Ibovespa
140.908,91 pts
(1,34%)
Dólar comercial
R$ 5,42
(-0,07%)
Dólar turismo
R$ 5,63
(-0,04%)
Euro
R$ 6,37
(-0,40%)

Transportadores paulistas registram queda de confiança diante de cenário econômico adverso

Índice da CNT aponta pessimismo do setor com juros altos, retração da demanda e incertezas macroeconômicas
Por Redação em 2 de julho de 2025 às 7h46
Transportadores paulistas registram queda de confiança diante de cenário econômico adverso
Foto: Reprodução/Freepik
Foto: Reprodução/Freepik

A confiança dos transportadores rodoviários de cargas do Estado de São Paulo atingiu o menor nível desde o início da série histórica da Confederação Nacional do Transporte (CNT), em 2023. No segundo trimestre de 2025, o Índice de Confiança do Transportador (ICT) registrou 45,9%, resultado que aponta tendência de pessimismo no setor.

De acordo com a CNT, houve piora expressiva na percepção dos empresários quanto às condições atuais da economia e de seus negócios. O índice referente ao momento presente recuou para 37,2%, o que representa uma queda de 9,1 pontos percentuais em relação ao quarto trimestre de 2024 e de 4,7 pontos na comparação com o mesmo período de 2023.

A CNT atribui esse movimento a um conjunto de fatores, como elevação dos custos operacionais, redução da demanda por fretes e restrições ao crédito. A taxa básica de juros elevada foi destacada como um dos principais entraves, por dificultar o acesso a financiamento para renovação de frota e capital de giro. A instabilidade econômica também foi citada como fator que compromete o planejamento de médio e longo prazo.

O levantamento identificou ainda outras dificuldades mencionadas pelos empresários do setor, como aumento da burocracia, ausência de reformas estruturantes, pressão tributária e queda na atividade industrial e comercial, que impacta diretamente o volume de carga transportada. A percepção de margens operacionais estreitas contribui para a cautela nas decisões de investimento.

Apesar do cenário adverso, o índice de expectativa para os próximos seis meses ficou em 50,2%, indicando uma perspectiva neutra, sem predominância de otimismo ou pessimismo. No entanto, o indicador mostra tendência de estagnação, com queda em relação aos trimestres anteriores.

Em resposta ao ambiente desfavorável, parte das empresas declarou ter adotado medidas como reorganização de processos internos, capacitação de equipes e busca por novos nichos de mercado. A CNT destaca, no entanto, que essas ações são paliativas diante dos desafios estruturais enfrentados pelo setor.

Usamos cookies e tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência, analisar estatísticas e personalizar a publicidade. Ao prosseguir no site, você concorda com esse uso, em conformidade com a Política de Privacidade.
Aceitar
Gerenciar