip de RFID), é permitir uma visibilidade total da cadeia e do consumo, possibilitando cada vez mais que se produza por pedido e não para estoques.

Nova profissão

Zinn destacou também, no início de sua palestra, a mudança que está para ocorrer no nome do Council of Logistics Management (CLM), órgão que congrega os profissionais de logística dos EUA, com braços locais em vários países, inclusive o Brasil. A partir de 1º de janeiro de 2005, ele passará a se chamar Council of Supply Chain Management Professionals, o que – para Zinn – leva a repensar o que significa ser um profissional de logística.

"Seguramente, é uma mudança na forma de se pensar a profissão", acredita. "Muitas pessoas acreditam que logística e SCM são a mesma supply chain management é a administração de processos ao longo da cadeia de suprimentos. E, apesar de a integração entre os vários silos (Marketing, Compras, Produção, entre outros) sempre ter existido, esta mudança de nome mostra o reconhecimento de que o grau de integração e a importância dela cresceram", acredita.

Para ele, dentro das empresas nada muda até um certo nível. Sempre se precisará de profissionais especializados em transporte e armazenagem, por exemplo. "Mas, a partir de um nível mais elevado, o profissional terá que ter uma gama de conhecimentos muito mais variada. O nível de decisões será onde se quer chegar na profissão".

O Fórum Nacional e Seminário Internacional de logística começa hoje, quarta-feira, e terá ao todo sete sessões gerais com temas variados, 18 Tutoriais – que discutem conceitos ligados à logística – e 32 cases de empresas de 20 diferentes setores da economia.

www.cel.coppead.ufrj.br

LEIA MAIS SOBRE O X FÓRUM DO CEL/COPPEAD NA EDIÇÃO DE SETEMBRO DA TECNOLOGÍSTICA

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