A Santos Brasil recebeu autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para operar com a capacidade total de seu terminal de granéis líquidos no Porto do Itaqui, no Maranhão, após a conclusão das obras de expansão. Com a liberação, o terminal passa a operar com capacidade instalada de aproximadamente 200 mil metros cúbicos, resultado de investimentos superiores a R$ 850 milhões realizados desde 2021.
A autorização inclui a entrada em operação de três novas linhas de píer, cada uma com 14 polegadas de diâmetro, destinadas às operações de carregamento e descarga de navios. As novas linhas permitem maior vazão durante as operações, com impacto direto na redução do tempo de atracação e nos custos associados à sobre-estadia das embarcações, fator relevante para a logística de combustíveis e derivados.
O terminal passou a integrar a estrutura operacional da Santos Brasil após a companhia arrematar, em leilão realizado na B3 em 2021, três áreas no Porto do Itaqui destinadas ao manuseio de granéis líquidos. Do conjunto adquirido, dois terminais já existentes foram ampliados e um terceiro foi construído a partir do zero. As três áreas passaram por um processo de unificação operacional, consolidando a estrutura atual do terminal.
As operações no segmento de granéis líquidos tiveram início em 2022, com capacidade inicial de 54 mil metros cúbicos. Desde então, a companhia realizou etapas sucessivas de ampliação física e operacional, alinhadas ao cronograma de investimentos previsto no contrato de aquisição do ativo e às exigências regulatórias do setor.
Em julho deste ano, a Santos Brasil também obteve credenciamento da Receita Federal para atuar como entreposto aduaneiro nas operações de importação e exportação de granéis líquidos no Porto do Itaqui. A habilitação permite o armazenamento de produtos importados com suspensão do pagamento imediato de tributos, possibilitando a nacionalização em volumes fracionados conforme a necessidade dos operadores. No caso de reexportação, o regime permite a saída da carga sem a etapa de nacionalização.
Do ponto de vista logístico, o regime de entreposto aduaneiro amplia as alternativas operacionais para empresas que atuam na cadeia de combustíveis, petroquímicos e derivados, com efeitos diretos sobre o planejamento financeiro e o fluxo de caixa das operações. A combinação entre capacidade de armazenagem, regime aduaneiro e infraestrutura portuária amplia o leque de operações possíveis no terminal.
O Porto do Itaqui atua como ponto de movimentação e distribuição de derivados de petróleo para diferentes regiões do país, incluindo Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O porto possui conexão com malhas ferroviárias que atendem o interior do Brasil, além de acesso rodoviário, dutoviário e marítimo, integrando diferentes modais de transporte na cadeia logística. A estrutura portuária permite a operação de navios de grande porte, com capacidade de até 155 mil toneladas.
Os terminais de granéis líquidos operados pela Santos Brasil no Itaqui são alfandegados e integrados à infraestrutura logística do porto, atendendo operações de importação, exportação, armazenagem e distribuição. Com a autorização para operar a capacidade máxima, a companhia passa a atuar com todo o potencial previsto no projeto, ampliando sua presença no segmento de granéis líquidos e reforçando o papel do Porto do Itaqui na logística nacional de combustíveis e derivados.
