O Aeroporto de Goiânia iniciou a operação do primeiro Terminal de Cargas 100% refrigerado do Brasil, voltado exclusivamente ao armazenamento de produtos farmacêuticos, químicos e hospitalares. O espaço foi projetado para atender às exigências de controle de temperatura e ambiente desses segmentos.
A área construída soma 2.133,31 m², com capacidade de armazenamento de 1.531,8 m³ em câmaras frias. O investimento no terminal foi de aproximadamente R$ 25 milhões, realizado pela concessionária Motiva Aeroportos.
A estrutura está equipada com duas câmaras frias, aptas a manter temperaturas entre -18ºC e 25ºC. O terminal é integralmente climatizado, desde o recebimento até as docas, e permite monitoramento de carga em tempo real dentro de uma área controlada do aeroporto. O acompanhamento é feito pelo responsável pela carga durante todo o período de armazenamento, incluindo o controle de temperatura.
O espaço obteve todas as licenças necessárias, entre elas a autorização da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) para operações com aeronaves cargueiras do modelo Boeing 767. A localização, próxima ao pátio, possibilita que a carga seja transportada até o armazenamento sem exposição a variações de temperatura.
O estado de Goiás concentra parte significativa da produção farmacêutica nacional. Estima-se que 60% dos medicamentos mais vendidos no país sejam produzidos no estado. O eixo Anápolis–Goiânia–Aparecida de Goiânia reúne 17 indústrias e mais de 20 laboratórios.
No Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA) está localizado um dos maiores polos farmacêuticos do Brasil, responsável por uma produção anual entre 7 e 8 bilhões de unidades. O polo abrange desde medicamentos genéricos e similares até dermocosméticos e injetáveis.
Com o novo terminal, o aeroporto passa a oferecer infraestrutura voltada para o transporte seguro de produtos que dependem de refrigeração contínua, ampliando as condições de movimentação de cargas essenciais para a cadeia de suprimentos da saúde e da indústria.