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Exportações de veículos avançam e sustentam produção automotiva no Brasil

Anfavea aponta crescimento nas vendas externas enquanto mercado interno mostra mudanças no consumo
Por Redação em 16 de setembro de 2025 às 7h48
Exportações de veículos avançam e sustentam produção automotiva no Brasil
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

As exportações de veículos alcançaram 57,1 mil unidades em agosto de 2025, segundo dados divulgados pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). O resultado, o mais alto desde junho de 2018, representou crescimento de 19,3% em relação a julho e de 49,3% na comparação com agosto de 2024.

O desempenho externo tem compensado a instabilidade do mercado interno. De janeiro a agosto, foram exportadas 313,3 mil unidades, avanço de 12,1% em relação ao mesmo período do ano passado. A Argentina respondeu por 59% desses embarques.

A produção nacional chegou a 247 mil autoveículos em agosto, número 3% acima de julho, mas 4,8% menor do que o registrado em agosto de 2024. No acumulado de janeiro a agosto, a indústria produziu 1,743 milhão de unidades, um crescimento de 6% frente ao mesmo intervalo de 2024.

No mercado interno, foram emplacados 225,4 mil veículos em agosto, com média diária de 10,7 mil unidades. O resultado representou o segundo mês do ano em que a média diária ficou abaixo da registrada em 2024. No acumulado, os emplacamentos somaram 1,668 milhão de unidades, 2,8% acima do ano anterior.

As importações ganharam participação. As vendas de veículos estrangeiros cresceram 12,1% no ano, com destaque para a China, que pela primeira vez superou a Argentina como principal país de origem. As vendas de modelos nacionais no varejo recuaram 9,3%, enquanto os importados subiram 17,3%. No canal de vendas diretas, o crescimento foi de 13,8% para estrangeiros e 12,4% para nacionais.

O programa federal Carro Sustentável foi uma exceção no desempenho dos veículos produzidos no país. Ele impulsionou em 26% as vendas de modelos de entrada nacionais habilitados. Além disso, até agosto, os veículos eletrificados nacionais representaram 25% das vendas totais de híbridos e elétricos no Brasil.

No segmento de caminhões, a produção acumulada registrou queda de 1% em relação a 2024, a primeira retração do ano. O setor enfrenta redução no mercado interno desde abril, impactado por juros elevados, inadimplência e desaceleração econômica. Mesmo com a alta das exportações, o movimento não tem sido suficiente para manter os níveis de produção, o que já gera reflexos no emprego nas fábricas de veículos pesados.

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