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Hidrovia Tietê-Paraná recebe investimento de R$ 147,7 milhões para ampliação do canal de Nova Avanhandava

Intervenção prevê desmonte de rochas e aumento da capacidade de navegação em trecho paulista
Por Redação em 19 de junho de 2025 às 7h11
Hidrovia Tietê-Paraná recebe investimento de R$ 147,7 milhões para ampliação do canal de Nova Avanhandava
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O Governo do Estado de São Paulo formalizou o recebimento de R$ 147,7 milhões da Eletrobras para a execução de obras no canal de navegação de Nova Avanhandava, localizado no trecho paulista da Hidrovia Tietê-Paraná, no município de Buritama, região Noroeste do estado. O recurso, relativo ao exercício de 2025, foi viabilizado por meio de um Termo de Compromisso assinado entre a empresa e o governo estadual, com intermediação da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil).

O aporte será destinado à ampliação da calha de navegação, uma das principais obras de infraestrutura hidroviária em curso no estado. As intervenções envolvem o desmonte técnico de rochas submersas e a ampliação da calha para atingir 3,5 metros de profundidade e 60 metros de largura, ao longo de 16 quilômetros de extensão. A estimativa é de remoção de aproximadamente 553 mil metros cúbicos de rochas, o equivalente a cerca de 600 piscinas olímpicas.

O projeto conta com apoio técnico do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e visa aumentar a capacidade de navegação, com a expectativa de movimentar até 7 milhões de toneladas por ano após a conclusão das obras, prevista para 2026.

A ampliação do canal tem como objetivo reduzir os impactos de estiagens prolongadas e proporcionar maior flexibilidade operacional às Usinas Hidrelétricas de Três Irmãos e Ilha Solteira, minimizando conflitos entre geração de energia e transporte hidroviário.

A obra também tem efeitos diretos na economia local. Estima-se a geração de 1,4 mil empregos diretos e indiretos, com benefícios para os municípios de Buritama, Brejo Alegre e Birigui. A retomada das obras ocorreu em 2023, após um período de paralisação iniciado em 2019. Durante esse intervalo, a operação da hidrovia foi afetada por crises hídricas, especialmente nos anos de 2014/2015 e 2021/2022.

O investimento total da intervenção é de R$ 293 milhões, segundo dados da Semil. A nova captação de recursos junto à Eletrobras foi resultado de articulação institucional liderada pela secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, e pelo subsecretário de Logística e Transportes, Denis Gerage Amorim.

A Hidrovia Tietê-Paraná possui 2.400 quilômetros de vias navegáveis e representa uma rota estratégica para o escoamento da produção agrícola do Centro-Oeste e Sudeste do Brasil. Estima-se que o modal reduza em cerca de 20 milhões de toneladas por ano as emissões de CO₂, além de oferecer menor custo logístico em comparação com o transporte rodoviário.

O trecho paulista da hidrovia compreende 800 quilômetros, com início na região de Mogi das Cruzes e término no município de Pereira Barreto, passando por cidades como Santana de Parnaíba, Pirapora do Bom Jesus, Salto, Tietê, Barra Bonita, Ibitinga e Buritama.

Atualmente, o sistema conta com 30 terminais intermodais, atendendo os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais, Goiás e São Paulo.

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