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Estado da Sustentabilidade em Supply Chain em 2025

A sustentabilidade ainda importa
Estado da Sustentabilidade em Supply Chain em 2025
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A sustentabilidade ainda importa; apesar da volatilidade regulatória, mudanças geopolíticas e incerteza econômica, ela continua sendo um dos principais motores do sucesso empresarial e um elemento definidor dos Supply Chains modernos.

O relatório State of Supply Chain Sustainability 2025, produzido pelo MIT Sustainable Supply Chain Lab e pelo Council of Supply Chain Management Professionals, oferece uma visão aprofundada de como as organizações estão transformando compromissos em ação, onde o progresso é mais forte e quais barreiras ainda persistem.

O estudo deste ano baseia-se nas respostas de 1.200 profissionais em 97 países, abrangendo funções de Supply Chain, compras, operações, logística e sustentabilidade. A amplitude desses dados nos permite capturar tanto perspectivas globais quanto nuances regionais, oferecendo uma visão abrangente de como a sustentabilidade em Supply Chain está evoluindo.

Este ano marca o sexto relatório anual, e o estudo explora três temas principais:

  • Papel das Regulamentações: como as regulamentações governamentais influenciam os compromissos sustentáveis das empresas e como esses efeitos variam entre regiões
  • Gestão do Escopo 3, da Medição à Mitigação: as ferramentas, métodos e desafios enfrentados pelas empresas na medição e redução das emissões em Supply Chain, que normalmente representam mais de 75% das pegadas de carbono corporativas
  • Transporte de Carga: uma seção dedicada ao transporte de carga, um dos maiores contribuintes para as emissões de Escopo 3, avaliando expectativas tecnológicas, obstáculos à adoção e prioridades estratégicas em biocombustíveis, sistemas elétricos a bateria e soluções baseadas em hidrogênio

 

“Este relatório é indispensável para qualquer pessoa atuando em Supply Chain. Empresas, investidores e consumidores estão exigindo padrões mais elevados de sustentabilidade social e ambiental — e os Supply Chains estão no centro da entrega desses resultados.

O State of Supply Chain Sustainability Report 2025 destaca onde os avanços estão acontecendo, onde os desafios persistem e quais estratégias impulsionarão a próxima onda de impacto. O CSCMP e o MIT têm orgulho de apresentar a sexta edição deste recurso essencial para ajudar você a comparar e acelerar sua jornada de sustentabilidade."

Mark Baxa, Presidente e CEO do CSCMP

 

Vários insights se destacam nas descobertas de 2025. Primeiro, apesar das mudanças regulatórias, o compromisso corporativo geral com a sustentabilidade permanece resiliente. Enquanto 15% das empresas relatam redução nos compromissos, 12% os aumentaram, e 73% relatam nenhuma mudança, mostrando que a maioria das organizações está mantendo firmes suas metas de sustentabilidade. No entanto, apenas uma minoria consegue traduzir essa convicção em operações diárias que gerem resultados mensuráveis, deixando uma lacuna persistente entre estratégia e execução. As descobertas deste ano deixam claro que metas públicas de sustentabilidade podem ser um catalisador poderoso — empresas que as estabelecem têm 74% mais probabilidade de investir em iniciativas de alto impacto e incorporar a sustentabilidade na tomada de decisões do dia a dia.

Em segundo lugar, as emissões de Escopo 3 continuam sendo tanto o maior desafio quanto a maior oportunidade. Houve progresso no rastreamento de emissões diretas, mas o engajamento de fornecedores, a clareza metodológica e os mecanismos de financiamento continuam sendo gargalos críticos. Onde as empresas têm sucesso, elas utilizam rastreabilidade digital, contabilidade padronizada e colaborações setoriais para avançar.

Por fim, o transporte de carga destaca tanto a urgência quanto a complexidade da descarbonização. As empresas estão explorando alternativas aos combustíveis à base de petróleo, vendo os biocombustíveis como a opção mais prática no curto prazo, as soluções elétricas a bateria como cada vez mais viáveis para rotas urbanas e regionais, e o hidrogênio como a resposta de longo prazo para operações pesadas. No entanto, a adoção é retardada por lacunas de infraestrutura, necessidade de investimentos iniciais e compromissos operacionais.

Juntos, esses insights revelam que os verdadeiros líderes são aqueles que vão além da intenção. Em 2025, as empresas na vanguarda da sustentabilidade estão incorporando-a às suas operações centrais — por meio de rastreabilidade digital, dados harmonizados, compras alinhadas a incentivos e colaborações ativas no setor — desbloqueando tanto impacto ambiental mensurável quanto maior resiliência operacional. O relatório State of Supply Chain Sustainability serve como espelho e mapa — refletindo onde as empresas estão hoje e delineando caminhos claros e mensuráveis para acelerar a descarbonização do Supply Chain em escala global.

 

INTRODUÇÃO

A sustentabilidade tornou-se um elemento essencial da gestão de Supply Chain, moldando a forma como as empresas competem, crescem e constroem resiliência em um mundo incerto. O State of Supply Chain Sustainability Report 2025, produzido pelo MIT Sustainable Supply Chain Lab, do MIT Center for Transportation and Logistics, e pelo Council of Supply Chain Management Professionals, baseia-se em seis anos de pesquisa para fornecer uma visão clara de como as empresas estão transformando compromissos em ações, onde o progresso está se acelerando e quais desafios continuam a frear o avanço.

O relatório deste ano baseia-se em uma pesquisa global com mais de 1.200 profissionais de 97 países, representando funções de Supply Chain, compras, logística, operações e sustentabilidade em diversos setores. Suas percepções oferecem uma visão singularmente abrangente de como as práticas de sustentabilidade estão evoluindo em todo o mundo. Estruturamos a pesquisa em torno de três temas centrais: o primeiro é o papel das regulamentações, seguido pela medição e gestão das emissões de Escopo 3 e, por fim, a descarbonização do transporte de carga. Juntos, esses temas capturam as forças que moldam a sustentabilidade em Supply Chain hoje e apontam onde a ação terá maior impacto no futuro.

Uma das questões definidoras da pesquisa deste ano foi: como as empresas respondem a um cenário regulatório em constante mudança? Nos últimos anos, governos ao redor do mundo avançaram em regulamentações sobre gases de efeito estufa (GEE) e, em alguns casos, as revogaram, criando incerteza para as corporações. O estudo revela, no entanto, que as estratégias corporativas de sustentabilidade estão se mostrando mais resilientes do que os ciclos de políticas públicas.

Oitenta por cento das empresas entrevistadas acreditam que a sustentabilidade é importante ou extremamente importante para o sucesso a longo prazo, com 73% relatando nenhuma mudança em seus compromissos após a saída dos EUA do Acordo de Paris, e 12% aumentando inclusive seus esforços. Muitas organizações estão avançando com estratégias que antecipam ou excedem os requisitos regulatórios, utilizando as regras mais rigorosas aplicáveis como referência.

As diferenças regionais são evidentes. Na Europa, regulamentações como a Corporate Sustainability Reporting Directive (CSRD) servem como principal motor de ação, pressionando as empresas em direção a divulgações padronizadas, melhor governança de dados e transparência na cadeia de valor. Na América do Norte, expectativas de investidores e prioridades nos conselhos de administração são mais influentes do que mandatos governamentais. Apesar dessas diferenças, ambas as regiões demonstram otimismo: mais da metade de todos os entrevistados relataram alta confiança no cumprimento das metas de sustentabilidade, com empresas europeias ligeiramente mais confiantes que suas contrapartes norte-americanas. Mas uma coisa é clara em escala global: empresas com metas públicas de sustentabilidade têm muito mais probabilidade de integrar a sustentabilidade nas decisões cotidianas e de investir em iniciativas de alto impacto. Isso sugere que a responsabilização pública cria impulso interno, sinalizando que, quando as empresas assumem compromissos explícitos, é mais provável que avancem com execução significativa.

As emissões de Escopo 3, as emissões indiretas de fornecedores, transporte, uso do produto e todas as outras partes da cadeia de valor, continuam sendo a área mais difícil da gestão climática corporativa. Tipicamente, representam mais de 75% das emissões totais de uma empresa1. No entanto, os relatórios sobre Escopo 3 estão muito atrás dos relatórios sobre Escopos 1 e 2. As conclusões deste ano ressaltam tanto a dimensão do desafio quanto as inovações crescentes para enfrentá-lo. Mais de 40% das empresas agora monitoram Escopos 1 e 2, mas bem menos relatam sobre Escopo 3. A principal barreira é a obtenção de dados dos fornecedores: cerca de 70% dos entrevistados apontaram a falta de informações específicas dos fornecedores como o maior desafio. Fragmentação metodológica e complexidade nos cálculos vieram em seguida, citadas por mais da metade dos entrevistados. Restrições de recursos, altos custos de ferramentas digitais e preocupações com privacidade de dados complicam ainda mais a medição.

Novamente, as diferenças regionais se destacam. Empresas norte-americanas dependem fortemente de dados financeiros e médias do setor, uma abordagem que oferece ampla comparabilidade, mas falha em refletir melhorias específicas dos fornecedores. Em contraste, as empresas europeias confiam mais nos dados fornecidos por seus fornecedores, refletindo um engajamento mais profundo com parceiros a montante. Notavelmente, 50% dos entrevistados norte-americanos ainda utilizam planilhas como principal ferramenta, comparado a apenas 33% na Europa, onde as empresas utilizam com mais frequência ferramentas de Life Cycle Assessment e soluções personalizadas.

Quando se trata de redução, a economia é um grande gargalo. Mais da metade das empresas relata o retorno sobre investimento pouco claro como a principal barreira para reduzir as emissões de Escopo 3, seguido pelos altos custos de implementação e falta de influência sobre os fornecedores. Esse desafio é especialmente crítico para pequenas e médias empresas (PMEs): quase metade teme que os clientes não pagarão mais por produtos mais verdes, enquanto 43% também carecem de conhecimento, 40% de recursos e 31% de sinais de demanda que justifiquem o investimento. Para as PMEs, a questão é menos sobre disposição e mais sobre viabilidade.

Apesar desses obstáculos, empresas — especialmente aquelas com metas públicas de sustentabilidade — estão começando a implantar estratégias eficazes, como colaborações setoriais. Iniciativas como SteelZero2 e RE1003 ilustram como a união em torno de padrões compartilhados pode acelerar a transição dos fornecedores. Os dados da pesquisa mostram forte participação em alianças intersetoriais e parcerias com fornecedores. Embora barreiras notáveis permaneçam, como custos, capacidade e preocupações com o compartilhamento de dados, empresas que participam dessas colaborações relatam melhorias nos dados de emissões, maior alinhamento com fornecedores, acesso a especialistas e influência em políticas públicas. Esses benefícios sugerem que a colaboração não é apenas uma opção, mas uma necessidade para escalar a gestão confiável do Escopo 3.

Um dos maiores contribuintes para as emissões de Escopo 3 é o transporte, tornando-o um ponto crítico para a descarbonização de Supply Chain. Para captar como as empresas veem esse desafio, o estudo de 2025 incluiu uma seção dedicada ao transporte de carga. A pesquisa explorou percepções sobre três principais caminhos tecnológicos: biocombustíveis, veículos elétricos a bateria e hidrogênio. Os biocombustíveis surgiram como a alavanca mais prática no curto prazo, oferecendo resultados quase imediatos com frotas e infraestrutura existentes. As soluções elétricas a bateria são vistas como cada vez mais viáveis para rotas urbanas e regionais onde há redes de recarga disponíveis, com expectativas crescentes à medida que o alcance melhora e os custos diminuem. O hidrogênio é amplamente considerado uma solução de longo prazo para o transporte pesado e de longa distância, dependente do desenvolvimento de hidrogênio verde acessível, infraestrutura de abastecimento e redução de custos dos veículos.

No entanto, o otimismo é atenuado por barreiras evidentes. Os entrevistados identificaram lacunas de infraestrutura, altos custos iniciais e limitações de alcance como os obstáculos mais prementes. As diferenças regionais mais uma vez moldam a perspectiva: empresas norte-americanas estão mais preocupadas com os custos e a resistência da indústria, enquanto os entrevistados europeus destacam o apoio regulatório, a confiabilidade e o retorno sobre investimento.

Apesar desses desafios, as empresas estão priorizando a ação. Eficiência operacional — como otimização de rotas, consolidação de cargas e gestão de combustível — foi classificada como a estratégia de curto prazo mais importante, gerando economia de custos juntamente com redução de emissões, com o investimento em ativos de baixa emissão vindo em seguida. A sequência reflete pragmatismo: focar primeiro em medidas viáveis e econômicas, para depois escalar tecnologias transformadoras à medida que economia e infraestrutura se alinham.

Este relatório anual oferece aos profissionais uma visão abrangente sobre os temas abordados, visando auxiliar as organizações a tomarem decisões sustentáveis no contexto atual. Nosso objetivo é avançar nas discussões sobre esforços de sustentabilidade incorporando resultados de pesquisa sobre sustentabilidade em Supply Chain e reunindo percepções de profissionais da área. A intenção é moldar coletivamente o futuro desse campo e, juntos, criar um futuro mais sustentável para o mundo.

O restante do relatório está estruturado da seguinte forma. A Seção de Metodologia do nosso estudo foca na abordagem da pesquisa e fornece informações descritivas sobre os dados coletados. A seção intitulada O Papel das Regulamentações examina o impacto das regulamentações governamentais no alcance dos objetivos de sustentabilidade e qual o impacto das mudanças regulatórias sobre as organizações. Na seção Gerenciando o Escopo 3: Da Medição à Mitigação, o relatório analisa quais tecnologias as empresas estão usando para rastrear e medir suas emissões e a necessidade de engajamento com fornecedores para garantir a coleta de dados precisos. Também aborda os ganhos possíveis com colaborações setoriais e como isso pode beneficiar os esforços de descarbonização. Por fim, na seção Setor de Transporte, fornecemos uma análise aprofundada sobre quais tecnologias a indústria acredita que terão mais sucesso nos esforços de descarbonização e quais obstáculos enfrentam na transição para opções mais sustentáveis. Apresentamos então os achados e implicações deste relatório na Seção de Conclusões.

A SUSTENTABILIDADE AINDA IMPORTA — E EM 2025, AS EVIDÊNCIAS MOSTRAM QUE ELA IMPORTA MAIS DO QUE NUNCA

 

METODOLOGIA

Os amplos objetivos do estudo são mapear o estado atual da sustentabilidade corporativa entre os setores, examinando como as empresas medem, governam e divulgam suas emissões, com ênfase particular nas emissões de Escopo 3. O relatório explora o grau de visibilidade do Supply Chain, o uso de ferramentas, dados e suporte de terceiros, o nível de confiança que as empresas têm em seus resultados e o grau em que os indicadores de sustentabilidade estão integrados à tomada de decisão empresarial. O estudo também busca identificar as pressões, impulsionadores e barreiras que moldam o progresso, incluindo desafios específicos das PMEs, o papel das colaborações setoriais, impactos regulatórios e demandas dos clientes. O estudo deste ano acrescenta um foco especial no setor de transporte de carga, avaliando as expectativas em relação à adoção de tecnologias de baixa emissão e combustíveis alternativos.

Realizamos uma pesquisa em 2025 como a mais recente etapa de nosso estudo plurianual State of Supply Chain Sustainability. A pesquisa capturou dados quantitativos padronizados de um amplo grupo de profissionais das áreas de Supply Chain, sustentabilidade, operações, compras e logística, permitindo comparabilidade com as ondas anteriores. Utilizando amostragem intencional e em “bola de neve”, por meio de associações profissionais, da MIT Global SCALE Network4, listas de parceiros, eventos e mídias sociais, coletamos 1.203 respostas válidas de 97 países. A elegibilidade exigia vínculo empregatício atual e familiaridade com atividades de Supply Chain ou sustentabilidade. A participação foi voluntária, anônima e limitada a uma resposta por indivíduo. O questionário, com média de 45 perguntas, foi disponibilizado em inglês, espanhol, francês, chinês simplificado e português. Incluiu perguntas de múltipla escolha, abertas e em escala Likert (1–5) para capturar prioridades, práticas, percepções e desafios relacionados à sustentabilidade. Além de identificar a função dos respondentes, o grau de envolvimento em iniciativas de sustentabilidade e a localização geográfica das empresas, as perguntas da pesquisa giraram em torno dos seguintes três temas principais:

  • Impulsionadores da Sustentabilidade na Estratégia Empresarial: percepções, confiança, regulamentação e geopolítica
  • Gestão do Escopo 3: capacidades, práticas e desafios ao longo dos Supply Chains
  • Futuro do transporte de carga sustentável

 

1.203 RESPOSTAS, 97 PAÍSES, 5 IDIOMAS

Estado da Sustentabilidade em Supply Chain em 2025

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Estado da Sustentabilidade em Supply Chain em 2025

Figura 1. Dados demográficos da pesquisa State of Supply Chain Sustainability 2025

 

O PAPEL DAS REGULAMENTAÇÕES
O Compromisso Corporativo com a Sustentabilidade Persiste Apesar das Mudanças nas Políticas

Globalmente, nos últimos anos, muitas regulamentações sobre emissões de gases de efeito estufa (GEE) para empresas foram aprovadas e implementadas e, em alguns casos, posteriormente revogadas. Seja devido a mudanças de governo ou à falta de clareza sobre como a regulamentação seria aplicada, isso dificulta para as empresas entenderem o que se espera delas. Nosso interesse é compreender como essas mudanças afetam as decisões empresariais. Os resultados da pesquisa mostram que a sustentabilidade continua sendo uma prioridade estratégica para empresas tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, com 80% das empresas entrevistadas acreditando que a sustentabilidade é importante ou extremamente importante para o sucesso de longo prazo de seus negócios.

Apesar da saída dos EUA do Acordo de Paris, a Figura 2 mostra que mais de 70% das empresas relatam nenhuma mudança em seu compromisso com a sustentabilidade, com outras 12% aumentando inclusive seus esforços. As estratégias corporativas de sustentabilidade podem operar independentemente das mudanças na política climática nacional, impulsionadas por fatores além das posições políticas federais, ou podem adotar como referência as regulamentações mais rigorosas que precisem cumprir para orientar seus objetivos organizacionais.

Na Europa, 60% das empresas responderam “Sim” à pergunta sobre sentir pressão para aprimorar a sustentabilidade em seus Supply Chains, em comparação com 46% na América do Norte, sugerindo que o impulso pela sustentabilidade é mais significativo e disseminado no mercado europeu (ver Figura 3). Além disso, na Europa, a regulamentação é o principal pilar. A Corporate Sustainability Reporting Directive (CSRD), juntamente com os European Sustainability Reporting Standards e os requisitos de verificação, está pressionando as empresas a padronizar divulgações e melhorar a governança de dados. Esse arcabouço regulatório afeta diretamente as empresas europeias e indiretamente as multinacionais não pertencentes à UE, por meio de subsidiárias, listagens e expectativas da cadeia de valor. Nos Estados Unidos, a motivação geralmente se origina de investidores e dos conselhos de administração, em vez de regulações governamentais — sem mencionar a influência dos clientes do mercado europeu. Empresas multinacionais estão exigindo que seus fornecedores atendam aos padrões da CSRD e adotem práticas de coleta de dados compatíveis.

 

Estado da Sustentabilidade em Supply Chain em 2025
Figura 2. O Compromisso Corporativo com a Sustentabilidade Permanece Estável Apesar da Saída dos EUA do Acordo de Paris

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Figura 3. Comparação Regional de Empresas que Sentem Pressão para Fazer Mudanças Sustentáveis, por Região

 

Além das diferenças regionais nos impulsionadores da sustentabilidade, a confiança em alcançar metas sustentáveis varia ligeiramente entre as regiões. Entre as empresas que relataram altos níveis de confiança (4 ou 5 na escala de 5 pontos), 64,4% das empresas europeias e 56,7% das norte-americanas indicaram alta confiança.

No total, mais da metade de todas as empresas pesquisadas (56,2%) expressam alta confiança em sua capacidade de atingir metas de sustentabilidade, sendo 35,86% com nível de confiança 4 e 20,34% com confiança extremamente alta. Isso sugere que, apesar dos desafios de implementação, a maioria das empresas permanece otimista quanto à capacidade de transformar seus compromissos de sustentabilidade em resultados mensuráveis.

 

Estado da Sustentabilidade em Supply Chain em 2025
Figura 4. Níveis de Confiança das Empresas em Alcançar suas Metas de Sustentabilidade — 1 representa menor confiança e 5 representa confiança extrema, por Região

 

Sustentabilidade na Tomada de Decisão: Impacto dos Compromissos Públicos e da Pressão dos Stakeholders

Ao analisar as empresas que mantiveram seus compromissos de sustentabilidade desde janeiro de 2025, focamos em como elas operam na prática para avaliar se suas metas de sustentabilidade estão integradas nas atividades do dia a dia. Nossa pesquisa mostra que há uma lacuna significativa de execução entre a intenção estratégica e a prática diária dentro das organizações. Apenas 39% das empresas que relataram compromisso inalterado ou ampliado desde a administração Trump de fato integraram indicadores de sustentabilidade nas decisões operacionais rotineiras.

 

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Figura 5. Do Compromisso à Ação: Percentual de Empresas que Integram Sustentabilidade nas Decisões Diárias

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Figura 6. Empresas com Metas Públicas Mostram Maior Nível de Integração da Sustentabilidade

 

Curiosamente, empresas com metas públicas de sustentabilidade apresentam níveis significativamente mais altos de integração da sustentabilidade no cotidiano, quando comparadas às que não assumiram compromissos públicos. Entre as empresas que fizeram promessas públicas de sustentabilidade, 57,33% frequentemente ou sempre incorporam decisões sustentáveis nas operações diárias, enquanto apenas 13,38% das empresas sem metas públicas alcançam esse nível de integração (ver Figura 6). Também observamos que empresas de diferentes setores e regiões que assumiram compromissos públicos e enfrentam pressão de stakeholders diversos tendem a investir mais em iniciativas de sustentabilidade de alto impacto, incluindo adoção de energia renovável, inovação de produtos, redução de resíduos e economia circular.

Empresas com metas de sustentabilidade são 74% mais propensas a investir em iniciativas que efetivamente reduzem suas emissões.

Isso sugere que mecanismos de responsabilização pública criam pressões internas mais fortes para incorporar princípios de sustentabilidade nas operações empresariais. As descobertas destacam que compromissos externos e transparência estão associados à implementação mais sistemática de práticas sustentáveis, indo além de declarações estratégicas.

No geral, os resultados mostram que, embora a volatilidade regulatória crie incertezas, ela não enfraqueceu o impulso da sustentabilidade corporativa. As empresas continuam a considerar a sustentabilidade como estrategicamente importante, frequentemente estabelecendo metas que antecipam ou superam as exigências regulatórias. As diferenças regionais continuam evidentes: empresas europeias são moldadas mais diretamente por regulamentações, enquanto organizações norte-americanas se apoiam mais nas prioridades de investidores e conselhos de administração. No entanto, em ambos os contextos, os compromissos públicos e a pressão dos stakeholders impulsionam uma integração mais profunda da sustentabilidade nas práticas empresariais. É importante destacar que empresas que tornam suas metas explícitas têm muito mais probabilidade de incorporá-las nas decisões do dia a dia e de investir em iniciativas de alto impacto, ressaltando que a transparência e a execução eficaz são fatores-chave para um progresso significativo.

57% das empresas com compromissos públicos de sustentabilidade integram sustentabilidade nas operações diárias, sinalizando que os compromissos estão cada vez mais operacionais — e não apenas aspiracionais.

 

GERENCIANDO O ESCOPO 3:
DA MENSURAÇÃO À MITIGAÇÃO

Esta seção destaca como as empresas estão abordando e gerenciando as emissões de Escopo 3, começando pela compreensão do estado atual e dos desafios na mensuração dessas emissões, e aprofunda-se nas ferramentas, tecnologias e fontes de dados utilizadas para capturá-las, evidenciando diferenças entre regiões como América do Norte e Europa. São destacados os desafios tanto na medição quanto na redução, e em seguida, são exploradas estratégias práticas de descarbonização, incluindo engajamento com fornecedores e colaborações setoriais.

Medindo o que Importa: Percepções sobre as Emissões de Escopo 3 — Desafios e Estado Atual

As empresas enfrentam pressão crescente para medir e relatar emissões, especialmente aquelas com metas públicas de sustentabilidade ou operações na União Europeia. Segundo o Protocolo de Gases de Efeito Estufa (Greenhouse Gas Protocol), o Escopo 1 cobre emissões diretas, o Escopo 2 cobre energia adquirida, e o Escopo 3 abrange todas as outras emissões indiretas ao longo da cadeia de valor5. O Escopo 3 é o mais difícil de medir e gerenciar, mas normalmente representa mais de 75% da pegada total de carbono de uma empresa.

Embora muitas empresas tenham se tornado proficientes na divulgação das emissões de Escopos 1 e 2, o Escopo 3 continua sendo um grande desafio. Mais de 40% das empresas monitoram e reduzem emissões de Escopos 1 e 2, mas menos da metade dessas também acompanham e reduzem as emissões de Escopo 3 — especialmente nas Categorias 1 (Bens e Serviços Adquiridos), 4 (Transporte a Montante) e 9 (Transporte/Distribuição a Jusante). A complexidade das cadeias globais de suprimento, a disponibilidade de dados e as escolhas metodológicas contribuem para essa lacuna, reforçando por que o Escopo 3 é o ponto central de estratégias climáticas credíveis.

As planilhas dominam (79%) a mensuração do Escopo 3, o que destaca tanto o progresso em cobertura quanto a necessidade urgente de soluções escaláveis e habilitadas por tecnologia.

 

Estado da Sustentabilidade em Supply Chain em 2025

Estado da Sustentabilidade em Supply Chain em 2025

Diagrama adaptado do Greenhouse Gas Protocol (2024)

 

Ferramentas e Tecnologias para Mensuração

Ao examinar como as empresas monitoram suas emissões de Escopo 3, fica claro que as planilhas permanecem como a principal ferramenta (79,2%) utilizada por uma parcela significativa das empresas, independentemente do porte (ver Figura 7).

A contínua dependência de planilhas gera riscos relacionados à qualidade dos dados, auditabilidade e escalabilidade. A transição para modelos de dados padronizados e sistemas integrados que se conectem com plataformas corporativas (ERP, logística, compras) será fundamental para reduzir erros e melhorar a integração de dados dos fornecedores.

Essa dependência indica que o processo ainda está em estágio inicial, com tratamento manual de dados e ausência de sistemas integrados de registro de emissões. As diferenças regionais são marcantes: na América do Norte, 50% das empresas dependem de planilhas, comparado a apenas cerca de 32% na Europa. Empresas europeias demonstram maior adoção de ferramentas de Life Cycle Assessment (LCA) e soluções personalizadas (~36% contra ~16% na América do Norte) (ver Figura 8).

 

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Figura 7. Ferramentas utilizadas para medir emissões de Escopo 3 (respostas múltiplas)

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Figura 8. Distribuição Regional das Ferramentas Utilizadas para Medir Emissões de Escopo 3 (respostas múltiplas)

 

Fontes de Dados para Mensuração (América do Norte vs. Europa)

A pesquisa também revela padrões regionais distintos nas fontes de dados utilizadas (ver Figura 9). Empresas norte-americanas dependem principalmente de dados financeiros e médias setoriais — métodos que fornecem ampla comparabilidade, mas falham em capturar melhorias específicas de fornecedores. As empresas europeias, por outro lado, baseiam-se mais fortemente em dados fornecidos pelos fornecedores, o que indica um engajamento mais profundo com parceiros a montante.

 

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Figura 9. Fontes de Dados para Mensuração do Escopo 3 (respostas múltiplas)

 

Isso é relevante porque os métodos baseados em dados financeiros e médias setoriais, usados majoritariamente na América do Norte, oferecem ampla comparabilidade, mas são insuficientes para estimar emissões com precisão e correm o risco de ignorar reduções reais de emissões no nível do fornecedor. Um dos principais desafios desses métodos é que priorizam o custo em detrimento das emissões reais, o que desincentiva investimentos em sustentabilidade.

Por exemplo, se uma empresa adquire um produto mais sustentável, porém mais caro, suas emissões reportadas podem aumentar — mesmo que o impacto ambiental real diminua6. Empresas que integram dados dos fornecedores estão mais bem posicionadas para capturar avanços, direcionar intervenções e gerenciar riscos ao longo de suas cadeias de valor.

 

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Figura 10. Principais Desafios na Mensuração de Emissões de Escopo 3 (respostas múltiplas)

 

Desafios na Mensuração de Emissões de Escopo 3

O maior obstáculo único à mensuração do Escopo 3 é a disponibilidade (ou falta) de dados dos fornecedores, apontada por cerca de 70% dos respondentes (ver Figura 10). Sem acesso a dados por nível de atividade ou por produto, mesmo empresas motivadas têm dificuldades para calcular emissões com precisão. Dois desafios metodológicos aparecem em seguida: o primeiro é a ausência de metodologias padronizadas (~53%) e o segundo é a complexidade inerente dos cálculos (~52%). Isso evidencia a fragmentação das orientações disponíveis e complica o processo contábil. Limitações de conhecimento interno (~39%), altos custos de softwares e ferramentas (~32%) e preocupações com privacidade de dados (~26%) agravam ainda mais o problema — todos esses são obstáculos relacionados à capacidade técnica.

As diferenças regionais (ver Figura 11) refletem necessidades variadas. Embora os dados de fornecedores sejam a principal categoria de desafio em todas as regiões, empresas europeias relatam mais dificuldades com a complexidade metodológica e os custos de ferramentas, enquanto as norte-americanas destacam a escassez de recursos e preocupações com o compartilhamento de dados. Lacunas nos dados dos fornecedores e ausência de métodos padronizados permanecem problemas relevantes em ambas as regiões. Esses resultados mostram que alcançar uma mensuração confiável do Escopo 3 exige mais do que compromisso em nível empresarial. Há uma necessidade clara de colaboração setorial ampla para padronizar a contabilidade de emissões, melhorar as ferramentas digitais e intensificar o engajamento com fornecedores para tornar a contabilidade do Escopo 3 confiável e escalável.

 

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Figura 11. Diferenças Regionais nos Desafios para Mensuração de Emissões de Escopo 3 (respostas múltiplas)

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Figura 12. Maiores Desafios para Redução de Emissões de Escopo 3 (respostas múltiplas)

 

Desafios para Reduzir Emissões de Escopo 3

Medir o Escopo 3 é apenas o primeiro passo — reduzi-lo é frequentemente mais desafiador. O maior obstáculo é a ausência de um business case claro: 56% dos respondentes citaram o retorno sobre investimento incerto como barreira para esforços de redução (ver Figura 12). Em segundo lugar, aparece o desafio de incluir stakeholders cujas atividades impactam significativamente os resultados do Escopo 3, como fornecedores, clientes e parceiros logísticos (~52%). Em seguida vêm os altos custos de implementação (50%) e a pouca influência sobre os fornecedores (~44%): as empresas enfrentam os custos e a responsabilidade, mas muitas vezes sentem que não têm poder suficiente para promover mudanças significativas a montante. A incerteza regulatória (~40%) eleva o risco do planejamento e desestimula investimentos em intervenções de longo prazo. Apenas cerca de 15% das empresas citam dificuldades em identificar os pontos críticos de emissão, o que sugere que a maioria sabe onde estão suas maiores emissões — mas encontra dificuldade em mobilizar parceiros e justificar os investimentos necessários. Diferentes regiões relataram desafios similares.

56% das empresas apontam o retorno incerto sobre investimento como barreira, destacando a tensão persistente entre motivação e viabilidade financeira.

 

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Figura 13. Diferenças Regionais nos Desafios para Redução de Emissões de Escopo 3 (respostas múltiplas)

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Figura 14. Barreiras à Redução de Emissões entre PMEs (respostas múltiplas)

 

Embora a maioria das empresas afirme ter identificado seus “hotspots” de emissões, transformar esse conhecimento em ação continua limitado por desafios econômicos e de governança. As pequenas e médias empresas (PMEs) enfrentam desafios distintos para avançar na sustentabilidade. Quase metade (~49%) acredita que seus principais clientes corporativos não estão dispostos a pagar mais por produtos sustentáveis, dificultando a justificativa de custos adicionais. Lacunas de conhecimento (~43%) são outro obstáculo importante, já que muitas PMEs ainda não sabem quais medidas tomar, quais padrões seguir ou como mensurar os benefícios. A falta de um business case sólido é agravada por altos custos (~40%) e baixa demanda (~31%); os investimentos parecem arriscados quando os clientes não pedem — ou não estão dispostos a cofinanciar — opções mais ecológicas. Barreiras intermediárias como exigências conflitantes (~22%) e falta de tempo (~19%) refletem a capacidade limitada de pequenas equipes que lidam com múltiplas prioridades. Ao mesmo tempo, uma parcela significativa das PMEs afirma não enfrentar barreiras (~9%) ou não sabe dizer (~12%), o que sugere falta de consciência sobre como as regulamentações de emissões podem afetar seus negócios. Para muitas, o desafio está menos na intenção e mais na viabilidade: restrições econômicas, lacunas de informação e capacidade limitada dificultam a alocação de recursos escassos para descarbonização sem orientação clara ou preços que valorizem a sustentabilidade.

Em última análise, sem o apoio das grandes corporações na descarbonização — ou sem incentivos para que seus fornecedores PMEs reduzam emissões — as reduções significativas no Escopo 3 continuarão sendo uma meta distante.

Alavancas de Descarbonização para Reduzir Escopo 3: Engajamento com Fornecedores

 

Estado da Sustentabilidade em Supply Chain em 2025
Figura 15. Formas de Engajamento das Empresas com Fornecedores para Reduzir Emissões de Escopo 3 (respostas múltiplas)

 

Engajar fornecedores é uma alavanca crítica para reduzir as emissões de Escopo 3, e as empresas utilizam uma combinação de abordagens que geralmente se enquadram em quatro categorias:

  • Mecanismos Comerciais: contratos de longo prazo com compromissos de sustentabilidade; incentivos financeiros ou penalidades atreladas ao desempenho.
  • Desenvolvimento de Capacidades: fornecimento de treinamentos ou recursos para ajudar fornecedores a reduzir emissões.
  • Compras Sustentáveis: inclusão de critérios de sustentabilidade na seleção de fornecedores; solicitação de dados de emissões.
  • Verificação e Conformidade: exigência de auditorias ou certificações de terceiros.

As alavancas mais comuns são as de compras sustentáveis, que incluem sustentabilidade na seleção de fornecedores (~70%) e solicitação de dados de emissões aos fornecedores (~55%), conforme mostrado na Figura 15. Os mecanismos comerciais são relativamente pouco utilizados (~42%), apesar de seu potencial para consolidar mudanças — sendo empregados por uma parcela menor das empresas. As alavancas de desenvolvimento de capacidades e de conformidade são utilizadas de forma moderada. As diferenças regionais são notáveis (ver Figura 16). Organizações norte-americanas distribuem seus esforços entre critérios de seleção, solicitações de dados e treinamentos, enquanto empresas europeias priorizam mais auditorias, certificações e capacitação de fornecedores. Mecanismos comerciais, como incentivos financeiros ou contratos de longo prazo, permanecem subutilizados em ambas as regiões, apesar de seu potencial para impulsionar mudanças duradouras.

 

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Figura 16. Distribuição Regional das Formas de Engajamento com Fornecedores para Reduzir Emissões de Escopo 3 (respostas múltiplas)

 

Colaborações Setoriais

A colaboração entre setores está emergindo como uma forma poderosa de descarbonizar, com empresas trabalhando juntas para adquirir insumos sustentáveis e criar padrões uniformes. Parcerias setoriais ajudam a avançar na descarbonização do Escopo 3 ao aliviar os fornecedores da pressão de lidar com múltiplas exigências conflitantes. O SteelZero2, por exemplo, incentiva siderúrgicas a investir em produção mais limpa ao unir compradores como Maersk e Volvo Cars no compromisso de utilizar 50% de aço de baixa emissão até 2030 e 100% de aço neutro em carbono até 2050. De forma semelhante, o RE1003 reúne centenas de empresas comprometidas a adquirir 100% de sua eletricidade de fontes renováveis, gerando uma demanda significativa e estável que estimula o desenvolvimento de energia limpa e a descarbonização de fornecedores.

Dessa forma, ao agrupar a demanda, padronizar práticas e compartilhar conhecimentos não proprietários, as parcerias setoriais fortalecem as iniciativas de descarbonização do Escopo 3. A Figura 17 mostra a variedade de colaborações nas quais as empresas estão envolvidas. As mais prevalentes são coalizões de sustentabilidade (48,8%), seguidas por programas conjuntos com fornecedores (31,2%). Um número significativo de respondentes está incerto ou não participa, o que indica baixa conscientização e engajamento.

Novamente, surgem diferenças regionais: empresas europeias relatam envolvimento ligeiramente maior em coalizões e programas conjuntos com fornecedores (42,3%) em comparação com empresas norte-americanas (35,7%). Na América do Norte, as empresas dependem mais de alianças intersetoriais (21,4%), e uma parcela semelhante (21,4%) relata não participar de nenhuma iniciativa (ver Figura 18).

 

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Figura 17. Participação em Colaborações Setoriais (respostas múltiplas)

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Figura 18. Distribuição Regional na Participação em Colaborações Setoriais (respostas múltiplas)

 

A colaboração setorial vale a pena.

80% dos participantes relatam ganhos em qualidade dos dados de emissões, alinhamento com fornecedores, compartilhamento de expertise, eficiência de custos e influência política.

 

Quando as organizações colaboram, desbloqueiam múltiplas vantagens que fortalecem tanto a execução quanto os aspectos econômicos. Conforme ilustrado na Figura 19, entre as empresas que participam de colaborações setoriais, os benefícios mais frequentemente relatados incluem maior engajamento dos fornecedores, melhor alinhamento com metas de sustentabilidade e acesso aprimorado a dados e frameworks de emissões — todos mencionados por quase quatro em cada cinco respondentes (87%). Além disso, muitas organizações destacam ganhos com recursos e conhecimentos compartilhados, bem como economias diretas obtidas por meio de investimentos conjuntos em sustentabilidade (64,2%). Quase metade das empresas também relata melhor conformidade regulatória e maior influência nas políticas públicas (46,3%).

 

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Figura 19. Benefícios Obtidos com a Participação em Colaborações Setoriais (respostas múltiplas)

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Figura 20. Desafios que Limitam Colaborações Setoriais (respostas múltiplas)

 

Portanto, os benefícios da colaboração são claros: dados de emissões mais precisos, melhor alinhamento com fornecedores, expertise compartilhada, economia de custos e influência sobre políticas. No entanto, existem diversas barreiras que dificultam uma colaboração mais profunda ou ampla e que merecem atenção. As organizações enfrentam uma combinação de obstáculos práticos e de coordenação ao colaborar. As principais barreiras incluem limitações de custo e recursos, problemas de padronização, preocupações com o compartilhamento de dados e divergências de prioridades (ver Figuras 20 e 21).

 

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Figura 21. Diferença Regional nos Desafios que Limitam Colaborações Setoriais (respostas múltiplas)

 

O Escopo 3 continua sendo a parte mais relevante — e também a mais difícil — da gestão de emissões corporativas. As empresas estão avançando na mensuração, mas lacunas nos dados dos fornecedores, complexidade metodológica e recursos limitados continuam a dificultar o progresso. Embora alavancas de compras e colaborações setoriais estejam começando a impulsionar o engajamento, reduções duradouras exigirão padrões mais claros, parcerias mais fortes com fornecedores e ação coletiva para transformar a mensuração em descarbonização significativa.

Dentro dos relatórios de Escopo 3, o transporte aparece consistentemente como um dos maiores contribuintes para as emissões, frequentemente representando as maiores categorias para muitas empresas. Como o transporte de cargas é essencial para os Supply Chains globais e um dos principais impulsionadores da intensidade de carbono, entender os caminhos tecnológicos, barreiras de adoção e prioridades estratégicas nesse setor é fundamental. Por essa razão, o relatório deste ano inclui uma seção dedicada ao transporte, a fim de avaliar como as organizações estão abordando a descarbonização dessa área de alto impacto.

 

SETOR DE TRANSPORTE

Percepções do Setor de Transporte de Carga e Caminhos para a Descarbonização

Neste ano, o estudo State of Supply Chain Sustainability incluiu um módulo dedicado ao transporte de carga para avaliar as perspectivas tecnológicas, os obstáculos à adoção e as prioridades estratégicas do setor. O transporte de carga costuma ser o maior componente das emissões de Escopo 3 devido à dependência de caminhões de longa distância, redes de distribuição extensas e operações logísticas com alta intensidade energética, especialmente nos Estados Unidos. O enorme volume de mercadorias movimentadas em grandes distâncias geográficas, combinado com a visibilidade limitada dos dados em nível de transportadoras, torna o transporte uma categoria dominante nos relatórios de Escopo 3. A pesquisa avaliou o impacto percebido na redução de emissões de tecnologias-chave tanto no curto prazo (1–3 anos) quanto no longo prazo (4–10 anos), com foco específico em biocombustíveis, soluções elétricas por bateria e hidrogênio. Também solicitou que os respondentes classificassem suas abordagens de descarbonização por ordem de importância. Como o transporte de carga é uma das principais fontes de emissões de Escopo 3, o acompanhamento das expectativas tecnológicas, barreiras de adoção e prioridades estratégicas mostra onde a descarbonização é de fato viável nos próximos 1 a 10 anos.

Essas percepções, por sua vez, orientam investimentos, políticas públicas e programas com fornecedores em direção às alavancas de maior impacto e ajudam a eliminar os entraves específicos que dificultam a ampliação dessas tecnologias.

Para entender como as empresas enxergam o caminho para descarbonizar o transporte de carga, nossa pesquisa pediu que os respondentes avaliassem o impacto esperado de redução de emissões de soluções baseadas em biocombustíveis, baterias elétricas e hidrogênio no curto prazo (1–3 anos) e no longo prazo (4–10 anos). Entre as três opções, os biocombustíveis são vistos como a alavanca mais imediatamente útil para a descarbonização do transporte de carga, com muitos respondentes já observando impactos moderados a altos no curto prazo e uma confiança crescente no longo prazo, à medida que a oferta e os padrões se consolidam. Como é a transição mais simples para uma frota mais antiga começar a utilizar, faz sentido que apresente o maior impacto de curto prazo.

O hidrogênio surge como uma aposta de longo prazo, especialmente para o transporte pesado de longa distância, com impacto esperado crescendo ao longo dos próximos 4 a 10 anos.

As soluções elétricas por bateria são geralmente percebidas como de alto impacto onde os ciclos operacionais se encaixam — como em rotas urbanas e regionais com recarga em depósitos ou corredores —, de modo que as expectativas são fortes no curto prazo e melhoram conforme aumentam a autonomia dos veículos, a disponibilidade de infraestrutura de recarga e a viabilidade econômica total. Já o hidrogênio é visto como uma solução de mais longo prazo voltada para segmentos pesados, de longa distância e alta utilização, onde o reabastecimento rápido e a alta densidade energética são cruciais; seu impacto percebido cresce principalmente no horizonte de 4 a 10 anos, dependendo do desenvolvimento do hidrogênio verde acessível, da infraestrutura de abastecimento e da redução de custos dos veículos. Em resumo, os biocombustíveis oferecem um impacto amplo no curto prazo, as baterias entregam bons resultados nas rotas adequadas, e o hidrogênio representa uma promessa de longo prazo para ciclos pesados.

 

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Figura 22: A Importância dos Biocombustíveis, Baterias Elétricas e Hidrogênio na Redução de Emissões no Curto Prazo (1–3 anos) e no Longo Prazo (4–10 anos)

 

Principais Facilitadores e Barreiras para Escalar Soluções Sustentáveis de Transporte de Carga

Após identificar as tecnologias percebidas como tendo maior potencial de redução de emissões, a pesquisa examinou os obstáculos enfrentados pelas empresas na implementação dessas soluções. Os respondentes destacam infraestrutura e economia como os principais desafios para ampliar o transporte limpo, com redes limitadas de recarga e abastecimento no topo da lista, seguidas por altos custos iniciais e limitações operacionais ou de autonomia que dificultam os ciclos operacionais reais. Lacunas nas políticas públicas e incentivos incertos criam fricções adicionais, enquanto preocupações com a maturidade tecnológica, confiabilidade, retorno sobre investimento e até resistência cultural reduzem o interesse em investir. O caminho adiante depende da construção da infraestrutura, da redução dos custos de veículos e combustíveis, e do fortalecimento do apoio político e regulatório.

 

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Figura 23. Barreiras à Adoção de Tecnologias de Baixa Emissão no Setor de Transporte de Carga (respostas múltiplas)

 

A incerteza de políticas e as dúvidas tecnológicas desaceleram a adoção, com lacunas em incentivos, preocupações com confiabilidade e resistência cultural freando os investimentos.

 

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Figura 24. Barreiras Regionais à Adoção de Tecnologias de Baixa Emissão no Setor de Transporte de Carga (respostas múltiplas)

 

Conforme mostrado na Figura 24, as comparações regionais revelam que os respondentes da América do Norte apontam a falta de incentivos regulatórios (18,8%) e a resistência da indústria a mudanças (18,8%) como principais barreiras. Curiosamente, na Europa, nenhum respondente listou resistência à mudança como barreira, o que indica que as transformações na indústria de transporte são antecipadas e aceitas como necessárias no curto prazo.

Na Europa, os respondentes atribuem pesos relativamente iguais a altos custos iniciais, falta de apoio regulatório, maturidade tecnológica e questões de confiabilidade, bem como incerteza quanto ao retorno sobre investimento — refletindo um conjunto mais amplo de preocupações que vai além da infraestrutura. Isso indica que, enquanto fatores financeiros e culturais dominam na América do Norte, stakeholders europeus enfrentam um conjunto mais diversificado de obstáculos. As diferenças evidenciam a necessidade de estratégias distintas para ampliar a adoção: enfrentar os custos e a mentalidade da indústria na América do Norte e apoiar a maturidade tecnológica, confiabilidade, incentivos regulatórios e previsibilidade de investimento na Europa.

Priorizando Estratégias para Descarbonização do Transporte de Carga

As empresas adotam uma abordagem em camadas para reduzir as emissões do transporte de carga, priorizando ações rápidas e de baixo custo antes de considerar estratégias de longo prazo ou baseadas em mercado. A Figura 25 ilustra como os respondentes classificam quatro estratégias — eficiência operacional, investimento em ativos de baixa emissão, compensações de carbono e comércio de emissões — em termos de importância para reduzir as emissões no transporte de carga, sendo 1 a mais importante e 4 a menos importante. A eficiência operacional (como otimização de rotas, consolidação de cargas e gestão de combustível) é com mais frequência classificada como a principal estratégia, destacando sua economia de custos imediata e facilidade de implementação. O investimento em ativos de baixa emissão (por exemplo, veículos elétricos ou movidos a combustíveis alternativos) geralmente ocupa a segunda posição, indicando um investimento seletivo, mas crescente, de capital. Compensações de carbono e comércio de emissões tendem a ser classificados mais abaixo, sugerindo que são medidas secundárias, e não impulsionadores principais da descarbonização do transporte.

Quando avaliadas em conjunto, as conclusões da seção de transporte de carga deste ano destacam tanto a urgência quanto a complexidade de descarbonizar um setor que continua central nas emissões de Escopo 3. As empresas veem os biocombustíveis como a alavanca mais prática no curto prazo, com soluções elétricas por bateria ganhando força onde há viabilidade operacional, e o hidrogênio posicionado como uma aposta de longo prazo para aplicações pesadas. No entanto, o otimismo tecnológico é limitado por barreiras persistentes, como os custos, lacunas de infraestrutura, incerteza regulatória e inércia da indústria. As estratégias priorizadas pelas empresas atualmente tendem a focar na eficiência operacional e em investimentos seletivos em ativos de baixa emissão, o que revela uma sequência pragmática de ações, na qual medidas imediatas e de baixa complexidade constroem a base para a expansão de tecnologias transformadoras. Para líderes empresariais, formuladores de políticas e investidores, o caminho a seguir dependerá do alinhamento entre incentivos, infraestrutura e capital para acelerar a adoção, reconhecendo que o progresso da descarbonização ocorrerá de maneira desigual entre mercados e modais.

 

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Figura 25. Estratégias Classificadas por Importância na Redução de Emissões no Transporte de Carga, sendo 1 a mais importante e 4 a menos importante.

 

CONCLUSÃO E PRÓXIMOS PASSOS

O relatório State of Supply Chain Sustainability 2025 confirma o que muitos líderes já percebem: a sustentabilidade não é mais periférica à estratégia de Supply Chain — ela é central para a competitividade, resiliência e crescimento de longo prazo. Com base em uma pesquisa global com mais de 1.200 empresas de diversos setores, três implicações se destacam. Apesar da incerteza regulatória, das pressões econômicas e dos desafios operacionais, as empresas continuam comprometidas em avançar na sustentabilidade, muitas vezes impulsionadas tanto por investidores, conselhos e clientes quanto por políticas governamentais. De forma crucial, empresas que tornam suas metas de sustentabilidade explícitas têm muito mais probabilidade de incorporá-las nas decisões diárias e de investir em iniciativas de alto impacto, reforçando que transparência e execução eficaz são habilitadores essenciais de um progresso significativo.

As emissões de Escopo 3 continuam sendo o principal desafio. O maior obstáculo único à mensuração do Escopo 3 é a disponibilidade — ou ausência — de dados dos fornecedores. Supply Chains são complexas, e o rastreamento de emissões exige trabalho intensivo em dados e depende fortemente da colaboração com fornecedores. Ainda assim, esse também é o maior ponto de alavancagem para gerar impacto. Sem acesso a dados por nível de atividade ou por produto, mesmo empresas motivadas têm dificuldades para calcular emissões com precisão. As empresas estão começando a ir além das planilhas, adotando ferramentas mais sofisticadas, engajando mais de perto os fornecedores e participando de colaborações setoriais que alinham padrões e criam impulso coletivo. As colaborações entre setores, por meio de consórcios de pesquisa, são peças fundamentais para enfrentar esse desafio de maneira mais unificada, garantindo que diferentes entidades da cadeia (ou seja, montante e jusante) comecem a trabalhar juntas, tornando não apenas possível mensurar e acompanhar as emissões de Escopo 3, mas também moldar o futuro com ações que estabelecem as bases para uma gestão de emissões crível, escalável e de alto impacto.

O transporte — uma das maiores categorias do Escopo 3 — ilustra tanto os obstáculos quanto as oportunidades à frente. As empresas estão priorizando a eficiência operacional hoje, ao mesmo tempo em que investem seletivamente em tecnologias de baixa emissão. Os biocombustíveis oferecem impacto no curto prazo, a eletrificação ganha espaço onde há viabilidade operacional, e o hidrogênio representa uma promessa de longo prazo. A diversidade de abordagens destaca uma sequência pragmática de ação: resolver o que é possível agora, enquanto se prepara o terreno para as inovações do amanhã.

Acima de tudo, as conclusões deste ano são otimistas. Mais da metade das empresas relata alta confiança em alcançar suas metas de sustentabilidade, e aquelas com compromissos públicos e relatórios transparentes são as mais propensas a incorporar a sustentabilidade na tomada de decisões do dia a dia. As colaborações setoriais estão se expandindo, as soluções digitais estão amadurecendo e os líderes estão cada vez mais alinhando sustentabilidade à geração de valor.

O caminho adiante não será uniforme entre regiões ou setores — mas o caminho está claro. A sustentabilidade agora está incorporada à estratégia de negócios, à gestão de Supply Chain e às decisões de investimento. Ao continuar fortalecendo as parcerias com fornecedores, adotando ferramentas inovadoras e colaborando entre setores, as empresas podem não apenas cumprir seus compromissos climáticos, mas também desbloquear novas fontes de eficiência, resiliência e crescimento.

 

2025 envia um sinal claro: a sustentabilidade ainda importa.

O progresso está acelerando, e as empresas que agirem com foco, transparência e colaboração definirão o futuro dos Supply Chains sustentáveis.

 

APÊNDICES

 

CONTRIBUIDORES

Este projeto foi viabilizado pelos generosos esforços de um grupo de colaboradores e parceiros dedicados.

Patrocinadores
- C.H. Robinson

Investigador Principal
- Dr. Josué C. Velázquez Martínez

Redação e Edição
- Dra. Sreedevi Rajagopalan
- Victoria Arnold
- Dr. Camilo A. Mora Quiñones

Design da Pesquisa
- Martin Staadecker

Diagramação do Relatório
- Victoria Arnold
- Maria Jose Chiang Rebatta

Equipe CSCMP
- Mark Baxa
- Matthew Mallard

Equipe de Comunicação e Mídia
- Deborah Koller Jerome
- Mackenzie Berry
- Emma Perakis
- Chris Frontiero

 

Sobre o MIT Center for Transportation & Logistics

O MIT Center for Transportation & Logistics (MIT CTL) é um centro de pesquisa e educação de destaque do Massachusetts Institute of Technology, com mais de 50 anos de expertise em Supply Chain. Há mais de uma década, a sustentabilidade em Supply Chain emergiu como uma área-chave de pesquisa no centro. Em resposta, o MIT CTL vem promovendo pesquisa, educação e ações de extensão para acompanhar o crescimento contínuo da sustentabilidade em Supply Chain como uma prioridade estratégica para os negócios, impulsionada pelas demandas de consumidores, governos e investidores. A pesquisa em sustentabilidade no centro foca em viabilizar estudos e colaborações sobre os aspectos sociais e ambientais dos processos de negócios em Supply Chain. Saiba mais em: ctl.mit.edu

Sobre o Council of Supply Chain Management Professionals

Desde 1963, o Council of Supply Chain Management Professionals (CSCMP) é a principal associação profissional dedicada à educação, pesquisa e desenvolvimento da profissão de gestão de Supply Chain em todo o mundo. Com mais de 9.000 membros globalmente, representando empresas, governos e instituições acadêmicas de 62 países, os membros do CSCMP são os principais profissionais e autoridades nas áreas de logística e gestão de Supply Chain. Saiba mais em: cscmp.org

 

Citação Sugerida:

Velázquez Martínez, J. C., Rajagopalan, S., Arnold, V. & Mora Quinones, C. A., (2025, outubro). State of Supply Chain Sustainability 2025. MIT Center for Transportation & Logistics e Council of Supply Chain Management Professionals. https://sustainable.mit.edu/sscs-report/

 

Referências

(1) Scope 3: How our accredited solutions providers can help you tackle indirect emissions (2022) CDP. Available at: https://www.cdp.net/en/articles/companies/Scope-3-how-our-accredited solutions-providers-can-help-you-tackle-indirect-emissions. 
(2) Steelzero Available at: https://www.theclimategroup.org/steelzero
(3) RE100  Available at: https://www.there100.org/ 
(4) MIT Global Scale  Available at: https://scale.mit.edu/ 
(5) Scope 3 calculation guidance: GHG protocol (2013) Greenhouse Gas Protocol. Available at: https://ghgprotocol.org/Scope-3-calculation-guidance-2. 
(6) Kosolpatanadurong, D. and Gupta, H. (2024) Supply Chain Emission Hotspot and Allocation Method Analysis. Capstone.

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