A Wilson Sons inaugurou uma nova unidade em Santos (SP) para reunir atividades de capacitação e gestão de sua frota de rebocadores. O espaço, instalado no Edifício Palazzo, passa a abrigar tanto o simulador de manobras quanto a Central de Operações de Rebocadores (COR), ampliando a integração entre treinamento e acompanhamento em tempo real.
O simulador, atualizado para a nova instalação, será usado para formar comandantes e tripulantes em procedimentos de segurança, além de testar operações com embarcações de grande porte — como navios de até 366 metros, já presentes em portos nacionais. A tecnologia permite recriar condições ambientais diversas e ajustar cenários às características de cada terminal, funcionando como apoio às decisões operacionais.
Na mesma estrutura funciona a COR, que desde 2011 coordena a frota de mais de 80 rebocadores distribuídos em mais de 25 portos. O monitoramento é feito por meio de antenas que recebem sinais do sistema AIS, garantindo rastreamento contínuo das embarcações e definindo o posicionamento adequado dos ativos.
A companhia também utiliza o sistema Artemis, desenvolvido em parceria com a startup Argonáutica, para complementar os dados de monitoramento com informações sobre marés, ventos e condições oceanográficas. O recurso pode ser acessado remotamente e orienta planos de operação com menor consumo de combustível e redução de emissões.
Além da infraestrutura tecnológica, a Wilson Sons mantém o programa “Manobra Segura Padrão WS”, criado em 2024. O projeto já treinou cerca de 150 comandantes em navegação eletrônica, uso de radares, GPS e análise de incidentes anteriores. Parte do processo inclui simulações de emergência que envolvem rompimento de cabos, visibilidade reduzida e mar agitado.
A companhia afirma que os indicadores de segurança refletem os investimentos em treinamento: no período de 12 meses encerrado em junho de 2025, a taxa de acidentes com afastamento foi de 0,47 por milhão de horas-homens trabalhadas, número inferior à referência internacional de 0,50.