Binotto e Scania fecham transação recorde

Política - A frota da Binotto conta ainda com quatro mil agregados e terceiros, além de seus 2.200 veículos próprios. Transporta principalmente papel e celulose, chapas de madeira reconstituída, produtos alimentícios e de higiene, embalagens, bebidas, ferro e aço, alumínio e componentes automobilísticos.

Os novos caminhões fazem parte da política da Binotto em manter baixa a idade média dos veículos. Dos 200 caminhões novos, 150 substituirão outros já existentes e os outros 50 ampliarão a frota.

Os 150 veículos substituídos (Scania usados) serão recolhidos pela Scania – na verdade, essa troca corresponde a 50% do pagamento dos R$ 45 milhões – que os entregará a seus agregados pelo programa de seminovos e usados da montadora, o Superzerado.

"Trata-se da ampliação de clientes já existentes", adianta Edilson Binotto, diretor operacional da Binotto S/A. Ele se diz surpreso ao saber do recorde da subsidiária da Scania no Brasil e afirma que a tendência dos negócios no segmento é continuar crescendo. O volume de veículos é o maior já comercializado pela montadora no Brasil em uma única venda desde sua chegada ao país, em 1957.

"Ao implantar uma nova gestão de logística no início deste ano verificamos a oportunidade de ganhos operacionais, com a utilização dos veículos Scania, melhorando a produtividade nas viagens com maior exigência de velocidade e potência", conta Edilson Binotto.

A Binotto S/A atua em três segmentos principais: florestal, distribuição (urbana) e logística. O segmento florestal corresponde a 40%, a logística fica também com 40% e a distribuição alcança os 20%. Ou seja, a logística representa 60% da receita da empresa.

A logística da empresa opera de São Luiz do Maranhão (MA) a Porto Alegre (RS), com maior concentração na região sudeste. São dois centros de distribuição em São Paulo, que atendem ao setor de bebidas e alimentos na Grande São Paulo.

Ainda em terras paulistas, na cidade de Guarulhos, a empresa possui um armazém que faz a consolidação de cargas da Volkswagem. Os caminhões partem a noite rumo a Resende (RJ) para abastecer a fábrica da montadora.

Em 2002, a Binotto obteve um lucro líquido de R$ 3,25 milhões. Este ano, a empresa fechará com um faturamento de R$ 270 milhões, 12 vezes mais que em 1995, quando faturava R$ 23 milhões.